goo.gl/uAzyyU | Se perguntarem a um menino o que quer ser quando crescer, a resposta provavelmente será "jogador de futebol". Aos 18 anos, Rafael Zimmer já tinha meio caminho andado quando trocou a bola pelos livros em nome do sonho de ser diplomata. Estava no time sub-20 do Clube Esportivo Aimoré, de São Leopoldo. Três anos e incontáveis horas de estudo depois, o estudante de escola pública foi aprovado em mais de 20 universidades fora do Brasil. Agora, quer fazer um canal no YouTube para mostrar à todos que é possível.
Natural de Bom Princípio, a 76 km de Porto Alegre, o jovem tinha ambições que extrapolavam os limites do município de 14 mil habitantes. Depois de Rafael terminar o Ensino Médio, resolveu estudar inglês em casa, sozinho, na internet. Fez 94 pontos no Toefl – exame reconhecido internacionalmente que atesta o conhecimento da língua. A nota é considerada alta até mesmo para quem tem aulas regulares do idioma desde criança.
Vencida a primeira etapa, se dedicou aos processos de admissão das universidades. A rotina de estudos durava em média oito horas diárias. Dentre as instituições que o aceitaram, escolheu a americana Georgetown, considerada uma das melhores do mundo no setor. Vai cursar Relações Internacionais no campus de Doha, no Catar, com bolsa integral. Rafael diz que não tem a receita para o sucesso, mas sabe qual é o ingrediente principal:
– Foco. Você tem que saber onde quer chegar, ter um objetivo, e focar nele. Eu sempre dou o meu melhor em tudo o que eu faço. Não acho que eu tenho uma inteligência fora do comum, mas corro atrás do que quero.
Georgetown University, School of Foreign Service in Qatar – Estados Unidos e Catar
DePaul University – Estados Unidos
Franklin University – Estados Unidos e Suíça
City University of Hong Kong – Hong Kong/ China
Ateneo de Manila University – Filipinas
McKendree University – Estados Unidos
Beloit College – Estados Unidos
University of Tulsa – Estados Unidos
Grand Canyon University – Estados Unidos
University of The Pacific – Estados Unidos
University of Central Florida – Estados Unidos
Sterling College – Estados Unidos
Campbellsville University – Estados Unidos
Khazar University – Azerbaijão
Para entrar em uma universidade dos EUA , além de fazer uma prova, é preciso apresentar projetos extracurriculares, fazer uma entrevista na língua local, e ter uma boa carta de recomendação. A avaliação americana equivalente ao Enem é chamada de SAT, que em livre tradução significa Teste de Aptidão Escolar. Rafael conseguiu pontuar 1230, uma nota considerada acima da média. Foram três anos de dedicação exclusiva ao sonho.
Além de bom aluno, Rafael também é atleta. Antes de jogar no Aimoré, passou pelas categorias de base dos times E.C Novo Hamburgo, S.C Americano e 15 de Novembro. A habilidade contou pontos para as aprovações. Foi no campo que aprendeu a ter disciplina. O estudante defende que o esporte não precisa ser inimigo das boas notas:
– O futebol me deu uma base. Eu aprendi com ele a ser competitivo, não com os outros, mas comigo mesmo. Mesmo quando jogava, sempre tentei gabaritar as provas na escola.
A ideia de estudar fora no Brasil, no entanto, não foi aceita com tranquilidade na cidade interiorana. O padrão é que estudantes com boas notas prestem vestibular ao fim ensino médio e entrarem logo em uma faculdade – de preferência, próxima de casa. As críticas, no entanto, se tornaram um incentivo a mais. A mãe, Marli, foge à regra. Lembra que ouviu muitas críticas por permitir que o filho se dedicasse a um projeto com resultados incertos.
O empenho teve seu preço. Como os treinos esportivos tiveram de ser trocados por dias e noites debruçado sobre cadernos, perdeu massa muscular. Mais magro, não sentia vontade de ver os amigos. Nos períodos de maior estresse, chegou até perder cabelo. Com as cartas de aprovação em mãos, afirma sem hesitar:
– Valeu à pena.
A ideia do estudante agora é criar um canal no YouTube para democratizar as informações e ajudar alunos de baixa renda a conseguirem bolsas sem o intermédio de agências, que cobram valores altos. Já conseguiu convencer os futuros professores. A frase final da redação que Rafael apresentou à Georgetown University mostra que seu futuro promete: "não vou deixar o meu país em silêncio".
