goo.gl/o4RXwq | Um novo embate entre a Polícia Civil e a Polícia Militar foi registrado na madrugada desta terça-feira (27/2). Segundo informações preliminares, o motivo da briga teria sido a prisão de um motorista embriagado. O caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), onde ocorreu toda a confusão. A unidade da PCDF chegou a ser cercada por equipes da PM e o clima ficou tenso.
O motorista embriagado se envolveu em um acidente em Vicente Pires. Ele foi levado para a delegacia pelos militares. O delgado plantonista Yuri Santana de Brito Rocha teria pedido para que os PMs levassem o preso ao hospital, pois ele estaria machucado. Os PMs, no entanto, teriam se recusado a recebê-lo de volta, alegando que a Polícia Civil havia recolhido o detido.
Diante da confusão, o delegado deu voz de prisão para a equipe da PM. De acordo com os militares, Yuri Rocha teria falado que eles eram “frouxos”. Dois oficiais compareceram à unidade e também receberam voz de prisão. Viaturas da Patamo, da Rotam e do batalhão da área foram ao local para apoiar os colegas. O delegado, por sua vez, teria dito que pediria reforço à Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil.
A situação foi tão grave que até o secretário de Segurança, Cristiano Barbosa Sampaio, teria sido acionado, de acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol).
Segundo o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) registrado na DP, a equipe de plantão verificou uma lesão na coxa esquerda do preso. Os agentes teriam informado ao comandante da guarnição, sargento Clênio Gonçalves de Souza, a necessidade de encaminhar o detido ao hospital, pois ele precisava de atendimento médico. O sargento, de acordo com a PCDF, teria dito que não atenderia a solicitação, pois o preso poderia se autolesionar no cubículo da viatura e não iria colocá-lo no banco traseiro.
A partir dessa hora, o clima começou a esquentar. De acordo com o TCO, o delegado teria sido avisado da situação e reforçado o pedido. “Desrespeitosamente, (o sargento) sorriu dando as costas para a autoridade policial sem mesmo terminar a conversa, momento em que o Dr. Yuri deu voz de prisão”, destaca um trecho da ocorrência.
Acompanhado de outros militares também em desacordo com a atitude do delegado, o sargento Souza teria se recusado a assinar o termo circunstanciado por desacato. Os oficiais defenderam que se o sargento fosse autuado, seria crime militar e, assim, ele deveria ficar sob a custódia da PMDF e a lavratura do Termo Circunstanciado seria efetuada na Corregedoria da corporação. Eles teriam ainda ameaçado levar o delegado para a unidade militar.
“Após este fato, se fez presente a esta delegacia 12 viaturas da PMDF estacionadas no pátio com os rotolights acionados e pelo menos 50 militares, sendo que alguns deles exibiam armamento de grosso calibre”, narra a ocorrência. Os militares seguiram para a Corregedoria. Eles foram autuados pela Polícia Civil por omissão de socorro, desacato e desobediência.
Já o motorista bêbado foi levado para o hospital por uma viatura do Corpo de Bombeiros. Foi arbitrada uma fiança de R$ 1 mil para ele. O veículo dele foi liberado a um condutor habilitado. O resultado do teste do etilômetro apontou concentração de álcool igual a 0,80 mg/l, acima dos 0,33 mg/l considerados crime.
O conflito entre as forças policiais se intensificou nos últimos dois anos. As discussões têm sido abastecidas por fatos que dividem opiniões até mesmo dentro das corporações, como é o caso do registro de ocorrência feito por PMs.
Outro ponto que causa polêmica é o reajuste salarial pleiteado pelos policiais civis. Os militares também reivindicam aumento caso a PCDF seja beneficiada.
Por Mirelle Pinheiro
Fonte: www.metropoles.com
O motorista embriagado se envolveu em um acidente em Vicente Pires. Ele foi levado para a delegacia pelos militares. O delgado plantonista Yuri Santana de Brito Rocha teria pedido para que os PMs levassem o preso ao hospital, pois ele estaria machucado. Os PMs, no entanto, teriam se recusado a recebê-lo de volta, alegando que a Polícia Civil havia recolhido o detido.
Diante da confusão, o delegado deu voz de prisão para a equipe da PM. De acordo com os militares, Yuri Rocha teria falado que eles eram “frouxos”. Dois oficiais compareceram à unidade e também receberam voz de prisão. Viaturas da Patamo, da Rotam e do batalhão da área foram ao local para apoiar os colegas. O delegado, por sua vez, teria dito que pediria reforço à Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil.
A situação foi tão grave que até o secretário de Segurança, Cristiano Barbosa Sampaio, teria sido acionado, de acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol).
Confusão
Segundo o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) registrado na DP, a equipe de plantão verificou uma lesão na coxa esquerda do preso. Os agentes teriam informado ao comandante da guarnição, sargento Clênio Gonçalves de Souza, a necessidade de encaminhar o detido ao hospital, pois ele precisava de atendimento médico. O sargento, de acordo com a PCDF, teria dito que não atenderia a solicitação, pois o preso poderia se autolesionar no cubículo da viatura e não iria colocá-lo no banco traseiro.
A partir dessa hora, o clima começou a esquentar. De acordo com o TCO, o delegado teria sido avisado da situação e reforçado o pedido. “Desrespeitosamente, (o sargento) sorriu dando as costas para a autoridade policial sem mesmo terminar a conversa, momento em que o Dr. Yuri deu voz de prisão”, destaca um trecho da ocorrência.
Acompanhado de outros militares também em desacordo com a atitude do delegado, o sargento Souza teria se recusado a assinar o termo circunstanciado por desacato. Os oficiais defenderam que se o sargento fosse autuado, seria crime militar e, assim, ele deveria ficar sob a custódia da PMDF e a lavratura do Termo Circunstanciado seria efetuada na Corregedoria da corporação. Eles teriam ainda ameaçado levar o delegado para a unidade militar.
“Após este fato, se fez presente a esta delegacia 12 viaturas da PMDF estacionadas no pátio com os rotolights acionados e pelo menos 50 militares, sendo que alguns deles exibiam armamento de grosso calibre”, narra a ocorrência. Os militares seguiram para a Corregedoria. Eles foram autuados pela Polícia Civil por omissão de socorro, desacato e desobediência.
Já o motorista bêbado foi levado para o hospital por uma viatura do Corpo de Bombeiros. Foi arbitrada uma fiança de R$ 1 mil para ele. O veículo dele foi liberado a um condutor habilitado. O resultado do teste do etilômetro apontou concentração de álcool igual a 0,80 mg/l, acima dos 0,33 mg/l considerados crime.
Histórico
O conflito entre as forças policiais se intensificou nos últimos dois anos. As discussões têm sido abastecidas por fatos que dividem opiniões até mesmo dentro das corporações, como é o caso do registro de ocorrência feito por PMs.
Outro ponto que causa polêmica é o reajuste salarial pleiteado pelos policiais civis. Os militares também reivindicam aumento caso a PCDF seja beneficiada.
Por Mirelle Pinheiro
Fonte: www.metropoles.com