goo.gl/cTJq67 | "Ele ganancioso e sem escrúpulos". Foi assim que a juíza Selma de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, definiu o empresário Alan Malouf ao condená-lo a 11 anos, 1 mês e 10 de prisão, além de 176 dias de multa. Alan foi apontado como um dos principais líderes do esquema de corrupção que desviou milhões da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT).
Na sentença, proferida nesta segunda-feira (23), Selma ressaltou que Malouf é um empresário bem sucedido, de vida abastada, possui ensino superior, “e não necessita disto para sobreviver, como ele mesmo declarou”. “Portanto, tem entendimento suficiente da ilicitude de seus atos, de modo que vejo que praticou os crimes com dolo direto e intenso”, analisou.
Ela acrescentou ainda que a alegação do empresário, de que pretendia recuperar "investimento" realizado na campanha eleitoral, mostra que o esquema foi idealizado com grande antecedência. “Praticou os crimes por ganância e segundo ele próprio, agiu premeditadamente, vez que diz ter contribuído para a campanha eleitoral, visando locupletar-se posteriormente mediante a prática de crime contra a Administração Pública”, observou a magistrada.
A juíza disse que não há dados concretos que faça ela determinar a personalidade do empresário, “embora já tenha deixado bem claro que é pessoa extremamente gananciosa e relativiza seus escrúpulos quando se trata de enriquecer”.
Selma atentou ainda que Alan foi um dos principais líderes do esquema na Seduc. Ela destacou que o dono do buffet Leila Malouf ainda conseguiu ocultar o seu nome, "em face de outros membros da organização criminosa".
“Todavia, durante o interrogatório foi colaborativo e mostrou-se de certa forma arrependido. Auxiliou na descoberta da verdade, quando apontou para outros comparsas. A nocividade da ação do réu foi além dos fatos por ele praticados, já que escolheu como alvo a Secretaria de Educação, uma das mais importantes áreas de funcionamento estatal. O prejuízo causado ao erário foi milionário e até agora o Estado não foi ressarcido”, enfatizou magistrada.
Malouf foi condenado a mais 11 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e reiteração delitiva.
O Ministério Público Estadual investigou o caso e chegou a pedir 30 anos de condenação ao empresário, que é dono do Buffet Leila Malouf.
O esquema foi revelado pela operação Gran Vizir, do Grupo de Especial de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. A Grão Vizir é um desdobramento da operação Rêmora deflagrada em maio do ano passado.
Por Marcio Camilo
Fonte: www.folhamax.com.br
Na sentença, proferida nesta segunda-feira (23), Selma ressaltou que Malouf é um empresário bem sucedido, de vida abastada, possui ensino superior, “e não necessita disto para sobreviver, como ele mesmo declarou”. “Portanto, tem entendimento suficiente da ilicitude de seus atos, de modo que vejo que praticou os crimes com dolo direto e intenso”, analisou.
Ela acrescentou ainda que a alegação do empresário, de que pretendia recuperar "investimento" realizado na campanha eleitoral, mostra que o esquema foi idealizado com grande antecedência. “Praticou os crimes por ganância e segundo ele próprio, agiu premeditadamente, vez que diz ter contribuído para a campanha eleitoral, visando locupletar-se posteriormente mediante a prática de crime contra a Administração Pública”, observou a magistrada.
A juíza disse que não há dados concretos que faça ela determinar a personalidade do empresário, “embora já tenha deixado bem claro que é pessoa extremamente gananciosa e relativiza seus escrúpulos quando se trata de enriquecer”.
Selma atentou ainda que Alan foi um dos principais líderes do esquema na Seduc. Ela destacou que o dono do buffet Leila Malouf ainda conseguiu ocultar o seu nome, "em face de outros membros da organização criminosa".
“Todavia, durante o interrogatório foi colaborativo e mostrou-se de certa forma arrependido. Auxiliou na descoberta da verdade, quando apontou para outros comparsas. A nocividade da ação do réu foi além dos fatos por ele praticados, já que escolheu como alvo a Secretaria de Educação, uma das mais importantes áreas de funcionamento estatal. O prejuízo causado ao erário foi milionário e até agora o Estado não foi ressarcido”, enfatizou magistrada.
Malouf foi condenado a mais 11 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e reiteração delitiva.
Grão vizir
Malouf foi condenado num esquema de formação de cartel entre empreiteiras que realizavam obras de reforma e construção de unidades escolares em Mato Grosso. As fraudes foram montadas com participação efetiva do secretário da Seduc à época, Permínio Pinto.O Ministério Público Estadual investigou o caso e chegou a pedir 30 anos de condenação ao empresário, que é dono do Buffet Leila Malouf.
O esquema foi revelado pela operação Gran Vizir, do Grupo de Especial de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. A Grão Vizir é um desdobramento da operação Rêmora deflagrada em maio do ano passado.
Por Marcio Camilo
Fonte: www.folhamax.com.br