goo.gl/Nd21HJ | O Hospital São Francisco, localizado em Ceilândia, foi condenado pela Justiça a pagar indenização a uma mulher, o marido e a filha por falso diagnóstico. De acordo com a 2ª Vara Cível da região administrativa, a unidade médica afirmou, equivocadamente, que a mãe tinha o vírus HIV.
O diagnóstico errôneo aconteceu no dia do parto, em 11 de setembro de 2016, quando a mulher foi submetida a uma série de exames. A partir do falso resultado, funcionários do local enfaixaram os seios dela, com a justificativa de que não poderia amamentar. Além disso, mãe e filha receberam AZT e niverapina, drogas usadas para controle do HIV, o que teria resultado em efeitos colaterais na criança.
A mulher ainda alegou na Justiça ter sofrido discriminação tanto dos demais pacientes quanto dos profissionais de saúde decorrente da crença de ela ser soropositiva. Além disso, passou por choque emocional e foi acusada de infidelidade, além de sofrer diversas ofensas. Com a notícia inesperada, o marido teria cogitado tirar a própria vida. A discriminação teria continuado mesmo depois do exame de contraprova, que expôs o falso positivo.
Ao julgar o caso, o juiz considerou que a mãe passou por condutas terapêuticas desnecessárias e traumáticas. "Desenvolvendo a atividade que desenvolve, deveria o réu cercar-se de todas as cautelas para que um diagnóstico falso positivo não viesse a desencadear tamanho sofrimento aos seus pacientes”, declarou o magistrado. Ele também afirmou que a unidade de saúde não cumpriu de forma correta os procedimentos exigidos pelo Ministério da Saúde.
A Justiça condenou o Hospital São Francisco por danos morais, com pagamento de indenização no valor de R$ 40 mil à família, sendo R$ 15 mil para a mulher, o mesmo valor para o marido e R$ 10 mil para a criança.
O Correio entrou em contato com o hospital, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.
Por Deborah Novais
Fonte: www.correiobraziliense.com.br
O diagnóstico errôneo aconteceu no dia do parto, em 11 de setembro de 2016, quando a mulher foi submetida a uma série de exames. A partir do falso resultado, funcionários do local enfaixaram os seios dela, com a justificativa de que não poderia amamentar. Além disso, mãe e filha receberam AZT e niverapina, drogas usadas para controle do HIV, o que teria resultado em efeitos colaterais na criança.
A mulher ainda alegou na Justiça ter sofrido discriminação tanto dos demais pacientes quanto dos profissionais de saúde decorrente da crença de ela ser soropositiva. Além disso, passou por choque emocional e foi acusada de infidelidade, além de sofrer diversas ofensas. Com a notícia inesperada, o marido teria cogitado tirar a própria vida. A discriminação teria continuado mesmo depois do exame de contraprova, que expôs o falso positivo.
"Sofrimento aos pacientes"
Ao julgar o caso, o juiz considerou que a mãe passou por condutas terapêuticas desnecessárias e traumáticas. "Desenvolvendo a atividade que desenvolve, deveria o réu cercar-se de todas as cautelas para que um diagnóstico falso positivo não viesse a desencadear tamanho sofrimento aos seus pacientes”, declarou o magistrado. Ele também afirmou que a unidade de saúde não cumpriu de forma correta os procedimentos exigidos pelo Ministério da Saúde.
A Justiça condenou o Hospital São Francisco por danos morais, com pagamento de indenização no valor de R$ 40 mil à família, sendo R$ 15 mil para a mulher, o mesmo valor para o marido e R$ 10 mil para a criança.
O Correio entrou em contato com o hospital, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.
Por Deborah Novais
Fonte: www.correiobraziliense.com.br