goo.gl/aY74ew | Novecentos e trinta e quatro candidatos que fariam a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) viveram momentos de pânico no começo da tarde deste domingo, quando tiveram de abandonar às pressas o prédio 40 da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), por motivos de segurança.
Pouco antes das 13h, quando o exame estava para começar, ouviram-se fortes estalos, e o piso de lajotas começou a rachar e abrir no sétimo andar do edifício. Por ordem dos fiscais, os candidatos evacuaram o edifício. Houve correria, gritos e empurrões. Muitos deixaram os pertences para trás. A OAB cancelou a prova e anunciou que definirá uma nova data nos próximos dias.
Evandina Branger, 41 anos, estava na sala 702 quando os estouros começaram. A princípio, pensou que fosse algum curto-circuito, mas o ruído era muito alto. De repente, o monitor da sala começou a saltar, como se o piso estivesse fervendo.
- Eram as lajotas que começaram a abrir, a rasgar e a levantar. Foi horrível. Todo mundo ficou apavorado, sem saber o que estava acontecendo. O monitor mandou a gente sair. Foi apavorante. Até agora me dói o estômago - relatou Evandina, quase uma hora depois dos acontecimentos.
Gabriela Ávila Regauer, 28 anos, estava no quinto andar e não chegou a escutar os estalos. A fiscal do exame estava prestes a iniciar a prova, quando espiou o corredor e ordenou que os alunos abandonassem o prédio imediatamente: "Corre, corre, sai da sala", disse ela.
- Só vi as pessoas correndo e ouvi a gritaria. Achei que era bomba, alguém com arma - contou Gabriela, que, na pressa, esqueceu a echarpe e um guarda-chuva dentro da sala.
Atrasado para o exame, que começaria às 13h, Bruno Fernandes, 36 anos, subiu até o sétimo andar a toda velocidade, quando faltavam 10 ou 15 minutos para o horário-limite. Quando estava nos últimos degraus, escutou os estouros e viu um mar de gente correndo em sua direção.
-Era um barulho de crec-crec-crec, como se fosse uma coisa quebrando, e aquele monte de gente apavorada. A primeira impressão foi de uma grande confusão. Fiquei meio em pânico. Me empurraram para dentro do elevador e foi ali que disseram que tinha rachaduras de fora a fora nas salas - relatou.
Outra retardatária, Aline Hugo, 32 anos, deparou com a multidão em fuga desabalada quando ingressava no prédio.
- Era gente por cima de gente. Gritavam: "Corre, corre, que está desabando". Uma menina apareceu sem o sapato, que tinha perdido, e a perna ensanguentada.
Os bombeiros estiveram no local pouco depois, vistoriaram as salas e concluíram que não havia risco. Os candidatos foram liberados a subir em grupos, para buscar os pertences deixados para trás no momento de pânico.
A candidata Débora Olea, 52 anos, entrou na sala de aula por volta das 12h30min. Ela estava esperando o início da prova quando foi surpreendida pelos gritos dos fiscais:
- O prédio tá caindo! Sai! Sai! Sai!
Deu-se início uma gritaria. Assustadas, as pessoas começaram a correr em direção à escadaria e descer os degraus a passos apressados. A candidata conta que algumas nem lembravam de pegar seus objetos pessoais debaixo da mesa. Os seguranças do prédio apitavam e diziam, aos berros:
- Evacua! Evacua! Tá desabando o prédio! Vai cair!
Débora foi em direção ao estacionamento coberto do prédio 41, que fica ao lado do prédio 40. De acordo com ela, os seguranças do local não deixavam os candidatos a sair do prédio sem os tickets de estacionamento. A saída das pessoas só foi permitida após o pagamento de uma taxa de R$ 10.
- Na hora, me vi na mesma situação da Boate Kiss. Eu nem sabia onde diabos estava o meu ticket, teve gente que deixou as coisas na sala, não deu tempo de pegar na correria. Isso é desumano, o dinheiro valendo mais que a vida. Achei que ia ficar presa no prédio e morrer - relata Débora.
