goo.gl/tAk3co | O seguro de moto é ideal para proteger o veículo, principalmente porque com as motocicletas o cuidado deve ser ainda maior. E é de senso comum o maior risco desse grupo se envolver em acidentes ou ser mais visado para roubos.
De acordo com o relatório anual da Seguradora Líder (DPVAT 2017), a motocicleta foi o veículo com o maior número de acidentes no ano. Apesar de representar apenas 27% da frota nacional, concentrou 74% das indenizações, e dentre as pagas no ano passado para acidentes com motos, 79% foram para invalidez permanente e 7% para óbito.
Os dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito/Infosiga SP confirmam: entre janeiro e abril deste ano foram registradas 561 fatalidades envolvendo motociclistas apenas em São Paulo — são os líderes de estatísticas no estado. As ocorrências envolvendo o grupo representam 34,2% dos óbitos por acidentes de trânsito entre janeiro e abril, seguido por pedestres (28,9%), ocupantes de automóvel (22,7%) e ciclistas (7,6%).
Outro estudo, realizado pela Fundação Álvares Penteado e o Grupo Tracker, empresa de rastreamento, com base nos dados da Secretaria da Segurança Pública, apontam que, em 2017, o número de roubos e furtos de motos aumentou 19% em relação ao ano anterior no estado de São Paulo. Ou seja, as estatísticas comprovam o conhecimento público.
O seguro de moto funciona como o de carro, e pode ser dividido em duas alternativas: compreensivo, a opção mais completa que oferece maior abrangência e protege em caso de perda total. Ou seja, no caso de a moto sofrer danos menores do que 75% do total, a seguradora arca com parte do conserto e o proprietário com outra, pagando a franquia.
Já o não compreensivo, no qual as coberturas são específicas e vendidas separadamente, geralmente cobre apenas roubo e furto. Esse tipo de seguro não costuma cobrar franquia, pois não cobre danos parciais, o que faz com que a indenização ocorra apenas se a moto não for localizada após um roubo. O valor da indenização segue a Tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Muitos optam pela segunda opção devido à diferença no valor, já que os preços são mais baixos. Mas, de acordo com o sócio da Limiar Corretora de Seguros, Samuel Saucedo, "a maioria das seguradoras só aceita a cobertura compreensiva, e algumas delas ainda exigem a cobertura de terceiros". Ele ainda afirma que as seguradoras que oferecem cobertura não compreensiva, com foco apenas no roubo e furto "é só de roubo e furto mesmo, não aceita nenhum tipo de colisão, queda ou perda total". Portanto, no caso de perda total com essa cobertura não compreensiva, o dono da moto fica no prejuízo.
Há também vários outros fatores que podem influenciar o preço do seguro. Dentre eles estão: o perfil do condutor, que inclui idade, estado civil, endereço residencial e profissional e se há lugar para guardar a moto durante a noite; para a finalidade e frequência com que o dono usa a moto, pois quanto mais exposta, maiores as chances de ocorrer um sinistro; o fato de os motociclistas serem mais vulneráveis a sofrer acidentes e motos serem muito visadas para roubos; e a categoria da moto, que é dividida em:
• Custom (Bobber e Chopper) — Prioriza o conforto. Possui banco mais baixo, pedaleiras avançadas e tanque grande, paralelo ao chão, com 500 cc a 1.200 cc. Como o perfil de proprietário também é muito diferente, usando apenas para passeio, esta é a categoria que oferece o seguro mais barato em relação ao preço.
Modelo: Harley-Davidson Sportster 883 2017
Valor Seguro Roubo e Furto: R$ 995,07 *
• Scooter e Cub — Preferidas de quem busca conforto no dia a dia, são de baixa cilindrada, tendo entre 50 cc e 150 cc. A principal diferença é o tamanho da roda e o tipo de transmissão — as scooters têm rodas menores e transmissão automática.
