goo.gl/x95Mzb | Uma coisa é fato: se você persistir, fizer bem o seu trabalho (isso envolve conhecimento jurídico, networking, boas parcerias, marketing e todo aquele bêabá que é falado nos cursos/palestras de gestão/inovação na advocacia), mais cedo ou tarde, você vai crescer!
Sempre vejo textos sobre as dificuldades de início de carreira que nós, advogados, passamos.
Comigo, não foi diferente!
Poucos clientes, pouca grana, e muita dificuldade de crescer num universo com mais de 1 milhão de advogados.
Mas, como eu disse acima, uma hora você vai crescer!
E esse crescimento trará consequências que você deve estar preparado para não escorregar.
Mas é impressionante como o tempo desaparece quando crescemos.
Você precisa cuidar dos seus processos; peticionar; fechar novos contratos; fazer dezenas de reuniões com os clientes todos os meses; começa a ter compromissos na OAB (palestras, cursos, comissões, etc); o celular não para de tocar (seja ligação ou whatsapp).
E quando você percebe, já são 22h e não teve tempo para cuidar da sua saúde, dar atenção à sua família ou mesmo ter um período de lazer.
Isso é muito perigoso!
Se não cuidarmos preventivamente de nossa saúde, lá na frente o preço vai ser alto.
Afinal, é muito mais barato caminhar 3 vezes por semana no parque e comer frango grelhado com salada do que bancar tratamentos médicos caríssimos por conta de problemas na saúde (e o resultado da prevenção é mais eficaz).
Além disso, qual o sentido a vida teria se ganhássemos dinheiro sem ter como gastá-lo?
Temos que cuidar de nossas famílias, curtir um tempo com eles.
Isso chega a ser até incoerente!
Passamos tanta dificuldade no início da carreira por falta de recursos financeiros, e quando a coisa começa a melhorar e a falta de honorários deixa de ser um problema, não temos tempo para curtir aquilo que veio do suor do nosso labor.
Portanto, não espere a coisa se complicar por completo.
E não fique deslumbrado com as cifras recorrentes dos honorários que alcançou.
Digo isso porque, quando há um crescimento na advocacia, é comum querermos nos dá algum conforto com os honorários que tanto almejávamos.
E isso é totalmente legítimo.
A situação que não pode ocorrer é deixar de investir no seu escritório por ter aumentado seus gastos pessoais.
Explico!
Vai chegar um momento em que você não vai conseguir fazer todas as atribuições necessárias para continuar “rodando” seu negócio.
É neste momento que, ao invés de enrolar seu cliente e terminar o dia cheio de pendência, a melhor opção é contratar.
É caro? Sim! Muito!
Talvez você tenha que abrir mão daquele carrão que planejava comprar quando tivesse ganhando bem na advocacia; ou mesmo daquele apê maior que sonha há tanto tempo.
Mas, não se engane!
É melhor abrir mão desse conforto! E será temporário, acredite!
Não perca tempo com burocracias e rotinas do seu escritório!
Você deve focar naquilo que é melhor: se seu negócio é fazer relacionamentos/networking, fechando contratos com isso, foque nisto.
Não perca tempo arrumando documentos de clientes e preenchendo sistemas de finanças e gestão de processos.
Saiba delegar isso para uma assistente, pois caso contrário, você vai parar de fechar novos negócios no seu escritório e perderá receita, já que estará enrolado com demandas burocráticas.
Quando abri meu escritório, o prazo que eu colocava no contrato de honorários para protocolar a ação era de 48 horas corridas.
À época, eu não tinha qualquer dificuldade em cumprir à risca esse prazo.
Atualmente, isso mudou um pouco (ironia, rs): o prazo é de 15 dias úteis, após o pagamento dos honorários iniciais.
Uma coisa que aprendi é que é muito melhor oferecer um prazo longo e cumpri-lo no tempo hábil, do que prometer fazer o serviço em pouco tempo e não conseguir.
É claro que existem casos urgentes, que não podem aguardar 15 dias úteis.
Mas são casos que, pela urgência, fazem os honorários subirem consideravelmente, e, consequentemente, vale a pena perder algumas noites de sono para salvar seu cliente.
Mas, via de regra, não prometa prazos curtos para protocolo da ação.
Deixe claro para o cliente que os 15 dias úteis são necessários para o desenvolvimento de uma boa tese jurídica, e que o prazo também é necessário para que não prejudique as demandas do escritório.
Isso, por si só, já é um baita marketing.
O cliente vai ver que você tem muitas ações e vai se sentir mais seguro em contratar os seus serviços.
Ok, problema 1 resolvido.
Mas e quando os 15 dias úteis não forem mais suficientes?
Aumenta para 30 dias úteis?
Não!
Definitivamente, não!
Quando os 15 dias úteis não forem mais suficientes para você protocolar uma ação, é hora de contratar um advogado para te auxiliar.
Com o dinheiro que você precisará gastar com assistente administrativo/marketing, com aluguel de uma sala maior e o advogado, você pagaria a parcela de um sedã alemão e de um apartamento três quartos com suíte.
Por isso que você tem que ter cuidado para não comprar seus bens pessoais antes de estruturar seu escritório.
Afinal, quem não gosta de conforto?
Voltando ao assunto, como lidar com o advogado que vai te auxiliar?
Como garantir que não haverá uma queda de qualidade técnica em suas petições?
Simples!
Saiba delegar!
Quando você já tem uma boa quantidade de ações, e se torna especializado em determinada área, quando os clientes relatam o fato, você já sabe qual rumo tomar na ação.
