goo.gl/v5LK9Z | Eis os discursos:
- Faculdades não ensinam como deveriam;
- Desembargador manda Advogado voltar para a academia;
- OAB-PR fecha o cerco sugerindo impedimento de abertura de novos Cursos de Direito por 10 anos.
Como é isto, mesmo?
Estes dias não estão nada agradáveis para a advocacia brasileira, infelizmente, pois o Curso de Direito e o Advogado brasileiro estão na berlinda!
Como vocês podem ver nas matérias em que deixarei os links no final deste texto, é fato que o negócio está muito feio!
Sem querer ser a defensora dos fracos e oprimidos, mas sabendo que algo precisa mudar, é hora de ‘dar a cara à tapa mesmo’, assumir que erros existem porque o homem é falho.
É que alguns entendem que a proliferação de IES tem prejudicado o aprendizado, pois o sistema tem deixado brechas e fica fácil concluir que as cobranças da OAB-PR, e do Desembargador são oportunas e inevitáveis. Não tenho intenção de adentrar neste mérito.
No entanto, mesmo muitos 'mandando ver' em cima da qualidade do ensino dos Cursos de Direito, da proliferação dos cursos jurídicos, do modismo em estudar para ser ’dotô’, devo confessar que decidi expor algumas posições.
Ora, aprendi que faculdade não mede conhecimento de ‘seu ninguém’. O aluno tem que queimar pestana mesmo, debruçar-se sobre os clássicos, aprender com os mais experientes, mostrar humildade ao dizer que não domina tal matéria, etc e tal.
Todavia, como bem pontua o professor Evinis Talon em seu livro intitulado "A Jornada do Advogado Criminalista" em que ele dá dicas formidáveis para todos os advogados e não só os militantes da seara penal, o mestre pontua que muitos amigos dele ficam impressionados, pois o ‘divertimento’ dele é simplesmente ‘ESTUDAR’. Pense num divertimento bom danado!
O professor Lênio Streck também chama muito a atenção dos discentes atuais no quesito da gritante e fundamental necessidade de lerem os clássicos e ‘incendiarem’ os resumos.
E não é que o Streck tem lá suas razões? Os clássicos do Direito perderam espaço para os resumos sem sustentabilidade, e o resultado, muitas vezes é constatado por autoridades, tal como o caso que chegou às mãos do Desembargador.
Semana passada, assistindo uma aula do professor e Desembargador aposentado Sérgio Cavalieri Filho, vibrei quando ele disse: - “Olhe, meus alunos, na graduação, vocês conheceram as árvores, agora eu vou mostrar-lhes a floresta”.
Em extremo emocionada pelo fato de escutar o Professor Cavalieri dizer que eu só conhecia as árvores, concordei sem hesitar, e cá estou, a esforçar-me para conhecer, de fato, a floresta... E com um caçador experiente destes, heim? Rsrsrsrsrs
E assim deve ser o dia a dia do advogado, buscando conhecimento sempre, sabendo desde o primeiro período da Graduação em Direito que estudar é preciso.
Há solução? Lógico!
- Esteja, de fato, convicto de que ama e quer viver debruçado sobre Leis, Livros, Códigos e Direitos durante toda a sua trajetória existencial. Como diz um personagem do desenho animado Toy Story: Ao infinito e além...
- Se escolheu o Direito, fuja de resumos prontos e fabrique os seus próprios resumões. Leia os clássicos do Direito Brasileiro : Clovis Bevilaqua, Carlos Roberto Gonçalves, Sergio Cavalieri Filho, Maria Helena Diniz, Norberto Bobbio, Humberto Theodoro, Silvia Di Pietro, Fábio Ulhoa, Cezar Bittencourt, Ada Peregrini, Pontes de Miranda... e, logicamente, esqueci de relatar mais um punhado de escritores...
- E os novos ‘cobras’ do Direito contemporâneo? Fredie Didier Jr, Cassettari, Busato, Anderson Schreiber, Flávia Piovisan, João Maurício Adeodato... Esse povo é muito bom, queridos leitores!