Modelo: Honda BIZ 125 2017
Valor Seguro Roubo e Furto: R$ 922,76 *
• Street ou City — São os modelos mais vendidos e usados no dia-a-dia, por serem leves e econômicas, e possuírem baixa cilindrada (entre 125 cc e 500 cc). Apesar disso, é a categoria com seguro mais caro, uma vez que são as mais cobiçadas por bandidos.
Modelo: Honda CG 160 2017
Valor Seguro Roubo e Furto: R$ 1.384,98 *
• Trail, Fun e Maxitrail ou Big-trail — Feitas tanto para a estrada quanto para fora dela, também são conhecidas como motocicletas "on-off road", portanto são modelos mais leves. A versão fun bike possui motores de média a alta cilindrada. Já as maxitrails contam com maior potência para aguentar longas jornadas e percursos acidentados.
• Naked (Roadster e Streetfighter) — Com desempenho parecido com o dos modelos esportivos, seu tanque é alto na frente e baixo atrás, e não há carenagem, o que diminui o atrito com o ar e melhora a performance. Seu seguro representa, em média, 11% do valor da moto por ano, o que significa pagar caro, já que são modelos com preços elevados.
• Esportiva ou Speed — Pensadas totalmente no desempenho e design moderno. Por atingirem velocidades muito altas e terem mais de 1.000 cc, as chances de sinistro com esses modelos também são ainda maiores, fazendo com que seu seguro chegue a 40% do valor da motocicleta por ano.
• Touring, Bagger, Dresser ou Gran-Turismo (GT) — São aquelas que mais se assemelham a um carro, devido ao conforto, potência, capacidade de carga e maior tanque de combustível, o que as tornam perfeitas para longas viagens.
Para Samuel, "as motos maiores (acima de 500 cc) têm um índice menor de roubo e colisão, porque são mais restritas a um público definido. A maioria das pessoas que tem essas motos também possui carros, e as utiliza para passear", diferente do que ocorre com os modelos street, que são utilizados no dia a dia e têm maior risco de sofrer um sinistro.
Ainda segundo Samuel, o seguro da moto acompanha seu proprietário, portanto no caso de troca, o corretor "faz apenas a substituição da moto nas mesmas condições anteriores. Contudo, se o proprietário tinha uma moto X e troca por uma moto Y que não tem aceitação naquela seguradora, ele é obrigado a cancelar o seguro".
Se você possui um modelo custom ou touring que usa para fazer viagens pela América do Sul, Samuel Saucedo acrescenta que a cobertura no Brasil é para território nacional em todas as seguradoras. Se o dono da moto sair para os países do Mercosul, por exemplo, é preciso verificar com a seguradora, pois algumas dão cobertura automática para esses países e outras cobram uma diferença, porque trata-se de uma extensão de cobertura.
*Valores referentes a uma simulação realizada para o perfil de um homem de 35 anos, casado, sem filhos, com garagem em casa e no trabalho, que mora em Moema e trabalha na região da Avenida Paulista, em São Paulo.
Apólice — Contém as cláusulas e condições gerais, especiais e particulares dos contratos, as coberturas especiais e os anexos.
Cobertura — Proteção conferida por um contrato de seguro ou de resseguro.
Franquia — É um valor inicial da importância segurada, pelo qual o segurado fica responsável como segurador de si mesmo.
Indenização — Pagamento feito pela seguradora ao segurado caso ocorra um evento previsto dentro da cobertura.
Seguradora — É a empresa cujo objeto é a celebração de seguros.
Sinistro — Ocorrência do acontecimento previsto no contrato de seguro e que obriga a seguradora a indenizar.
Terceiros — Pessoa física ou jurídica, estranha ao contrato de seguro e que não tenha relação de parentesco com o segurado e nenhum tipo de relacionamento ou dependência econômico-financeira com ele, que, em função de relação indireta, pode aparecer como reclamante de indenização.
