goo.gl/HBqTVy | A frustração causada pela falta de retorno dos recrutadores em processos seletivos é um tema universal e a irritação paira sobre os candidatos a oportunidades profissionais dos quatro cantos do planeta.
Pesquisa global realizada pela Robert Half com 9 mil profissionais em busca de emprego em 11 países diferentes, entre eles o Brasil, comprova que tomar “chá de sumiço” não é uma prática exclusiva dos nossos recrutadores, embora a reclamação por aqui seja mais barulhenta.
Entre candidatos brasileiros, 58% apontaram que a lentidão no retorno dado por recrutadores sobre a posição no processo seletivo é a atitude que mais os desaponta. Na amostra global, o item também é o primeiro da lista, citado por quase metade deles: 46% dos profissionais.
“Não há a menor dúvida, a falta de retorno é a principal reclamação de candidatos”, diz Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half. O excesso de trabalho do lado de recrutadores e ansiedade em alta de profissionais tornam o tão esperado quanto raro feedback o ponto mais crítico da relação candidato/recrutador, segundo ele.
Ruídos na comunicação também atrapalham, diz Mantovani. “O entrevistador, muitas vezes, não é claro. Às vezes, também acontece de ser dito e o candidato não ouvir”, diz. Impaciência e retenção de informações não costumam caminhar juntas.
Mantovani recomenda aos recrutadores que alinhem expectativas e expliquem em que momento do processo será dado retorno aos candidatos. Eliminados e aprovados receberão feedback? Por qual canal de comunicação virá a mensagem?
Outro caminho possível para melhorar a comunicação é enviar um e-mail detalhando datas e fases do processo seletivo. “O recrutador pode ter um modelo de texto pronto e só adicionar informações do processo seletivo em questão e do candidato”, sugere. Seguindo um desses dois caminhos, as chances de mal-entendido diminuem sensivelmente.
Aos profissionais que participam de processos seletivos, Mantovani recomenda que perguntem sobre datas e fases do processo, ao fim de uma ligação ou da entrevista de emprego. “Não é crime perguntar sobre as etapas do processo. O que não dá é não perguntar e ficar ligando o tempo todo para saber se há novidade”, diz.
Entrar em contato com recrutador é indicado quando o prazo combinado expirar e o silêncio for absoluto. Para não errar, o profissional deve escolher o canal de comunicação já usado pelo recrutador para encontrá-lo.
Seguido à falta de retorno, o alto número de entrevistas de emprego num mesmo processo seletivo também é frustrante para profissionais do Brasil e do mundo.
“O candidato sempre quer que a situação se resolva logo”, diz Mantovani. Nesse sentido, a crise tem sido catalizadora da irritação já que é grande inimiga da pressa na hora do recrutamento.
Em momentos de recessão, empresa nenhuma pode se dar ao luxo de perder dinheiro com uma contratação que dê errado, por isso mais pessoas são envolvidas. Apesar de irritante, essa prática de ter mais gente entrevistando o mesmo candidato resultado em melhores contratações, segundo o especialista em recrutamento.
“Já quando a economia vai bem, os processos seletivos tendem a ter menos etapas”, diz Mantovani. A falta de comunicação a respeito de todas as etapas é justamente o terceiro item que mais irrita os candidatos.
A lista global e do Brasil seguem a mesma ordem e, de acordo com Mantovani, grande parte da frustração relatada pelos profissionais cairia por terra se a comunicação fosse mais clara e a ansiedade estivesse, na medida do possível, sob controle. Veja o ranking:
Por Camila Pati
Fonte: Exame Abril
Pesquisa global realizada pela Robert Half com 9 mil profissionais em busca de emprego em 11 países diferentes, entre eles o Brasil, comprova que tomar “chá de sumiço” não é uma prática exclusiva dos nossos recrutadores, embora a reclamação por aqui seja mais barulhenta.
Entre candidatos brasileiros, 58% apontaram que a lentidão no retorno dado por recrutadores sobre a posição no processo seletivo é a atitude que mais os desaponta. Na amostra global, o item também é o primeiro da lista, citado por quase metade deles: 46% dos profissionais.
“Não há a menor dúvida, a falta de retorno é a principal reclamação de candidatos”, diz Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half. O excesso de trabalho do lado de recrutadores e ansiedade em alta de profissionais tornam o tão esperado quanto raro feedback o ponto mais crítico da relação candidato/recrutador, segundo ele.
Ruídos na comunicação também atrapalham, diz Mantovani. “O entrevistador, muitas vezes, não é claro. Às vezes, também acontece de ser dito e o candidato não ouvir”, diz. Impaciência e retenção de informações não costumam caminhar juntas.
Mantovani recomenda aos recrutadores que alinhem expectativas e expliquem em que momento do processo será dado retorno aos candidatos. Eliminados e aprovados receberão feedback? Por qual canal de comunicação virá a mensagem?
Outro caminho possível para melhorar a comunicação é enviar um e-mail detalhando datas e fases do processo seletivo. “O recrutador pode ter um modelo de texto pronto e só adicionar informações do processo seletivo em questão e do candidato”, sugere. Seguindo um desses dois caminhos, as chances de mal-entendido diminuem sensivelmente.
Aos profissionais que participam de processos seletivos, Mantovani recomenda que perguntem sobre datas e fases do processo, ao fim de uma ligação ou da entrevista de emprego. “Não é crime perguntar sobre as etapas do processo. O que não dá é não perguntar e ficar ligando o tempo todo para saber se há novidade”, diz.
Entrar em contato com recrutador é indicado quando o prazo combinado expirar e o silêncio for absoluto. Para não errar, o profissional deve escolher o canal de comunicação já usado pelo recrutador para encontrá-lo.
Seguido à falta de retorno, o alto número de entrevistas de emprego num mesmo processo seletivo também é frustrante para profissionais do Brasil e do mundo.
“O candidato sempre quer que a situação se resolva logo”, diz Mantovani. Nesse sentido, a crise tem sido catalizadora da irritação já que é grande inimiga da pressa na hora do recrutamento.
Em momentos de recessão, empresa nenhuma pode se dar ao luxo de perder dinheiro com uma contratação que dê errado, por isso mais pessoas são envolvidas. Apesar de irritante, essa prática de ter mais gente entrevistando o mesmo candidato resultado em melhores contratações, segundo o especialista em recrutamento.
“Já quando a economia vai bem, os processos seletivos tendem a ter menos etapas”, diz Mantovani. A falta de comunicação a respeito de todas as etapas é justamente o terceiro item que mais irrita os candidatos.
A lista global e do Brasil seguem a mesma ordem e, de acordo com Mantovani, grande parte da frustração relatada pelos profissionais cairia por terra se a comunicação fosse mais clara e a ansiedade estivesse, na medida do possível, sob controle. Veja o ranking:
Frustração | Brasil (% de profissionais que citaram) | Global (% de profissionais que citaram) |
---|---|---|
Retorno lento para informar minha posição no processo de recrutamento | 58,10% | 46% |
Ser submetido a várias entrevistas com o mesmo empregador | 48,60% | 40% |
Falta de comunicação a respeito das etapas necessárias no processo de recrutamento | 48,20% | 39% |
Falta de transparência sobre benefícios e recompensas | 41,70% | 26% |
Demora na decisão | 30,20% | 37% |
Alterações das exigências do cargo | 29,10% | 21% |
Dificuldade para marcar entrevistas | 25,20% | 21% |
Decepção com os termos do contrato | 18,90% | 18% |
Fonte: Exame Abril