Assédio moral e sexual: MPF investiga professor da UFG suspeito de estuprar estudante

goo.gl/Eq9wd9 | Ministério Público Federal (MPF) investiga um professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) que foi denunciado pelo estupro de uma estudante do curso de medicina veterinária do campus de Jataí, no sudoeste goiano. O abuso ocorreu em dezembro de 2016.

A investigação é um desdobramento de inquérito civil instaurado pelo MPF para apurar a omissão da regional de Jataí no combate a práticas de assédio moral e sexual.

Apesar de o caso ter ocorrido no final do ano passado, a vítima só teve coragem de denunciar o professor à Polícia Civil no início de abril de 2017, após passar por um acompanhamento psicológico. Aos investigadores, a jovem relatou que o abuso ocorreu em um apartamento de Goiânia, onde ela e o suspeito estavam hospedados para participar de um congresso.



Caso envolve professor e aluna do campus de Jataí (Foto: Reprodução/ UFG)

Como o crime teria ocorrido na capital, o inquérito é apurado pela equipe da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia.

“A vítima relata que eles foram para um bar e depois acabou acontecendo isso. Ela alega que acordou deitada em um colchão no chão e viu ele nu, sobre ela”, disse a titular da Deam, Ana Elisa Gomes Martins, na época que o caso foi registrado.

Responsável pela investigação, a delegada Bruna Damasceno explicou nesta sexta-feira (9) que a vítima e mais quatro testemunhas já foram ouvidas. “Como a maioria das pessoas mora em Jataí, está demorando um pouco mais para ouvir todos, pois o delegado de lá tem que ouvir e depois mandar os depoimentos”, explicou Damasceno.

O professor será o último a ser ouvido pela polícia. Não há previsão de quanto o inquérito policial será concluído.

Improbidade administrativa

O docente também é investigado pelo MPF por improbidade administrativa. Segundo o inquérito, ele é suspeito de ministrar aulas de um curso privado na sede da UFG. Conforme apurou o MPF, o docente divulga, em uma rede social, a realização do treinamento na instituição.

O MPF determinou que a UFG preste esclarecimentos, em até dez dias, sobre a realização do eventual curso com utilização do espaço e infraestrutura da instituição federal. Sobre este caso, a universidade informou que ainda não foi notificada.

Processo Administrativo

Em relação à suspeita de abuso, a UFG informou, em nota, que instaurou um Processo Administrativo Disciplinar para apurar a denúncia de estupro na regional de Jataí.

A universidade destaca que "repudia qualquer forma de violência e que tem tratado com prioridade as denúncias referentes a possíveis casos de assédio moral, sexual e outros tipos de violência ocorridos dentro da instituição".

Por Paula Resende, G1 GO
Fonte: g1 globo
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