A PUCRS divulgou uma nota sobre o episódio: "Neste domingo, dia 10 de junho, durante a aplicação da segunda fase da prova da OAB no campus da PUCRS, devido à variação de temperatura, o revestimento cerâmico do piso quebrou em uma pequena área, de aproximadamente de três metros quadrados, no corredor do sétimo andar do prédio 40. Por segurança dos candidatos, o prédio foi evacuado prontamente pelo Corpo de Bombeiros. Não houve feridos. O local está à disposição para a perícia e a PUCRS acompanha todos estes trabalhos. "
Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br
Pouco antes das 13h, quando o exame estava para começar, ouviram-se fortes estalos, e o piso de lajotas começou a rachar e abrir no sétimo andar do edifício. Por ordem dos fiscais, os candidatos evacuaram o edifício. Houve correria, gritos e empurrões. Muitos deixaram os pertences para trás. A OAB cancelou a prova e anunciou que definirá uma nova data nos próximos dias.
Evandina Branger, 41 anos, estava na sala 702 quando os estouros começaram. A princípio, pensou que fosse algum curto-circuito, mas o ruído era muito alto. De repente, o monitor da sala começou a saltar, como se o piso estivesse fervendo.
- Eram as lajotas que começaram a abrir, a rasgar e a levantar. Foi horrível. Todo mundo ficou apavorado, sem saber o que estava acontecendo. O monitor mandou a gente sair. Foi apavorante. Até agora me dói o estômago - relatou Evandina, quase uma hora depois dos acontecimentos.
Gabriela Ávila Regauer, 28 anos, estava no quinto andar e não chegou a escutar os estalos. A fiscal do exame estava prestes a iniciar a prova, quando espiou o corredor e ordenou que os alunos abandonassem o prédio imediatamente: "Corre, corre, sai da sala", disse ela.
- Só vi as pessoas correndo e ouvi a gritaria. Achei que era bomba, alguém com arma - contou Gabriela, que, na pressa, esqueceu a echarpe e um guarda-chuva dentro da sala.
Atrasado para o exame, que começaria às 13h, Bruno Fernandes, 36 anos, subiu até o sétimo andar a toda velocidade, quando faltavam 10 ou 15 minutos para o horário-limite. Quando estava nos últimos degraus, escutou os estouros e viu um mar de gente correndo em sua direção.
-Era um barulho de crec-crec-crec, como se fosse uma coisa quebrando, e aquele monte de gente apavorada. A primeira impressão foi de uma grande confusão. Fiquei meio em pânico. Me empurraram para dentro do elevador e foi ali que disseram que tinha rachaduras de fora a fora nas salas - relatou.
Outra retardatária, Aline Hugo, 32 anos, deparou com a multidão em fuga desabalada quando ingressava no prédio.
- Era gente por cima de gente. Gritavam: "Corre, corre, que está desabando". Uma menina apareceu sem o sapato, que tinha perdido, e a perna ensanguentada.
Os bombeiros estiveram no local pouco depois, vistoriaram as salas e concluíram que não havia risco. Os candidatos foram liberados a subir em grupos, para buscar os pertences deixados para trás no momento de pânico.
A candidata Débora Olea, 52 anos, entrou na sala de aula por volta das 12h30min. Ela estava esperando o início da prova quando foi surpreendida pelos gritos dos fiscais:
- O prédio tá caindo! Sai! Sai! Sai!
Deu-se início uma gritaria. Assustadas, as pessoas começaram a correr em direção à escadaria e descer os degraus a passos apressados. A candidata conta que algumas nem lembravam de pegar seus objetos pessoais debaixo da mesa. Os seguranças do prédio apitavam e diziam, aos berros:
- Evacua! Evacua! Tá desabando o prédio! Vai cair!
Débora foi em direção ao estacionamento coberto do prédio 41, que fica ao lado do prédio 40. De acordo com ela, os seguranças do local não deixavam os candidatos a sair do prédio sem os tickets de estacionamento. A saída das pessoas só foi permitida após o pagamento de uma taxa de R$ 10.
- Na hora, me vi na mesma situação da Boate Kiss. Eu nem sabia onde diabos estava o meu ticket, teve gente que deixou as coisas na sala, não deu tempo de pegar na correria. Isso é desumano, o dinheiro valendo mais que a vida. Achei que ia ficar presa no prédio e morrer - relata Débora.
A PUCRS divulgou uma nota sobre o episódio: "Neste domingo, dia 10 de junho, durante a aplicação da segunda fase da prova da OAB no campus da PUCRS, devido à variação de temperatura, o revestimento cerâmico do piso quebrou em uma pequena área, de aproximadamente de três metros quadrados, no corredor do sétimo andar do prédio 40. Por segurança dos candidatos, o prédio foi evacuado prontamente pelo Corpo de Bombeiros. Não houve feridos. O local está à disposição para a perícia e a PUCRS acompanha todos estes trabalhos. "
Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br