goo.gl/jZBbRC | A família do jornalista Renan Agnolin, que morreu aos 27 anos na tragédia do voo da Chapecoense, no fim do ano passado, está na Justiça contra o time catarinense e as empresas Línes Aérea Merideña e Bisa Seguros. O pedido de indenização é de aproximadamente R$ 3,8 milhões, mas outras exigências fazem a ação superar os R$ 5 milhões.
O blog da Gabriela Moreira já havia adiantado, há um mês, que famílias de jornalista ingressariam com ações que superariam os R$ 35 milhões contra a equipe catarinense. E esta reportagem traz mais detalhes sobre o primeiro processo movido.
Segundo apurou agora o ESPN.com.br, entre os pedidos listados nos documentos em posse da 4ª Vara Cível de Chapecó, estão pedidos por indenização a dois primos do repórter, um de 25 anos e outra de 21, que querem R$ 100 mil cada. Também existe solicitação de ressarcimento aos sogros de Agnolin, na faixa de R$ 400 mil para o casal.
Completam os pedidos da família os pais da vítima, que desejam R$ 1,874 milhão, a esposa, com um pedido de R$ 937 mil, e o irmão, de 19 anos, na casa dos R$ 374,8 mil.
A ação justifica o pedido de indenização ao irmão pelo fato de o mesmo "ter desenvolvido problemas emocionais e psicológicos que prejudicam seu desempenho na faculdade e no trabalho".
Sobre o valor aos sogros, é explicado que ambos "tinham uma relação extremamente harmoniosa e afetiva com seu genro", e "sua morte deixou um vazio na vida e lhes causa evidente dano moral".
A justificativa dos primos diz que eles moraram no mesmo prédio que o jornalista entre 2005 e 2007, e "eram muito achegados", com "forte amizade de infância".
No total, apenas em indenização, a família exige R$ 3.785.800,00.
Existe, também, o desejo de que sejam pagas pensões mensais à viúva do jornalista, nos moldes de sobreviva provável da vítima de mais 50 anos. Como o salário de Renan no dia da morte era de cerca de R$ 2,8 mil, o valor total desse item superaria mais R$ 2 milhões. O casal ficou mais de oito anos juntos.
Ainda é acrescentado um pedido de reembolso das despesas que já ocorreram por conta da tragédia, além do pagamento das futuras em decorrência do evento, como médicos, psicólogos, psiquiatras e medicamentos. Por fim, honorários advocatícios na base de 20% do total da condenação.
As informações constam em petição no poder do Tribunal de Justiça de Chapecó.
Para justificar os pedidos de indenização aos familiares, as partes dizem: "A dor não tem preço, mas pode ser compensada com quantias que não têm o condão de terminar com o sofrimento, mas pode atenuá-lo".
Em uma decisão inicial, a juíza Maira Salete Meneghetti negou o pedido por Justiça gratuita, pois aponta que todos possuem condições financeiras para arcar com os custos do processo.
Renan começou no jornalismo na Rádio Comunitária Efapi, onde apresentava um programa musical. Depois, chegou à Rádio Super Condá, bastante conhecida em Chapecó. Também passou a fazer parte da equipe da RIC TV Record, apresentando um programa de esportes. Posteriormente, também ingressou na equipe Clássico Oeste Capital FM e chegou a ser indicado ao prêmio de revelação da TV de Santa Catarina.
O repórter foi um dos 21 jornalistas mortos no voo da Chapecoense. Outras 50 pessoas perderam a vida, entre membros do elenco e da comissão técnica do time catarinense e funcionários da tripulação da aeronave.
"A Chapecoense foi fretante do avião. Não teve qualquer culpa no acidente. Os familiares dos jogadores talvez tenham parte de seus questionamentos atendidos, mas os convidados, os jornalistas, não", defendeu Palaoro.
Estas ações correm na esfera cível. Os familiares dos jornalistas ainda podem entrar com ações na Justiça trabalhista. O Blog apurou que as vítimas que trabalhavam na TV Globo já foram indenizadas e parte das que trabalhavam na FOX discutem detalhes finais para os pagamentos. Não temos informações sobre os demais repórteres.
A Chapecoense ainda não foi notificada oficialmente do processo movido pela família de Agnolim.