Por Tabatha Benjamin
Fontes: Bidu Corretora, Escola Nacional de Seguros, Boletim Tracker-FECAP, Infosiga SP e revistaautoesporte.globo.com
De acordo com o relatório anual da Seguradora Líder (DPVAT 2017), a motocicleta foi o veículo com o maior número de acidentes no ano. Apesar de representar apenas 27% da frota nacional, concentrou 74% das indenizações, e dentre as pagas no ano passado para acidentes com motos, 79% foram para invalidez permanente e 7% para óbito.
Os dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito/Infosiga SP confirmam: entre janeiro e abril deste ano foram registradas 561 fatalidades envolvendo motociclistas apenas em São Paulo — são os líderes de estatísticas no estado. As ocorrências envolvendo o grupo representam 34,2% dos óbitos por acidentes de trânsito entre janeiro e abril, seguido por pedestres (28,9%), ocupantes de automóvel (22,7%) e ciclistas (7,6%).
Outro estudo, realizado pela Fundação Álvares Penteado e o Grupo Tracker, empresa de rastreamento, com base nos dados da Secretaria da Segurança Pública, apontam que, em 2017, o número de roubos e furtos de motos aumentou 19% em relação ao ano anterior no estado de São Paulo. Ou seja, as estatísticas comprovam o conhecimento público.
O seguro de moto
O seguro de moto funciona como o de carro, e pode ser dividido em duas alternativas: compreensivo, a opção mais completa que oferece maior abrangência e protege em caso de perda total. Ou seja, no caso de a moto sofrer danos menores do que 75% do total, a seguradora arca com parte do conserto e o proprietário com outra, pagando a franquia.
Já o não compreensivo, no qual as coberturas são específicas e vendidas separadamente, geralmente cobre apenas roubo e furto. Esse tipo de seguro não costuma cobrar franquia, pois não cobre danos parciais, o que faz com que a indenização ocorra apenas se a moto não for localizada após um roubo. O valor da indenização segue a Tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Muitos optam pela segunda opção devido à diferença no valor, já que os preços são mais baixos. Mas, de acordo com o sócio da Limiar Corretora de Seguros, Samuel Saucedo, "a maioria das seguradoras só aceita a cobertura compreensiva, e algumas delas ainda exigem a cobertura de terceiros". Ele ainda afirma que as seguradoras que oferecem cobertura não compreensiva, com foco apenas no roubo e furto "é só de roubo e furto mesmo, não aceita nenhum tipo de colisão, queda ou perda total". Portanto, no caso de perda total com essa cobertura não compreensiva, o dono da moto fica no prejuízo.
Há também vários outros fatores que podem influenciar o preço do seguro. Dentre eles estão: o perfil do condutor, que inclui idade, estado civil, endereço residencial e profissional e se há lugar para guardar a moto durante a noite; para a finalidade e frequência com que o dono usa a moto, pois quanto mais exposta, maiores as chances de ocorrer um sinistro; o fato de os motociclistas serem mais vulneráveis a sofrer acidentes e motos serem muito visadas para roubos; e a categoria da moto, que é dividida em:
• Custom (Bobber e Chopper) — Prioriza o conforto. Possui banco mais baixo, pedaleiras avançadas e tanque grande, paralelo ao chão, com 500 cc a 1.200 cc. Como o perfil de proprietário também é muito diferente, usando apenas para passeio, esta é a categoria que oferece o seguro mais barato em relação ao preço.
Modelo: Harley-Davidson Sportster 883 2017
Valor Seguro Roubo e Furto: R$ 995,07 *
• Scooter e Cub — Preferidas de quem busca conforto no dia a dia, são de baixa cilindrada, tendo entre 50 cc e 150 cc. A principal diferença é o tamanho da roda e o tipo de transmissão — as scooters têm rodas menores e transmissão automática.
Modelo: Honda BIZ 125 2017
Valor Seguro Roubo e Furto: R$ 922,76 *
• Street ou City — São os modelos mais vendidos e usados no dia-a-dia, por serem leves e econômicas, e possuírem baixa cilindrada (entre 125 cc e 500 cc). Apesar disso, é a categoria com seguro mais caro, uma vez que são as mais cobiçadas por bandidos.