- Não fique detido a apenas ler os manuais e literaturas indicadas pelos professores. Vá além!
- Seja rato (a) de Biblioteca! Se não puder comprar os livros recomendados, acampe ou more na biblioteca de sua faculdade. Só não deixe de ler os clássicos do Direito;
- Grandes Universidades Federais dispõem de livros online e em formato PDF. Pesquise e confira;
- A Biblioteca do Senado Federal também te ajudará a adquirir alguns manuais gratuitos e vários cursos online também poderão dar-te um empurrãozinho salutar. Para o otimista, até uma topada, leva-o pra frente! Rsrsrsrsrs
- Abdique de horas de lazer, farras, festas e objetive crescer e crescer na área de sua escolha. Este esforço valerá a pena, e, um dia, você poderá contar estas crônicas aos seus filhos e netos ou, quem sabe, numa palestra motivacional;
- Leia os Códigos! Sim, o que mais percebo é que alunos não leem os códigos (Civil, Penal, Processual Civil, Processual Penal, Consumidor, etc). Saiba ainda que, os Códigos, artigos e incisos mais usuais, você tem o dever, inclusive, de decorá-los!!!
Sabe cantar ‘Vai, Malandra’, o hit da bela Anitta, mas não sabe um Artigo do Código Civil decorado? Ai, ai...
- Invista em um local agradável para estudar. Nada de estudar deitado, encostado numa big almofada, se empanturrando de salgadinhos e refrigerantes ou algo similar. Sente-se numa mesa adequada, bem iluminada, hidrate-se constantemente, coma frutas e fibras, estude de forma concentrada, coloque o celular bem distante, numa função ‘não perturbe’.
- Após estudo, dê uma trégua de meros 10 ou 15 minutos. Refeito, se ‘espiche’ de pé e torne a estudar. Inicie com 1 hora diária e vá aumentando gradativa e disciplinadamente até conseguir estudar, no mínimo, 3 horas por dia.
- Escreva artigos jurídicos de temas de sua preferência. Aproveite o espaço democrático do Jusbrasil. Pratique a escrita e isto é o que importa na sua profissão!
- Adiante aulas não vistas ainda em sala de aula. Leia livros de matérias que ainda serão vistas. Recordo-me que não poucas vezes, alguns desconhecidos perguntavam-me se eu estava repetindo cadeira, pois quando o professor estava dando a matéria, eu complementava o assunto, interagindo com o mestre.
- Procure adiantar, não só conteúdo; mas, já nas férias, saiba quais cadeiras e temas serão ministrados no semestre seguinte e estude antecipadamente também. Isto funciona, caro leitor!
- Esteja familiarizado com Súmulas e Jurisprudências. Soube de algumas pessoas que quando o professor dizia - A Jurisprudência atual entende assim e assim, ficavam igual celular no meio do serrado: ‘sem sinal’;
- Estagie desde o início da graduação. Estágio não é emprego! Por isto o nome é ESTÁGIO... Faça vários! Migre para várias áreas e setores e assim você saberá, de fato, qual é a sua praia!
- Advogados bem sucedidos não têm como prioridade ficarem ricos, mas simplesmente fazer valer os direitos suprimidos dos seus clientes.
A lógica é simples: se você fizer seu trabalho com afinco, a notícia se espalha e seu telefone não deixará de tocar, novos clientes chegarão ao seu escritório, os amigos dos seus clientes também o indicarão, e, quando menos você esperar, seu nome, sua marca e sua exímia conduta e seriedade estará sedimentada no mercado.
Dê um passo de cada vez, iniciando um novo horizonte hoje!
Gosto de uma frase que diz: Existo, porque resisto!
Pense: Sua banca vai existir, porque você resistirá aos embates pontuais e cotidianos, tendo como resultado o TRIUNFO!!!
Só não esqueça que Triunfo exige esforço!
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Links que faço menção
1 - Bronca do Desembargador
2- OAB - Suspensão novos cursos por 10 anos
Por Fátima Burégio
Fonte: Jus Brasil
- Faculdades não ensinam como deveriam;
- Desembargador manda Advogado voltar para a academia;
- OAB-PR fecha o cerco sugerindo impedimento de abertura de novos Cursos de Direito por 10 anos.
