goo.gl/yjoK6z | Entrando na série das perguntas mais frequentes que um advogado criminalista responde a seus familiares, amigos, conhecidos, etc., escolhi escrever em primeiro lugar sobre esta que talvez seja a mais frequente na vida de um advogado criminalista enfrenta na sua carreira.
A escolha de uma graduação por si só já é um grande transtorno da vida de uma pessoa, na maioria das vezes, os jovens saindo da adolescência são obrigados a se deparar com esta situação, outros retomam esta decisão em fases mais maduras da sua vida.
Enfim, falo agora apenas para aqueles que independente do momento optaram pela escolha do curso de ciências jurídicas e sociais, que maravilha, a maioria dos familiares e amigos que são operadores do Direito vibram com a sua escolha.
Nesta fase acadêmica começa o jogo da sedução entre as disciplinas e seus professores brilhantes, outros nem tanto, e seus colegas, em descobrir qual área do direito você vai querer atuar.
Nesse instante, já se percebe aqueles colegas com vocação para as áreas públicas, as áreas privadas, e no final sobram àqueles pouquíssimos colegas singulares que se apaixonaram pelo Direito Penal e Processual Penal e decidem que serão advogados criminalistas.
Meu Deus, começa a aparecer àquelas caras de espanto e tristeza de algumas pessoas que você tanto tem carinho e admiração.
Pronto, está lançada a primeira tese a ser defendida como profissional, pois muitas pessoas lhe farão esta pergunta ao longo da sua vida: “Por que você escolheu ser advogado criminalista?”.
Algumas vezes esta questão virá com mais outras perguntas, mais enfeitadas com adjetivos legais ou pejorativos, mas em síntese talvez esta seja a pergunta mais frequente que você vai ser questionado ao longo da sua vida, se escolheu esta profissão.
Se você for uma pessoa mais tranquila, assim como eu sou, antes de começar a responder, vai perceber que quem lhe pergunta já vai te lançar respostas, como se fosse uma questão de múltipla escolha: a) porque esta profissão deve ser muito rentável no Brasil; b) porque no Brasil o crime compensa; c) porque você gosta de defender bandido; d) todas as respostas anteriores estão corretas. Respire tranquilo, dê tempo, se possível, divirta-se um pouco mais vendo a reação de quem lhe pergunta e depois responda com seu coração.
Generalizando, ou melhor, sintetizando, acredito que posso falar por quase todos os advogados criminalistas do Brasil, que são éticos e trabalham com respeito e urbanidade, eu sempre respondi com muita tranquilidade esta pergunta fazendo a seguinte reflexão: eu não escolhi ser advogado criminalista, eu fui escolhido pela profissão.
Muito provavelmente as pessoas que hoje são advogados criminalistas, tiveram sinais ao longo da sua vida em lidar com pensamentos e opiniões contrários ao da maioria, você desde sempre pensa em como deve ser difícil a vida das minorias, você se posicionava em debates em que suas opiniões são diferentes da maioria das pessoas, porque é muito mais fácil se unir ao grande grupo que pensa igual, muitas vezes sem profundo conhecimento, do que levantar bandeiras de que a situação tem muitas outras variáveis, e que a opinião tem que ser construída com diversos elementos.
Se você é uma pessoa com este perfil de defesa de minorias e entrar na faculdade de Direito, há uma atração fatal com a advocacia criminal, você já é um garantidor de direitos, simples assim.
Por isso, aprenda a ser criticado, a ser triturado, a enfrentar situações desconfortáveis, ser advogado criminalista é na grande maioria das vezes andar na contramão do fluxo de pensamentos, é saber ouvir o discurso repetitivo que o Direito Penal tem que resolver o problema da segurança pública, e não esqueça de que você sempre fala por último, e aí você deve ser nobre, inteligente, mostre seu conhecimento e desafie as pessoas a pensar sobre outro ângulo, desconstrua o óbvio com conhecimento, afinal como disse antes, você foi atraído desde pequeno a pensar diferente, é só olhar para trás e rever sua vida.
