goo.gl/kKDdkh | Grande parcela dos nossos advogados já passou por alguma situação ou possui receio em não saber o que falar ou como agir perante um juiz em uma audiência.
Muitos ainda sentem aquele frio na barriga quando tem que apresentar alegações orais em audiência.
Alguns ainda sentem apreensão devido a falta de experiência profissional e em talvez prejudicar seu cliente.
Muitas dessas incertezas contribuem para o sentimento de que fazer uma boa faculdade, ser um bom aluno, passar na OAB não é suficiente para garantir uma boa atuação na sala de audiência.
É verdade que a maioria dos advogados não tiveram oportunidade de estagiar em escritórios e poderiam adquirir esse aprendizado com mais facilidade.
Pensando nisso, entrevistamos nosso amigo o Juiz de Direito José Andrade, com mais de 15 anos de experiência na magistratura, onde ele irá repassar algumas dicas de como você deve se comportar diante de uma audiência e você estará preparado para lidar com fatos inesperados que possam acontecer. Aproveite as respostas que são baseadas nas expectativas de uma magistrado com ampla atuação.
Na maioria das vezes você ganha uma discussão em audiência falando baixo ou mesmo ficando em silêncio e por que isso? Porque quando você mantém seu preparo e controle emocional conseguirá lembrar de todas as teses de atuação que você preparou, a sua linha de defesa e o principal você desestabiliza a parte contrária (pois provavelmente ela vai estar desesperada, gritando ou falando alto) e quando você mostra que nada disso te atinge você consegue desequilibrar o raciocínio da parte contrária e conseguirá lembrar de tudo que se preparou para audiência. Experimente!
Se você é um pouco inexperiente em audiências, procure assistir o máximo de audiências que você puder, para que possa perder o medo, entender como o ato funciona, onde as partes sentam, qual é o comportamento do juiz, etc. Saiba que é normal ficar nervoso quando fazemos uma coisa pela primeira vez, mas quando treinamos bastante, ajudamos a diminuir a tensão, o medo do desconhecido, pois já não será mais tão desconhecido assim.
Por isso, para ganhar experiência e aprender mais e mais, peça a um colega para acompanhá-lo em uma audiência. Fique atento a cada passo, a cada acontecimento. Aproveite que a audiência não é sua, que você não vai precisar se manifestar, para extrair o máximo de ensinamento possível. Aí, quando for a sua vez de atuar, certamente saberá como agir.
É muito importante que, antes da audiência, você faça um estudo aprofundado do rol de testemunhas apresentado pela parte contrária pois, muitas vezes, a parte contrária acaba arrolando para serem ouvidas como “testemunhas” pessoas que possuem uma ligação íntima de amizade com a parte, ou seja, pessoas que, nos termos da lei (art. 447, § 3º do CPC), devem ser consideradas como “suspeitas” e não podem ser ouvidas como testemunhas, mas como meras “informantes do juízo”.
Então, aproveite pois grande parte das pessoas “revelam a vida” hoje, nas redes sociais.Não vai ser nada difícil para você encontrar fotos no Facebook ou em outros aplicativos, onde a parte contrária apareça em festas ou comemorações com a pessoa que ela arrolou para ser ouvida como sua “testemunha”. Essas fotos podem ser as provas que você precisa para demonstrar ao juiz que a pessoa arrolada pela parte contrária não pode ser ouvida como testemunha, visto que possui amizade íntima com a parte e, por isso, grande interesse em que ela saia vencedora na causa. Se você apresentar a comprovação ao juiz, terá grandes chances de ter seu pedido acolhido e conseguirá praticamente neutralizar, tirar o efeito, do depoimento da pessoa arrolada pela parte contrária.
Se tem um vacilo que eu recomendo que você NUNCA cometa é esse: jamais instrua a sua testemunha sobre o que ela deve ou não dizer ao juiz, quando for prestar depoimento. Por mais talentosa que seja, a testemunha não conseguirá sustentar uma mentira na frente do juiz. E o que é pior, são grandes as chances de ela revelar ao magistrado que foi instruída pelo advogado a contar a mentira. Eu já vi esse filme acontecer dezenas e dezenas de vezes.
Se tem um vacilo que eu recomendo que você NUNCA cometa é esse: jamais instrua a sua testemunha sobre o que ela deve ou não dizer ao juiz, quando for prestar depoimento. Por mais talentosa que seja, a testemunha não conseguirá sustentar uma mentira na frente do juiz. E o que é pior, são grandes as chances de ela revelar ao magistrado que foi instruída pelo advogado a contar a mentira. Eu já vi esse filme acontecer dezenas e dezenas de vezes.
Por Advogado Atualizado
Fonte: Jus Brasil
Muitos ainda sentem aquele frio na barriga quando tem que apresentar alegações orais em audiência.