Fonte: espn uol
O blog da Gabriela Moreira já havia adiantado, há um mês, que famílias de jornalista ingressariam com ações que superariam os R$ 35 milhões contra a equipe catarinense. E esta reportagem traz mais detalhes sobre o primeiro processo movido.
Segundo apurou agora o ESPN.com.br, entre os pedidos listados nos documentos em posse da 4ª Vara Cível de Chapecó, estão pedidos por indenização a dois primos do repórter, um de 25 anos e outra de 21, que querem R$ 100 mil cada. Também existe solicitação de ressarcimento aos sogros de Agnolin, na faixa de R$ 400 mil para o casal.
Completam os pedidos da família os pais da vítima, que desejam R$ 1,874 milhão, a esposa, com um pedido de R$ 937 mil, e o irmão, de 19 anos, na casa dos R$ 374,8 mil.
A ação justifica o pedido de indenização ao irmão pelo fato de o mesmo "ter desenvolvido problemas emocionais e psicológicos que prejudicam seu desempenho na faculdade e no trabalho".
Sobre o valor aos sogros, é explicado que ambos "tinham uma relação extremamente harmoniosa e afetiva com seu genro", e "sua morte deixou um vazio na vida e lhes causa evidente dano moral".
A justificativa dos primos diz que eles moraram no mesmo prédio que o jornalista entre 2005 e 2007, e "eram muito achegados", com "forte amizade de infância".
No total, apenas em indenização, a família exige R$ 3.785.800,00.
Existe, também, o desejo de que sejam pagas pensões mensais à viúva do jornalista, nos moldes de sobreviva provável da vítima de mais 50 anos. Como o salário de Renan no dia da morte era de cerca de R$ 2,8 mil, o valor total desse item superaria mais R$ 2 milhões. O casal ficou mais de oito anos juntos.
Ainda é acrescentado um pedido de reembolso das despesas que já ocorreram por conta da tragédia, além do pagamento das futuras em decorrência do evento, como médicos, psicólogos, psiquiatras e medicamentos. Por fim, honorários advocatícios na base de 20% do total da condenação.
As informações constam em petição no poder do Tribunal de Justiça de Chapecó.
Para justificar os pedidos de indenização aos familiares, as partes dizem: "A dor não tem preço, mas pode ser compensada com quantias que não têm o condão de terminar com o sofrimento, mas pode atenuá-lo".
Em uma decisão inicial, a juíza Maira Salete Meneghetti negou o pedido por Justiça gratuita, pois aponta que todos possuem condições financeiras para arcar com os custos do processo.
Renan começou no jornalismo na Rádio Comunitária Efapi, onde apresentava um programa musical. Depois, chegou à Rádio Super Condá, bastante conhecida em Chapecó. Também passou a fazer parte da equipe da RIC TV Record, apresentando um programa de esportes. Posteriormente, também ingressou na equipe Clássico Oeste Capital FM e chegou a ser indicado ao prêmio de revelação da TV de Santa Catarina.
O repórter foi um dos 21 jornalistas mortos no voo da Chapecoense. Outras 50 pessoas perderam a vida, entre membros do elenco e da comissão técnica do time catarinense e funcionários da tripulação da aeronave.
Chape não acredita em condenação
Ao blog da Gabriela Moreira, no mês passado, o vice-presidente jurídico do clube, Luiz Antonio Palaoro não acredita que a Justiça condene a Chapecoense a pagar as indenizações. Para ele, o clube não teve culpa nas mortes."A Chapecoense foi fretante do avião. Não teve qualquer culpa no acidente. Os familiares dos jogadores talvez tenham parte de seus questionamentos atendidos, mas os convidados, os jornalistas, não", defendeu Palaoro.
Estas ações correm na esfera cível. Os familiares dos jornalistas ainda podem entrar com ações na Justiça trabalhista. O Blog apurou que as vítimas que trabalhavam na TV Globo já foram indenizadas e parte das que trabalhavam na FOX discutem detalhes finais para os pagamentos. Não temos informações sobre os demais repórteres.
A Chapecoense ainda não foi notificada oficialmente do processo movido pela família de Agnolim.
Fonte: espn uol