goo.gl/2gup4x | O apelo da mídia é grande, a insegurança da iniciativa privada é ainda maior, mas aqui vão algumas dicas para evitar cair nesta armadilha que só vai prejudicar a você, sua família, e toda a sociedade.
OK, OK... Agora que já consegui sua atenção, gostaria de dizer que talvez, em se considerando as palavras que foram escolhidas por este redator, o título não queira dizer aquilo que você pensou inicialmente.
Sou um advogado em início de carreira, e apesar de hoje querer esta carreira mais do que qualquer outra na vida, não ouso dizer que “Nunca farei um concurso público na minha vida”. Aliás, existe um provérbio que nos ensina a nunca dizer “Desta água não beberei!”.
E talvez você, que atualmente está estudando para alcançar determinada carreira e veio neste artigo para ver e comentar o disparate escrito por um jovem advogado, nem seja um CONCURSEIRO. Mas é o que veremos a seguir...
De acordo com o “wikitionary”, acesso pela simples pesquisa “define concurseiro” no google, cheguei a esta definição para a palavra CONCURSEIRO:
Aliás, com esta pesquisa, descobri ainda que existem os CONCURSEIROS DE VERDADE, que seguem determinadas regras elencadas em numerosos “GUIAS DO CONCURSEIRO”. Por conseguinte, devem existir os “Concurseiros meia-boca”, que não seguem estas regras, né?
Concurseiro, como definiria a minha mãe, ou uma prima, ou um conhecido, ou qualquer do povo, “É quem ESTUDA PRA CONCURSO”.
E acho que o grande problema do Concurseiro é este: ele estuda PRA CONCURSO. Mas que concurso? Magistratura? Defensoria Pública? Advocacia Pública? Ministério Público? Serventuário da Justiça? Autarquias? Existem duas resposta. A primeira é “Qualquer um”. A segunda é “o que pagar melhor”. E ambas têm consequências perversas.
O defeito do concurseiro é este: qualquer concurso serve. O que ele estuda para Magistratura, ele aplica no concurso do IBGE. O que estuda para promotoria, serve para a prova do INSS ou qualquer outra de nível médio, básico, “alfabetização”.
Para a sociedade, um péssimo serviço público. Alguém que queria ser promotor, mas se torna um servidor de uma autarquia, por exemplo, não vai desenvolver o trabalho da mesma maneira, pois simplesmente acha que aquele ali não é o seu propósito. Alguém que queria ter um salário de juiz, mas tem o de um auxiliar de serviços gerais, também não dará o melhor de si, pois se sentirá desvalorizado.
E aqui não pretendo estabelecer hierarquia entre cargos públicos. Nem na iniciativa privada esta hierarquia é feita, pois toda profissão deve ter o seu valor e tem a sua importância. Você pode ser um CEO da maior empresa do mundo. Certamente precisou de um pedreiro para levantar a sua casa, ou de uma faxineira, para ajudar na conservação, etc. Cada qual tem o seu papel. E no funcionalismo público não é diferente.
Para sua família também há consequências. “Não há dinheiro no mundo que pague a tranquilidade de estar em paz consigo mesmo e com sua família”, é o que dizem. Sua família sofre junto, se você se sente desmotivado e desvalorizado.
E para você? Há duas consequências: Se você escolheu o serviço público só pela estabilidade, então logo perceberá que ela se tornará “estagnação”. Por óbvio que você aprenderá a lidar com esta situação e poderá conviver com ela até sua aposentadoria, 50 anos depois. Se você escolheu a carreira pública pelo salário, não demorará a perceber o quanto poderia ganhar se fizesse algo que realmente gosta de fazer. Fora a chateação de fazer algo que não gosta só pelo alto salário.
O Concurseiro, ora combatido, não é o estudante que está se preparando para um concurso da carreira A, ou da carreira B, a qual sempre desejou alcançar.
Determinadas carreiras são acessíveis apenas por concurso público de provas e títulos. Desde o primário nós aprendemos que para sair bem numa prova, é necessário estudar. Mas acredito que alguém que esteja estudando e se preparando para determinado concurso é Candidato, não “concurseiro”.
Então, para evitar entrar na definição de concurseiro, vai aí uma dica: Tenha foco.
Defina a carreira que mais tem a ver com você. Pense naquela que você faria mesmo que fosse de graça.
Você tem tesão por defender pessoas que não podem pagar um advogado? Seja um defensor público. Tem tesão por defender direitos que extrapolam a esfera individual? Seja um promotor. Ficaria horas por dia, somente decidindo processos e fazendo JUSTIÇA, mesmo se fosse de graça? Seja um Juiz.
E então estude.
Pode seguir as dicas dos “manuais dos concurseiros”, sem se ofender com a nomenclatura. Quem os editou ainda não sabe a diferença entre “Candidato” e “Concurseiro”.
