Por compra de votos em campanha, juiz eleitoral acolhe denúncia contra primeira-dama

goo.gl/Z6py7e | A justiça eleitoral acolheu denúncia do Ministério Público Eleitoral, tornando réus a primeira-dama do Estado, Onélia Leite, e mais nove pessoas por compra de votos na campanha municipal de Barbalha, na Região do Cariri.

Em outubro de 2016, Ana Kitéria Pinheiro Cavalcante, assessora da primeira-dama, foi presa em flagrante na véspera da eleição, acusada de compra de votos para o então candidato Fernando Santana. Santana, que também é alvo da denúncia, é cunhado da primeira-dama e acabou sendo derrotado na disputa.

De acordo com a Promotoria Eleitoral do município, o grupo prometia dinheiro e outros bens, como materiais de construção, bolas de futebol e até leite, em troca de votos.

Durante as investigações, houve apreensão de material de campanha e dinheiro. O MP anexou cópias de anotações da assessora e trocas de mensagens obtidas a partir da quebra de sigilo de seu celular na denúncia.

Por meio de nota, a primeira-dama negou participação, “mesmo de forma indireta”, de “ato ilícito de qualquer natureza”.

“Repudio de forma veemente essas acusações. O que tenho feito nos últimos dois anos e meio de minha vida tem sido trabalhar, de forma incansável e voluntária, no desenvolvimento de projetos sociais que buscam a melhoria da qualidade de vida dos cearenses”, assinou.

Fernando Santana, secretário adjunto do gabinete do governador, é acusado dos crimes de associação criminosa e corrupção ativa e passiva. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa, mas ainda não obteve resposta.

A denúncia acolhida pelo juiz Renato Esmeraldo Paes, da 31ª Zona Eleitoral do Ceará, mostra interceptações telefônicas da primeira-dama e de assessores dela, que, segundo o documento, usavam as ligações para “se comunicarem com os partidários da campanha e com os eleitores, com a finalidade de combinar a entrega nas vantagens econômicas”.

Em uma das conversas, segundo o órgão, Onélia promete o retorno do trabalho para uma das rés, garantindo que ela teria o benefício previdenciário assegurado, além de madeira para “continuar o serviço da cozinha da sua casa”.

Fonte: opovo
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