Macabro: adolescente publicou até selfie enquanto advogada estava morta ao lado

goo.gl/1XtKRd | Selfies. Conversa furada com amigos. Brincadeiras sobre futebol. Paquera com meninas. Seria mais um dia normal na vida de um adolescente de 16 anos não fosse um detalhe: ao lado o corpo da advogada Clarinda Tamashiro, 72 anos, morta por asfixia pelo jovem em latrocínio (morte em assalto) ocorrido na manhã de quarta-feira (28), em Aquidauana.

Os detalhes sórdidos foram revelados pela polícia, após perícia no celular da vítima, que foi usado normalmente pelo adolescente no período de oito horas em que decidia o que fazer com os R$ 13,8 mil encontrados dentro de um armário na casa de Clarinda.


Entre 7h15 e 15h30, horário aproximado em que foi apreendido, a frieza do adolescente assusta. Agiu como um dia normal em sua vida, com postagens nas redes sociais, conversas com o pai, exibiu o dinheiro obtido no crime à irmã e até apresentou tranquilidade para tentar contratar um táxi que o levaria a Bonito.

Menos de 20 minutos depois de estrangular a advogada, o adolescente tirou uma selfie em frente ao espelho no quarto de Clarinda. Pelos relatos, o corpo estava na cama, ao lado do objeto.

Até ser apreendido, o jovem não apresentava ressentimentos. Pelo WhatsApp, mandou fotos dos maços de dinheiro à irmã prometendo uma "ida ao shopping para gastar tudo." Ao pai, disse que tinha "vencido na vida." E não economizou piadas e brincadeiras a amigos sobre o tema futebol. "Meu Verdão joga hoje", uma referência ao Palmeiras, provável time do coração.

Com o celular da vítima, desandou a fazer ligações. Pediu o orçamento da corrida a Bonito. Ficou mais de meia hora falando com uma adolescente com quem tem envolvimento amoroso.

O jovem de 16 anos será ouvido pela Promotoria de Justiça somente na próxima segunda-feira (2). Ele deverá ficar internado durante 45 dias, de maneira provisória, até o juiz determinar em qual casa de internação será encaminhado.

O CASO


O adolescente de 16 anos, suspeito de matar e roubar a advogada Clarinda Tamashiro, de 72 anos, na manhã de quarta-feira (28), em Aquidauana, assumiu a responsabilidade sobre o crime de latrocínio. Demonstrando frieza que impressionou até a polícia, ele confessou ter assistido a vítima morrer por asfixia e ficou na casa com o corpo por aproximadamente 8 horas. Ele planejava fugir com R$ 13.800 encontrados no guarda-roupas, mas acabou apreendido no local.

Conforme explicado pelo delegado Éder Oliveira Moraes, titular da 1ª Delegacia de Polícia do município, o menor disse em depoimento que já tinha roubado a idosa outras três vezes, inclusive em dezembro do ano passado, quando levou o celular e R$ 5 mil dela. Por este motivo, conhecia bem o local dos fatos e sabia que horas a vítima acordava. O crime foi cometido no Depósito Tamashiro, localizado no Bairro Alto. O estabelecimento era administrado pela vítima e também era onde ela morava.

Por Rafael Ribeiro
Fonte: www.correiodoestado.com.br
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