Por Tulio Milman
Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br
Natural de Bom Princípio, a 76 km de Porto Alegre, o jovem tinha ambições que extrapolavam os limites do município de 14 mil habitantes. Depois de Rafael terminar o Ensino Médio, resolveu estudar inglês em casa, sozinho, na internet. Fez 94 pontos no Toefl – exame reconhecido internacionalmente que atesta o conhecimento da língua. A nota é considerada alta até mesmo para quem tem aulas regulares do idioma desde criança.
Vencida a primeira etapa, se dedicou aos processos de admissão das universidades. A rotina de estudos durava em média oito horas diárias. Dentre as instituições que o aceitaram, escolheu a americana Georgetown, considerada uma das melhores do mundo no setor. Vai cursar Relações Internacionais no campus de Doha, no Catar, com bolsa integral. Rafael diz que não tem a receita para o sucesso, mas sabe qual é o ingrediente principal:
– Foco. Você tem que saber onde quer chegar, ter um objetivo, e focar nele. Eu sempre dou o meu melhor em tudo o que eu faço. Não acho que eu tenho uma inteligência fora do comum, mas corro atrás do que quero.
Veja a lista das maiores universidades em que Rafael foi aprovado:
Georgetown University, School of Foreign Service in Qatar – Estados Unidos e Catar
DePaul University – Estados Unidos
Franklin University – Estados Unidos e Suíça
City University of Hong Kong – Hong Kong/ China
Ateneo de Manila University – Filipinas
McKendree University – Estados Unidos
Beloit College – Estados Unidos
University of Tulsa – Estados Unidos
Grand Canyon University – Estados Unidos
University of The Pacific – Estados Unidos
University of Central Florida – Estados Unidos
Sterling College – Estados Unidos
Campbellsville University – Estados Unidos
Khazar University – Azerbaijão
Para entrar em uma universidade dos EUA , além de fazer uma prova, é preciso apresentar projetos extracurriculares, fazer uma entrevista na língua local, e ter uma boa carta de recomendação. A avaliação americana equivalente ao Enem é chamada de SAT, que em livre tradução significa Teste de Aptidão Escolar. Rafael conseguiu pontuar 1230, uma nota considerada acima da média. Foram três anos de dedicação exclusiva ao sonho.
Além de bom aluno, Rafael também é atleta. Antes de jogar no Aimoré, passou pelas categorias de base dos times E.C Novo Hamburgo, S.C Americano e 15 de Novembro. A habilidade contou pontos para as aprovações. Foi no campo que aprendeu a ter disciplina. O estudante defende que o esporte não precisa ser inimigo das boas notas:
– O futebol me deu uma base. Eu aprendi com ele a ser competitivo, não com os outros, mas comigo mesmo. Mesmo quando jogava, sempre tentei gabaritar as provas na escola.
– As pessoas diziam que eu era louca, mas eu sempre acreditei nele. Acho que a gente tem que deixar os filhos fazerem o próprio caminho, e não o que a gente quer.
MARLI ZIMMER
MÃE DE RAFAEL
As dificuldades
A ideia de estudar fora no Brasil, no entanto, não foi aceita com tranquilidade na cidade interiorana. O padrão é que estudantes com boas notas prestem vestibular ao fim ensino médio e entrarem logo em uma faculdade – de preferência, próxima de casa. As críticas, no entanto, se tornaram um incentivo a mais. A mãe, Marli, foge à regra. Lembra que ouviu muitas críticas por permitir que o filho se dedicasse a um projeto com resultados incertos.
O empenho teve seu preço. Como os treinos esportivos tiveram de ser trocados por dias e noites debruçado sobre cadernos, perdeu massa muscular. Mais magro, não sentia vontade de ver os amigos. Nos períodos de maior estresse, chegou até perder cabelo. Com as cartas de aprovação em mãos, afirma sem hesitar:
– Valeu à pena.
A ideia do estudante agora é criar um canal no YouTube para democratizar as informações e ajudar alunos de baixa renda a conseguirem bolsas sem o intermédio de agências, que cobram valores altos. Já conseguiu convencer os futuros professores. A frase final da redação que Rafael apresentou à Georgetown University mostra que seu futuro promete: "não vou deixar o meu país em silêncio".
Por Tulio Milman
Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br