Jovem casou-se com a tia-avó de 91 anos. Estado recusa pagar-lhe pensão de viuvez

goo.gl/ZvRYsP | Mauricio Ossola, de 23 anos, casou-se com a tia-avó em 2015. Mulher morreu em 2016 e o Estado nega-se a pagar-lhe pensão, argumentando que a união não foi por amor.

Mauricio Ossola tinha apenas 23 anos quando se casou com Yolanda Torres, a tia-avó de 91 anos, na província de Salta, na Argentina. O casamento foi em 2015 mas, segundo o jornal argentino El Tribuno, os dois viviam na mesma casa em Tres Cerritos desde a infância de Mauricio, juntamente com o irmão do rapaz, a mãe e a avó.

Yolanda Torres morreu logo em 2016, tinha passado pouco mais de um ano do matrimónio. E, desde então, Mauricio reclama do Estado uma pensão de viuvez. Ainda que a Argentina permita casamentos entre pessoas com este grau de parentesco e diferença de idades - Mauricio e Yolanda levavam-se 68 anos - a Direção-Geral da Segurança Social não assume a união como legítima, defendendo que o casamento não se realizou por amor e alegando que os dois elementos do casal não estavam apaixonados.

A pensão de viuvez seria atribuída se a idosa fosse a única do casal a auferir rendimentos, suportando as despesas do marido de 23 anos, mas não é o caso, já que Mauricio se formou em advocacia pouco antes de enviuvar. No entanto, o jovem garante que vai continuar a batalhar na justiça contra o Estado argentino pela pensão de viuvez, argumentando que este era o último desejo da falecida mulher.

O caso não é inédito na Argentina: em 2007, celebrou-se o casamento entre uma idosa de 82 anos e um jovem de 24 que, após a morte da mulher, passou a receber a pensão de viuvez. Neste caso, a idosa morreu apenas 24 dias depois do casamento, depois de sofrer uma descompensação durante a lua-de-mel no Rio de Janeiro, no Brasil.

Fonte: www.dn.pt
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