Como é isto, mesmo?
Vamos tratar deste assunto, sem dramas e de forma sincera?
Estes dias não estão nada agradáveis para a advocacia brasileira, infelizmente, pois o Curso de Direito e o Advogado brasileiro estão na berlinda!
Como vocês podem ver nas matérias em que deixarei os links no final deste texto, é fato que o negócio está muito feio!
Sem querer ser a defensora dos fracos e oprimidos, mas sabendo que algo precisa mudar, é hora de ‘dar a cara à tapa mesmo’, assumir que erros existem porque o homem é falho.
É que alguns entendem que a proliferação de IES tem prejudicado o aprendizado, pois o sistema tem deixado brechas e fica fácil concluir que as cobranças da OAB-PR, e do Desembargador são oportunas e inevitáveis. Não tenho intenção de adentrar neste mérito.
No entanto, mesmo muitos 'mandando ver' em cima da qualidade do ensino dos Cursos de Direito, da proliferação dos cursos jurídicos, do modismo em estudar para ser ’dotô’, devo confessar que decidi expor algumas posições.
Faculdade não mede aprendizado
Ora, aprendi que faculdade não mede conhecimento de ‘seu ninguém’. O aluno tem que queimar pestana mesmo, debruçar-se sobre os clássicos, aprender com os mais experientes, mostrar humildade ao dizer que não domina tal matéria, etc e tal.
Todavia, como bem pontua o professor Evinis Talon em seu livro intitulado "A Jornada do Advogado Criminalista" em que ele dá dicas formidáveis para todos os advogados e não só os militantes da seara penal, o mestre pontua que muitos amigos dele ficam impressionados, pois o ‘divertimento’ dele é simplesmente ‘ESTUDAR’. Pense num divertimento bom danado!
O professor Lênio Streck também chama muito a atenção dos discentes atuais no quesito da gritante e fundamental necessidade de lerem os clássicos e ‘incendiarem’ os resumos.
E não é que o Streck tem lá suas razões? Os clássicos do Direito perderam espaço para os resumos sem sustentabilidade, e o resultado, muitas vezes é constatado por autoridades, tal como o caso que chegou às mãos do Desembargador.
É hora de conhecer a Floresta!
Semana passada, assistindo uma aula do professor e Desembargador aposentado Sérgio Cavalieri Filho, vibrei quando ele disse: - “Olhe, meus alunos, na graduação, vocês conheceram as árvores, agora eu vou mostrar-lhes a floresta”.
Em extremo emocionada pelo fato de escutar o Professor Cavalieri dizer que eu só conhecia as árvores, concordei sem hesitar, e cá estou, a esforçar-me para conhecer, de fato, a floresta... E com um caçador experiente destes, heim? Rsrsrsrsrs
E assim deve ser o dia a dia do advogado, buscando conhecimento sempre, sabendo desde o primeiro período da Graduação em Direito que estudar é preciso.
Há solução? Lógico!
Vamos às Dicas da Burégio?
- Esteja, de fato, convicto de que ama e quer viver debruçado sobre Leis, Livros, Códigos e Direitos durante toda a sua trajetória existencial. Como diz um personagem do desenho animado Toy Story: Ao infinito e além...
- Se escolheu o Direito, fuja de resumos prontos e fabrique os seus próprios resumões. Leia os clássicos do Direito Brasileiro : Clovis Bevilaqua, Carlos Roberto Gonçalves, Sergio Cavalieri Filho, Maria Helena Diniz, Norberto Bobbio, Humberto Theodoro, Silvia Di Pietro, Fábio Ulhoa, Cezar Bittencourt, Ada Peregrini, Pontes de Miranda... e, logicamente, esqueci de relatar mais um punhado de escritores...
- E os novos ‘cobras’ do Direito contemporâneo? Fredie Didier Jr, Cassettari, Busato, Anderson Schreiber, Flávia Piovisan, João Maurício Adeodato... Esse povo é muito bom, queridos leitores!
