goo.gl/iBkf3q | De janeiro a maio de 2017 a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) recebeu quase mil denuncias contra advogados que se apropriaram indevidamente de recursos de clientes. Um desses casos é de uma idosa que deveria receber o retroativo da aposentadoria, mas descobriu que mais de R$ 15 mil tinham sidos sacados irregularmente pelo seu advogado.
A idosa é lavradora e procurou um advogado em 2011 para dar entrada no pedido de aposentadoria. O INSS aposentou a lavradora em 2015, quatro anos depois que o pedido foi feito. E ela ainda tinha o direito de receber o retroativo. Mas quando ele foi até uma agência da caixa econômica federal para sacar o dinheiro, levou um susto. A conta estava zerada.
"O rapaz foi, puxou e disse 'olha, já sacara seu dinheiro'. Eu digo 'mas como sacaram?'. Ai ele foi mexeu lá e disse 'olhe, foi o seu advogada que sacou, inclusive na Caixa Econômica de Marituba'", relatou a lavradora que não quis se identificar.
O documento da Justiça Federal informa que mais de R$ 15 mil foram depositados na conta da aposentada. O restante, quase R$ 7 mil, caiu na conta do advogado. O contrato previa que Felipe Marinho Alves recebesse 30% de honorários sobre o valor pago à idosa. Ela foi atrás dele pedir explicação.
"Ele disse que se eu não aceitasse os R$ 10 mil que ele podia mandar cancelar a minha aposentadoria, e como ele é meu advogado, né, podia mandar cancelar minha aposentadoria", disse a aposentada.
De acordo com a OAB, mais de 90% das denúncias que são feitas contra advogados são relacionados a apropriação indevida do dinheiro de clientes. Segundo a Ordem, o advogado que tiver uma conduta irregular e abusiva pode ter o seu registro excluído.
"A OAB não compactua com condutas irregulares, ilegais e abusivas por parte dos advogados. O advogado pode pegar uma censura e até a exclusão do quadro da OAB", afirmou João dos Anjos, ouvidor da OAB.
A aposentada procurou a polícia nesta semana para registar um boletim de ocorrência. O delegado vai abrir um inquérito para investigar o caso.
"Neste caso se enquadra em lei específica, que é o estatuto do idoso. Vai ser apurado o inquérito, a vítima via ser ouvida, juntar os documentos. Em seguida, ouvido o advogado, já na condição de indiciado, se for o caso, e depois remetido a juízo", disse Fabiano Amazonas, delegado de polícia.
Desde ontem a reportagem tenta o contato com o advogado Felipe Marinho Alves, mas ele não nos atendeu nem retornou as nossas ligações.
Fonte: g1 globo
A idosa é lavradora e procurou um advogado em 2011 para dar entrada no pedido de aposentadoria. O INSS aposentou a lavradora em 2015, quatro anos depois que o pedido foi feito. E ela ainda tinha o direito de receber o retroativo. Mas quando ele foi até uma agência da caixa econômica federal para sacar o dinheiro, levou um susto. A conta estava zerada.
"O rapaz foi, puxou e disse 'olha, já sacara seu dinheiro'. Eu digo 'mas como sacaram?'. Ai ele foi mexeu lá e disse 'olhe, foi o seu advogada que sacou, inclusive na Caixa Econômica de Marituba'", relatou a lavradora que não quis se identificar.
O documento da Justiça Federal informa que mais de R$ 15 mil foram depositados na conta da aposentada. O restante, quase R$ 7 mil, caiu na conta do advogado. O contrato previa que Felipe Marinho Alves recebesse 30% de honorários sobre o valor pago à idosa. Ela foi atrás dele pedir explicação.
"Ele disse que se eu não aceitasse os R$ 10 mil que ele podia mandar cancelar a minha aposentadoria, e como ele é meu advogado, né, podia mandar cancelar minha aposentadoria", disse a aposentada.
De acordo com a OAB, mais de 90% das denúncias que são feitas contra advogados são relacionados a apropriação indevida do dinheiro de clientes. Segundo a Ordem, o advogado que tiver uma conduta irregular e abusiva pode ter o seu registro excluído.
"A OAB não compactua com condutas irregulares, ilegais e abusivas por parte dos advogados. O advogado pode pegar uma censura e até a exclusão do quadro da OAB", afirmou João dos Anjos, ouvidor da OAB.
A aposentada procurou a polícia nesta semana para registar um boletim de ocorrência. O delegado vai abrir um inquérito para investigar o caso.
"Neste caso se enquadra em lei específica, que é o estatuto do idoso. Vai ser apurado o inquérito, a vítima via ser ouvida, juntar os documentos. Em seguida, ouvido o advogado, já na condição de indiciado, se for o caso, e depois remetido a juízo", disse Fabiano Amazonas, delegado de polícia.
Desde ontem a reportagem tenta o contato com o advogado Felipe Marinho Alves, mas ele não nos atendeu nem retornou as nossas ligações.
Fonte: g1 globo