Modelo: Honda CG 160 2017
Valor Seguro Roubo e Furto: R$ 1.384,98 *
• Trail, Fun e Maxitrail ou Big-trail — Feitas tanto para a estrada quanto para fora dela, também são conhecidas como motocicletas "on-off road", portanto são modelos mais leves. A versão fun bike possui motores de média a alta cilindrada. Já as maxitrails contam com maior potência para aguentar longas jornadas e percursos acidentados.
• Naked (Roadster e Streetfighter) — Com desempenho parecido com o dos modelos esportivos, seu tanque é alto na frente e baixo atrás, e não há carenagem, o que diminui o atrito com o ar e melhora a performance. Seu seguro representa, em média, 11% do valor da moto por ano, o que significa pagar caro, já que são modelos com preços elevados.
• Esportiva ou Speed — Pensadas totalmente no desempenho e design moderno. Por atingirem velocidades muito altas e terem mais de 1.000 cc, as chances de sinistro com esses modelos também são ainda maiores, fazendo com que seu seguro chegue a 40% do valor da motocicleta por ano.
• Touring, Bagger, Dresser ou Gran-Turismo (GT) — São aquelas que mais se assemelham a um carro, devido ao conforto, potência, capacidade de carga e maior tanque de combustível, o que as tornam perfeitas para longas viagens.
Mas por que a categoria influencia tanto no valor do seguro de moto?
Para Samuel, "as motos maiores (acima de 500 cc) têm um índice menor de roubo e colisão, porque são mais restritas a um público definido. A maioria das pessoas que tem essas motos também possui carros, e as utiliza para passear", diferente do que ocorre com os modelos street, que são utilizados no dia a dia e têm maior risco de sofrer um sinistro.
Ainda segundo Samuel, o seguro da moto acompanha seu proprietário, portanto no caso de troca, o corretor "faz apenas a substituição da moto nas mesmas condições anteriores. Contudo, se o proprietário tinha uma moto X e troca por uma moto Y que não tem aceitação naquela seguradora, ele é obrigado a cancelar o seguro".
Se você possui um modelo custom ou touring que usa para fazer viagens pela América do Sul, Samuel Saucedo acrescenta que a cobertura no Brasil é para território nacional em todas as seguradoras. Se o dono da moto sair para os países do Mercosul, por exemplo, é preciso verificar com a seguradora, pois algumas dão cobertura automática para esses países e outras cobram uma diferença, porque trata-se de uma extensão de cobertura.
*Valores referentes a uma simulação realizada para o perfil de um homem de 35 anos, casado, sem filhos, com garagem em casa e no trabalho, que mora em Moema e trabalha na região da Avenida Paulista, em São Paulo.
Dicionário do seguro
Apólice — Contém as cláusulas e condições gerais, especiais e particulares dos contratos, as coberturas especiais e os anexos.
Cobertura — Proteção conferida por um contrato de seguro ou de resseguro.
Franquia — É um valor inicial da importância segurada, pelo qual o segurado fica responsável como segurador de si mesmo.
Indenização — Pagamento feito pela seguradora ao segurado caso ocorra um evento previsto dentro da cobertura.
Seguradora — É a empresa cujo objeto é a celebração de seguros.
Sinistro — Ocorrência do acontecimento previsto no contrato de seguro e que obriga a seguradora a indenizar.
Terceiros — Pessoa física ou jurídica, estranha ao contrato de seguro e que não tenha relação de parentesco com o segurado e nenhum tipo de relacionamento ou dependência econômico-financeira com ele, que, em função de relação indireta, pode aparecer como reclamante de indenização.
Por Tabatha Benjamin
Fontes: Bidu Corretora, Escola Nacional de Seguros, Boletim Tracker-FECAP, Infosiga SP e revistaautoesporte.globo.com