- Não fique detido a apenas ler os manuais e literaturas indicadas pelos professores. Vá além!
- Seja rato (a) de Biblioteca! Se não puder comprar os livros recomendados, acampe ou more na biblioteca de sua faculdade. Só não deixe de ler os clássicos do Direito;
- Grandes Universidades Federais dispõem de livros online e em formato PDF. Pesquise e confira;
- A Biblioteca do Senado Federal também te ajudará a adquirir alguns manuais gratuitos e vários cursos online também poderão dar-te um empurrãozinho salutar. Para o otimista, até uma topada, leva-o pra frente! Rsrsrsrsrs
- Abdique de horas de lazer, farras, festas e objetive crescer e crescer na área de sua escolha. Este esforço valerá a pena, e, um dia, você poderá contar estas crônicas aos seus filhos e netos ou, quem sabe, numa palestra motivacional;
- Leia os Códigos! Sim, o que mais percebo é que alunos não leem os códigos (Civil, Penal, Processual Civil, Processual Penal, Consumidor, etc). Saiba ainda que, os Códigos, artigos e incisos mais usuais, você tem o dever, inclusive, de decorá-los!!!
Sabe cantar ‘Vai, Malandra’, o hit da bela Anitta, mas não sabe um Artigo do Código Civil decorado? Ai, ai...
- Invista em um local agradável para estudar. Nada de estudar deitado, encostado numa big almofada, se empanturrando de salgadinhos e refrigerantes ou algo similar. Sente-se numa mesa adequada, bem iluminada, hidrate-se constantemente, coma frutas e fibras, estude de forma concentrada, coloque o celular bem distante, numa função ‘não perturbe’.
- Após estudo, dê uma trégua de meros 10 ou 15 minutos. Refeito, se ‘espiche’ de pé e torne a estudar. Inicie com 1 hora diária e vá aumentando gradativa e disciplinadamente até conseguir estudar, no mínimo, 3 horas por dia.
- Escreva artigos jurídicos de temas de sua preferência. Aproveite o espaço democrático do Jusbrasil. Pratique a escrita e isto é o que importa na sua profissão!
- Adiante aulas não vistas ainda em sala de aula. Leia livros de matérias que ainda serão vistas. Recordo-me que não poucas vezes, alguns desconhecidos perguntavam-me se eu estava repetindo cadeira, pois quando o professor estava dando a matéria, eu complementava o assunto, interagindo com o mestre.
- Procure adiantar, não só conteúdo; mas, já nas férias, saiba quais cadeiras e temas serão ministrados no semestre seguinte e estude antecipadamente também. Isto funciona, caro leitor!
- Esteja familiarizado com Súmulas e Jurisprudências. Soube de algumas pessoas que quando o professor dizia - A Jurisprudência atual entende assim e assim, ficavam igual celular no meio do serrado: ‘sem sinal’;
- Estagie desde o início da graduação. Estágio não é emprego! Por isto o nome é ESTÁGIO... Faça vários! Migre para várias áreas e setores e assim você saberá, de fato, qual é a sua praia!
- Advogados bem sucedidos não têm como prioridade ficarem ricos, mas simplesmente fazer valer os direitos suprimidos dos seus clientes.
A lógica é simples: se você fizer seu trabalho com afinco, a notícia se espalha e seu telefone não deixará de tocar, novos clientes chegarão ao seu escritório, os amigos dos seus clientes também o indicarão, e, quando menos você esperar, seu nome, sua marca e sua exímia conduta e seriedade estará sedimentada no mercado.
Dê um passo de cada vez, iniciando um novo horizonte hoje!
Gosto de uma frase que diz: Existo, porque resisto!
Pense: Sua banca vai existir, porque você resistirá aos embates pontuais e cotidianos, tendo como resultado o TRIUNFO!!!
Só não esqueça que Triunfo exige esforço!
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Links que faço menção
1 - Bronca do Desembargador
2- OAB - Suspensão novos cursos por 10 anos
Por Fátima Burégio
Fonte: Jus Brasil