goo.gl/cGHCii | Alunas da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp de Bauru fizeram um protesto durante a cerimônia de formatura dos cursos de jornalismo, relações públicas e rádio e TV. Ao final do discurso do orador, elas levantaram cartazes em que pediram o fim do assédio na universidade.
Os cartazes traziam dizeres como "Unesp sem assédio", "FAAC sem assédio", "Alunas livres de assédio" e "Quero aula, não assédio".
Em nota à imprensa enviada na quinta-feira (15), a Unesp afirmou que existe uma denúncia sobre um professor do curso de comunicação social da FAAC e que está "em processo de apuração".
"Quaisquer atitudes de assédio, se confirmadas, vão contra os princípios básicos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da convivência democrática. São, também, consideradas infrações às leis brasileiras e, portanto, passíveis de punições", afirma a nota.
Alunas da Unesp de Bauru realizam protesto contra assédio durante formatura (Foto: Página Unesp Bauru Sem Assédio/Divulgação)
A página de um coletivo feminista da Unesp no Facebook destacou o protesto, realizado durante a cerimônia no dia 8 de março, Dia da Mulher.
"O objetivo foi colocar em evidência um assunto que é muito falado pelos corredores da Unesp, mas que as autoridades responsáveis continuam ignorando: o assédio dos professores. São antigos os relatos de alunas – e de alguns alunos – sobre assédio moral e/ou sexual perpetrados por professores dentro do campus bauruense da Unesp. Porém pouco foi feito para coibir tais práticas", diz a postagem.
"Como o professor é uma figura de autoridade dentro do campus, o medo de retaliação e a vergonha são os principais motivos que impedem que uma vítima procure ajuda após ser assediada. Acreditamos que chegou o momento de falarmos abertamente sobre assédio sexual na universidade, principalmente na relação professor– aluna."
Na postagem, o coletivo feminista afirma que os canais de denúncias formais são pouco divulgados e que a apuração das denúncias é feita de forma lenta. "Queremos melhorias nos canais de denúncia e no acolhimento de vítimas. Queremos investigações feitas com seriedade e cuidado. Queremos uma punição eficaz dos julgados culpados. Queremos um ambiente em que todas as pessoas possam falar abertamente do que sofreram sem medo de represálias. Queremos campanhas de prevenção e conscientização dos professores. Queremos um ambiente seguro para estudar."
Na nota enviada à imprensa, a universidade explicou que todas as denúncias de assédio são apuradas e o processos de investigação correm sob sigilo. "Nos processos de averiguação e de sindicância, que podem acarretar desde advertência a desligamento da instituição, a Universidade assegura aos envolvidos o direito de defesa e de contraditório", conclui a Unesp.
Por G1 Bauru e Marília
Fonte: g1 globo
Os cartazes traziam dizeres como "Unesp sem assédio", "FAAC sem assédio", "Alunas livres de assédio" e "Quero aula, não assédio".
Em nota à imprensa enviada na quinta-feira (15), a Unesp afirmou que existe uma denúncia sobre um professor do curso de comunicação social da FAAC e que está "em processo de apuração".
"Quaisquer atitudes de assédio, se confirmadas, vão contra os princípios básicos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da convivência democrática. São, também, consideradas infrações às leis brasileiras e, portanto, passíveis de punições", afirma a nota.
Alunas da Unesp de Bauru realizam protesto contra assédio durante formatura (Foto: Página Unesp Bauru Sem Assédio/Divulgação)
'Assunto falado pelos corredores'
A página de um coletivo feminista da Unesp no Facebook destacou o protesto, realizado durante a cerimônia no dia 8 de março, Dia da Mulher.
"O objetivo foi colocar em evidência um assunto que é muito falado pelos corredores da Unesp, mas que as autoridades responsáveis continuam ignorando: o assédio dos professores. São antigos os relatos de alunas – e de alguns alunos – sobre assédio moral e/ou sexual perpetrados por professores dentro do campus bauruense da Unesp. Porém pouco foi feito para coibir tais práticas", diz a postagem.
"Como o professor é uma figura de autoridade dentro do campus, o medo de retaliação e a vergonha são os principais motivos que impedem que uma vítima procure ajuda após ser assediada. Acreditamos que chegou o momento de falarmos abertamente sobre assédio sexual na universidade, principalmente na relação professor– aluna."
Na postagem, o coletivo feminista afirma que os canais de denúncias formais são pouco divulgados e que a apuração das denúncias é feita de forma lenta. "Queremos melhorias nos canais de denúncia e no acolhimento de vítimas. Queremos investigações feitas com seriedade e cuidado. Queremos uma punição eficaz dos julgados culpados. Queremos um ambiente em que todas as pessoas possam falar abertamente do que sofreram sem medo de represálias. Queremos campanhas de prevenção e conscientização dos professores. Queremos um ambiente seguro para estudar."
Na nota enviada à imprensa, a universidade explicou que todas as denúncias de assédio são apuradas e o processos de investigação correm sob sigilo. "Nos processos de averiguação e de sindicância, que podem acarretar desde advertência a desligamento da instituição, a Universidade assegura aos envolvidos o direito de defesa e de contraditório", conclui a Unesp.
Por G1 Bauru e Marília
Fonte: g1 globo