Por Anderson Figueira da Roza
Fonte: Canal Ciências Criminais
A escolha de uma graduação por si só já é um grande transtorno da vida de uma pessoa, na maioria das vezes, os jovens saindo da adolescência são obrigados a se deparar com esta situação, outros retomam esta decisão em fases mais maduras da sua vida.
Enfim, falo agora apenas para aqueles que independente do momento optaram pela escolha do curso de ciências jurídicas e sociais, que maravilha, a maioria dos familiares e amigos que são operadores do Direito vibram com a sua escolha.
Nesta fase acadêmica começa o jogo da sedução entre as disciplinas e seus professores brilhantes, outros nem tanto, e seus colegas, em descobrir qual área do direito você vai querer atuar.
Nesse instante, já se percebe aqueles colegas com vocação para as áreas públicas, as áreas privadas, e no final sobram àqueles pouquíssimos colegas singulares que se apaixonaram pelo Direito Penal e Processual Penal e decidem que serão advogados criminalistas.
Meu Deus, começa a aparecer àquelas caras de espanto e tristeza de algumas pessoas que você tanto tem carinho e admiração.
Pronto, está lançada a primeira tese a ser defendida como profissional, pois muitas pessoas lhe farão esta pergunta ao longo da sua vida: “Por que você escolheu ser advogado criminalista?”.
Algumas vezes esta questão virá com mais outras perguntas, mais enfeitadas com adjetivos legais ou pejorativos, mas em síntese talvez esta seja a pergunta mais frequente que você vai ser questionado ao longo da sua vida, se escolheu esta profissão.
Se você for uma pessoa mais tranquila, assim como eu sou, antes de começar a responder, vai perceber que quem lhe pergunta já vai te lançar respostas, como se fosse uma questão de múltipla escolha: a) porque esta profissão deve ser muito rentável no Brasil; b) porque no Brasil o crime compensa; c) porque você gosta de defender bandido; d) todas as respostas anteriores estão corretas. Respire tranquilo, dê tempo, se possível, divirta-se um pouco mais vendo a reação de quem lhe pergunta e depois responda com seu coração.
Generalizando, ou melhor, sintetizando, acredito que posso falar por quase todos os advogados criminalistas do Brasil, que são éticos e trabalham com respeito e urbanidade, eu sempre respondi com muita tranquilidade esta pergunta fazendo a seguinte reflexão: eu não escolhi ser advogado criminalista, eu fui escolhido pela profissão.
Muito provavelmente as pessoas que hoje são advogados criminalistas, tiveram sinais ao longo da sua vida em lidar com pensamentos e opiniões contrários ao da maioria, você desde sempre pensa em como deve ser difícil a vida das minorias, você se posicionava em debates em que suas opiniões são diferentes da maioria das pessoas, porque é muito mais fácil se unir ao grande grupo que pensa igual, muitas vezes sem profundo conhecimento, do que levantar bandeiras de que a situação tem muitas outras variáveis, e que a opinião tem que ser construída com diversos elementos.
Se você é uma pessoa com este perfil de defesa de minorias e entrar na faculdade de Direito, há uma atração fatal com a advocacia criminal, você já é um garantidor de direitos, simples assim.
Por isso, aprenda a ser criticado, a ser triturado, a enfrentar situações desconfortáveis, ser advogado criminalista é na grande maioria das vezes andar na contramão do fluxo de pensamentos, é saber ouvir o discurso repetitivo que o Direito Penal tem que resolver o problema da segurança pública, e não esqueça de que você sempre fala por último, e aí você deve ser nobre, inteligente, mostre seu conhecimento e desafie as pessoas a pensar sobre outro ângulo, desconstrua o óbvio com conhecimento, afinal como disse antes, você foi atraído desde pequeno a pensar diferente, é só olhar para trás e rever sua vida.
Por Anderson Figueira da Roza
Fonte: Canal Ciências Criminais