Alguns ainda sentem apreensão devido a falta de experiência profissional e em talvez prejudicar seu cliente.
Muitas dessas incertezas contribuem para o sentimento de que fazer uma boa faculdade, ser um bom aluno, passar na OAB não é suficiente para garantir uma boa atuação na sala de audiência.
É verdade que a maioria dos advogados não tiveram oportunidade de estagiar em escritórios e poderiam adquirir esse aprendizado com mais facilidade.
Pensando nisso, entrevistamos nosso amigo o Juiz de Direito José Andrade, com mais de 15 anos de experiência na magistratura, onde ele irá repassar algumas dicas de como você deve se comportar diante de uma audiência e você estará preparado para lidar com fatos inesperados que possam acontecer. Aproveite as respostas que são baseadas nas expectativas de uma magistrado com ampla atuação.
1- Como ganhar uma discussão em uma audiência?
Na maioria das vezes você ganha uma discussão em audiência falando baixo ou mesmo ficando em silêncio e por que isso? Porque quando você mantém seu preparo e controle emocional conseguirá lembrar de todas as teses de atuação que você preparou, a sua linha de defesa e o principal você desestabiliza a parte contrária (pois provavelmente ela vai estar desesperada, gritando ou falando alto) e quando você mostra que nada disso te atinge você consegue desequilibrar o raciocínio da parte contrária e conseguirá lembrar de tudo que se preparou para audiência. Experimente!
2- Se você não tem muita experiência em audiências, o que fazer?
Se você é um pouco inexperiente em audiências, procure assistir o máximo de audiências que você puder, para que possa perder o medo, entender como o ato funciona, onde as partes sentam, qual é o comportamento do juiz, etc. Saiba que é normal ficar nervoso quando fazemos uma coisa pela primeira vez, mas quando treinamos bastante, ajudamos a diminuir a tensão, o medo do desconhecido, pois já não será mais tão desconhecido assim.
Por isso, para ganhar experiência e aprender mais e mais, peça a um colega para acompanhá-lo em uma audiência. Fique atento a cada passo, a cada acontecimento. Aproveite que a audiência não é sua, que você não vai precisar se manifestar, para extrair o máximo de ensinamento possível. Aí, quando for a sua vez de atuar, certamente saberá como agir.
3- Estude o rol de testemunhas da parte contrária.
É muito importante que, antes da audiência, você faça um estudo aprofundado do rol de testemunhas apresentado pela parte contrária pois, muitas vezes, a parte contrária acaba arrolando para serem ouvidas como “testemunhas” pessoas que possuem uma ligação íntima de amizade com a parte, ou seja, pessoas que, nos termos da lei (art. 447, § 3º do CPC), devem ser consideradas como “suspeitas” e não podem ser ouvidas como testemunhas, mas como meras “informantes do juízo”.
Então, aproveite pois grande parte das pessoas “revelam a vida” hoje, nas redes sociais.Não vai ser nada difícil para você encontrar fotos no Facebook ou em outros aplicativos, onde a parte contrária apareça em festas ou comemorações com a pessoa que ela arrolou para ser ouvida como sua “testemunha”. Essas fotos podem ser as provas que você precisa para demonstrar ao juiz que a pessoa arrolada pela parte contrária não pode ser ouvida como testemunha, visto que possui amizade íntima com a parte e, por isso, grande interesse em que ela saia vencedora na causa. Se você apresentar a comprovação ao juiz, terá grandes chances de ter seu pedido acolhido e conseguirá praticamente neutralizar, tirar o efeito, do depoimento da pessoa arrolada pela parte contrária.
4- Jamais instrua a testemunha sobre o que ela deve ou não dizer em audiência.
Se tem um vacilo que eu recomendo que você NUNCA cometa é esse: jamais instrua a sua testemunha sobre o que ela deve ou não dizer ao juiz, quando for prestar depoimento. Por mais talentosa que seja, a testemunha não conseguirá sustentar uma mentira na frente do juiz. E o que é pior, são grandes as chances de ela revelar ao magistrado que foi instruída pelo advogado a contar a mentira. Eu já vi esse filme acontecer dezenas e dezenas de vezes.
Se tem um vacilo que eu recomendo que você NUNCA cometa é esse: jamais instrua a sua testemunha sobre o que ela deve ou não dizer ao juiz, quando for prestar depoimento. Por mais talentosa que seja, a testemunha não conseguirá sustentar uma mentira na frente do juiz. E o que é pior, são grandes as chances de ela revelar ao magistrado que foi instruída pelo advogado a contar a mentira. Eu já vi esse filme acontecer dezenas e dezenas de vezes.
Por Advogado Atualizado
Fonte: Jus Brasil