Mas aconteça o que acontecer, haja o que houver, NÃO SEJA UM CONCURSEIRO.
O “você” do futuro, sua família e a sociedade agradecem.
Por Teddy Marques Farias Junior
Fonte: Jus Brasil
OK, OK... Agora que já consegui sua atenção, gostaria de dizer que talvez, em se considerando as palavras que foram escolhidas por este redator, o título não queira dizer aquilo que você pensou inicialmente.
Sou um advogado em início de carreira, e apesar de hoje querer esta carreira mais do que qualquer outra na vida, não ouso dizer que “Nunca farei um concurso público na minha vida”. Aliás, existe um provérbio que nos ensina a nunca dizer “Desta água não beberei!”.
E talvez você, que atualmente está estudando para alcançar determinada carreira e veio neste artigo para ver e comentar o disparate escrito por um jovem advogado, nem seja um CONCURSEIRO. Mas é o que veremos a seguir...
De acordo com o “wikitionary”, acesso pela simples pesquisa “define concurseiro” no google, cheguei a esta definição para a palavra CONCURSEIRO:
CONCURSEIRO
Definição da Web: Estudante que busca através da realização de um concurso público uma oportunidade de carreira no serviço público.Aliás, com esta pesquisa, descobri ainda que existem os CONCURSEIROS DE VERDADE, que seguem determinadas regras elencadas em numerosos “GUIAS DO CONCURSEIRO”. Por conseguinte, devem existir os “Concurseiros meia-boca”, que não seguem estas regras, né?
Concurseiro, como definiria a minha mãe, ou uma prima, ou um conhecido, ou qualquer do povo, “É quem ESTUDA PRA CONCURSO”.
E acho que o grande problema do Concurseiro é este: ele estuda PRA CONCURSO. Mas que concurso? Magistratura? Defensoria Pública? Advocacia Pública? Ministério Público? Serventuário da Justiça? Autarquias? Existem duas resposta. A primeira é “Qualquer um”. A segunda é “o que pagar melhor”. E ambas têm consequências perversas.
O defeito do concurseiro é este: qualquer concurso serve. O que ele estuda para Magistratura, ele aplica no concurso do IBGE. O que estuda para promotoria, serve para a prova do INSS ou qualquer outra de nível médio, básico, “alfabetização”.
Mas qual é o efeito prático desta postura?
E aqui não pretendo estabelecer hierarquia entre cargos públicos. Nem na iniciativa privada esta hierarquia é feita, pois toda profissão deve ter o seu valor e tem a sua importância. Você pode ser um CEO da maior empresa do mundo. Certamente precisou de um pedreiro para levantar a sua casa, ou de uma faxineira, para ajudar na conservação, etc. Cada qual tem o seu papel. E no funcionalismo público não é diferente.
Para sua família também há consequências. “Não há dinheiro no mundo que pague a tranquilidade de estar em paz consigo mesmo e com sua família”, é o que dizem. Sua família sofre junto, se você se sente desmotivado e desvalorizado.
E para você? Há duas consequências: Se você escolheu o serviço público só pela estabilidade, então logo perceberá que ela se tornará “estagnação”. Por óbvio que você aprenderá a lidar com esta situação e poderá conviver com ela até sua aposentadoria, 50 anos depois. Se você escolheu a carreira pública pelo salário, não demorará a perceber o quanto poderia ganhar se fizesse algo que realmente gosta de fazer. Fora a chateação de fazer algo que não gosta só pelo alto salário.
Mas e se eu quero seguir carreira pública, o que eu faço?
Determinadas carreiras são acessíveis apenas por concurso público de provas e títulos. Desde o primário nós aprendemos que para sair bem numa prova, é necessário estudar. Mas acredito que alguém que esteja estudando e se preparando para determinado concurso é Candidato, não “concurseiro”.
E o que fazer para não ser um CONCURSEIRO?
Defina a carreira que mais tem a ver com você. Pense naquela que você faria mesmo que fosse de graça.
Você tem tesão por defender pessoas que não podem pagar um advogado? Seja um defensor público. Tem tesão por defender direitos que extrapolam a esfera individual? Seja um promotor. Ficaria horas por dia, somente decidindo processos e fazendo JUSTIÇA, mesmo se fosse de graça? Seja um Juiz.
E então estude.
Pode seguir as dicas dos “manuais dos concurseiros”, sem se ofender com a nomenclatura. Quem os editou ainda não sabe a diferença entre “Candidato” e “Concurseiro”.
Mas aconteça o que acontecer, haja o que houver, NÃO SEJA UM CONCURSEIRO.
O “você” do futuro, sua família e a sociedade agradecem.
Por Teddy Marques Farias Junior
Fonte: Jus Brasil