Advogado tenta tirar BBB do ar e pede indenização de R$ 5 milhões por danos morais

goo.gl/4qAUJ2 | Um advogado de Americana acionou a Justiça para tentar tirar do ar o programa Big Brother Brasil e para que a Globo seja obrigada a pagar indenização de R$ 5 milhões por danos morais. Motivo: as cenas de afeto entre pai e filha, que, na visão dele, caracterizam “comportamento incestuoso”.

O homem, de 50 anos, diz que se sentiu envergonhado perante sua família e a “família brasileira”. O juiz negou o pedido, extinguiu o processo e escreveu na sentença que “é lamentável” a Justiça ter de se ocupar de assuntos assim. A decisão, tomada na última segunda-feira, foi publicada nesta quinta.

“O autor faz a sua análise, subjetiva, portanto, de um fato, considera esse fato danoso e quer uma indenização de cinco milhões de reais (...)”, escreveu o juiz Marcos Cosme Porto, da 2ª Vara Cível de Americana. “É de sua iniciativa evitar o suposto dano: basta não sintonizar no canal que exibe o programa”, afirmou o magistrado na sentença.

O advogado, que pediu para não ser identificado, solicitou na ação que o dinheiro de eventual indenização fosse transferido à Apae (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais), instituição que o ajudou após um acidente. Ele afirmou ao LIBERAL que não pretende recorrer da decisão.

O advogado sustenta no processo que a relação entre Ayrton, de 56 anos, e Ana Clara, de 20, é vergonhosa e imoral. Os dois trocaram um selinho durante uma das cenas exibidas no programa da Globo, que na atual edição do BBB confinou uma família na casa. Outras cenas também o incomodaram. “O Pai participante do BBB dirigi elogios inadequados para a filha, em determinada ocasião, enquanto a jovem trocava de roupa, o pai dize (sic) “que isso, hein, filha? Dirigindo elogios para o corpo de sua filha”, escreve o advogado na ação.

O morador de Americana afirmou que costumava assistir o programa até ver a cena que o incomodou. Desde então, diz ter seguido o conselho do juiz: mudou de canal. O advogado argumenta que se sentiu envergonhado perante sua filha, de 25 anos, a neta, de 2, e toda a “família brasileira”. “Eu fico preocupado com o que vai acontecer aos nossos filhos. Esse aconduta acaba afetando os jovens.”

“São coisas que não vão sair da minha cabeça. Não só da minha mas de muitos brasileiros. (…) Coisas que deixam a gente um pouco indignado. Não me sinto confortável. Ver uma situação incestuosa. É imoral.”, disse.

O juiz entendeu que “com relação aos danos eventualmente sofridos pela “família brasileira”, falta legitimidade (do advogado) para a defesa dos interesses alheios”. Procurada, a Globo não se manifestou até o fechamento desta edição.

Por George Aravanis
Fonte: liberal.com.br
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