goo.gl/NfY45E | O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta segunda-feira (18) que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, deverá seguir “a melhor tradição do Ministério Público”, sem dever favores a ninguém.
Raquel foi escolhida pelo presidente Michel Temer para suceder a Rodrigo Janot no comando da PGR, quebrando uma tradição iniciada em 2003 de se escolher o primeiro colocado de uma lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
A nova procuradora-geral da República ficou em segundo lugar, com 587 votos, atrás do subprocurador Nicolao Dino, aliado de Janot que encabeçou a lista com 621 votos. Dino pediu a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer durante julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste ano.
“Eu acho que a doutora Raquel tem uma história de vida e as pessoas, quando chegam nessas posições, elas vivem para a sua própria biografia. Elas não vivem para prestar favores. E acho que quem é alçado para um cargo desse, é claro que pode ter reconhecimento para autoridade que a nomeou, mas o compromisso é com o País e não com a autoridade”, comentou Barroso.
“Essa coisa patrimonialista, de ficar devendo favor, não existe dentro de uma democracia, dentro de um espaço público. A gente faz o que tem de fazer. Há uma passagem do Tolstói (escritor russo Liev Tolstói) que ele diz, dos generais dele, que ele diz, não importa como você chega aqui, o importante é o que você vai fazer daqui pra frente. Portanto, eu acho, que ela seguirá a melhor tradição do Ministério Público e ninguém deve favor quando chega num cargo desse”, completou o ministro.
AFASTAMENTO. Na semana passada, o STF rejeitou, por 9 a 0, um pedido da defesa de Temer para afastar Janot das investigações contra o presidente no caso JBS. Na próxima quarta-feira (20), o plenário da Corte vai decidir se suspende ou não o envio à Câmara dos Deputados da segunda denúncia apresentada contra o presidente.
O Planalto quer que a nova acusação formal – pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça – seja suspensa até que se esclareçam os indícios de irregularidade envolvendo a delação do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud. (Rafael Moraes Moura, Carla Araújo e Beatriz Bulla).
Por Rafael Moraes Moura, Carla Araújo e Beatriz Bulla
Fonte: Estadão
Raquel foi escolhida pelo presidente Michel Temer para suceder a Rodrigo Janot no comando da PGR, quebrando uma tradição iniciada em 2003 de se escolher o primeiro colocado de uma lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
A nova procuradora-geral da República ficou em segundo lugar, com 587 votos, atrás do subprocurador Nicolao Dino, aliado de Janot que encabeçou a lista com 621 votos. Dino pediu a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer durante julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste ano.
“Eu acho que a doutora Raquel tem uma história de vida e as pessoas, quando chegam nessas posições, elas vivem para a sua própria biografia. Elas não vivem para prestar favores. E acho que quem é alçado para um cargo desse, é claro que pode ter reconhecimento para autoridade que a nomeou, mas o compromisso é com o País e não com a autoridade”, comentou Barroso.
“Essa coisa patrimonialista, de ficar devendo favor, não existe dentro de uma democracia, dentro de um espaço público. A gente faz o que tem de fazer. Há uma passagem do Tolstói (escritor russo Liev Tolstói) que ele diz, dos generais dele, que ele diz, não importa como você chega aqui, o importante é o que você vai fazer daqui pra frente. Portanto, eu acho, que ela seguirá a melhor tradição do Ministério Público e ninguém deve favor quando chega num cargo desse”, completou o ministro.
AFASTAMENTO. Na semana passada, o STF rejeitou, por 9 a 0, um pedido da defesa de Temer para afastar Janot das investigações contra o presidente no caso JBS. Na próxima quarta-feira (20), o plenário da Corte vai decidir se suspende ou não o envio à Câmara dos Deputados da segunda denúncia apresentada contra o presidente.
O Planalto quer que a nova acusação formal – pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça – seja suspensa até que se esclareçam os indícios de irregularidade envolvendo a delação do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud. (Rafael Moraes Moura, Carla Araújo e Beatriz Bulla).
Por Rafael Moraes Moura, Carla Araújo e Beatriz Bulla
Fonte: Estadão