Então, o que deve ser feito é justamente isso: instrua seu advogado auxiliar como ele deve fazer a petição (relato dos fatos, argumentação jurídica, jurisprudências, etc).
Como ele está lá “só” para peticionar, e não será interrompido com as outras demandas do escritório, ele te entregará a petição de maneira célere.
Daí, você pode corrigir e dar um bom feedback, tornando-o cada vez mais independente de sua revisão.
Lembre-se que o cliente te contratou pelo seu nome no mercado, pela reputação que você construiu.
Por isso, sempre dê as orientações técnicas e jurídicas ao seu advogado auxiliar.
E faça a revisão antes de protocolar a ação!
Desta forma, você garante que o trabalho técnico estará à altura de quando você ainda peticionava!
Essa forma de trabalho otimiza seu tempo e faz com que você consiga trazer mais ações para o escritório, aumentando o faturamento.
Isso porque um advogado exclusivamente focado em peticionar/protocolar, e com as orientações jurídicas já determinadas por você, fará o serviço mais rápido, e com a mesma qualidade.
Sabemos o quão chato e demorado é digitalizar documentos, adequar ao tamanho limite de cada tribunal, renomear e protocolar cada um desses documentos em ordem cronológica, e chega uma hora que isso se torna inviável na sua rotina.
Por isso é importante saber delegar.
No final disso tudo, com algum tempo, seu escritório vai “rodando” quase que de maneira automática, sem queda de qualidade técnica nos serviços.
Com isso, você vai ter mais tempo para trazer novas ações para o escritório.
Vai cuidar da sua saúde e se dedicar à sua família, além de poder assistir uma série no Netflix sem se preocupar com as pendências que têm a resolver.
E aquele sedã alemão que você abriu mão para crescer, depois de um tempo você vai conseguir comprá-lo, e com menos chances de sofrer uma busca e apreensão, rs.
Sergio Merola
Advogado - Especializado em Carreiras Públicas (Servidores e Concurseiros)
Sérgio Merola é Advogado especializado em Direito Administrativo e Público para carreiras públicas (estudantes, concurseiros e servidores públicos). É bacharel em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira (2009), pós-graduado em Direito Público pela Universidade Cândido Mendes e membro da Comissão de Direito Administrativo da OAB/GO. Atuou como advogado por 2 anos junto ao escritório Tibúrcio Advogados, ex-presidente da OAB/GO. Hoje, se especializou em demandas na área de Direito Administrativo, tais como processos Administrativos e Judiciais de servidores públicos e demandas de aprovados em concursos públicos. É fundador do Sérgio Merola Advogados Associados, com atuação nacional, e escritórios em São Paulo e Goiânia.
Sempre vejo textos sobre as dificuldades de início de carreira que nós, advogados, passamos.
Comigo, não foi diferente!
Poucos clientes, pouca grana, e muita dificuldade de crescer num universo com mais de 1 milhão de advogados.
Mas, como eu disse acima, uma hora você vai crescer!
E esse crescimento trará consequências que você deve estar preparado para não escorregar.
O começo da carreira
No início de nossas carreiras, temos tempo de sobra, já que são poucas ações para “tocar”, e poucos compromissos profissionais.Mas é impressionante como o tempo desaparece quando crescemos.
Você precisa cuidar dos seus processos; peticionar; fechar novos contratos; fazer dezenas de reuniões com os clientes todos os meses; começa a ter compromissos na OAB (palestras, cursos, comissões, etc); o celular não para de tocar (seja ligação ou whatsapp).
E quando você percebe, já são 22h e não teve tempo para cuidar da sua saúde, dar atenção à sua família ou mesmo ter um período de lazer.
Isso é muito perigoso!
Se não cuidarmos preventivamente de nossa saúde, lá na frente o preço vai ser alto.
Afinal, é muito mais barato caminhar 3 vezes por semana no parque e comer frango grelhado com salada do que bancar tratamentos médicos caríssimos por conta de problemas na saúde (e o resultado da prevenção é mais eficaz).
Além disso, qual o sentido a vida teria se ganhássemos dinheiro sem ter como gastá-lo?
Temos que cuidar de nossas famílias, curtir um tempo com eles.
Isso chega a ser até incoerente!
Passamos tanta dificuldade no início da carreira por falta de recursos financeiros, e quando a coisa começa a melhorar e a falta de honorários deixa de ser um problema, não temos tempo para curtir aquilo que veio do suor do nosso labor.
Portanto, não espere a coisa se complicar por completo.
E não fique deslumbrado com as cifras recorrentes dos honorários que alcançou.
O momento certo de investir em seu negócio
Saiba o momento de crescer e investir em seu negócio.Digo isso porque, quando há um crescimento na advocacia, é comum querermos nos dá algum conforto com os honorários que tanto almejávamos.
E isso é totalmente legítimo.
A situação que não pode ocorrer é deixar de investir no seu escritório por ter aumentado seus gastos pessoais.
Explico!
Vai chegar um momento em que você não vai conseguir fazer todas as atribuições necessárias para continuar “rodando” seu negócio.
É neste momento que, ao invés de enrolar seu cliente e terminar o dia cheio de pendência, a melhor opção é contratar.
É caro? Sim! Muito!
Talvez você tenha que abrir mão daquele carrão que planejava comprar quando tivesse ganhando bem na advocacia; ou mesmo daquele apê maior que sonha há tanto tempo.
Mas, não se engane!
É melhor abrir mão desse conforto! E será temporário, acredite!
Não perca tempo com burocracias e rotinas do seu escritório!
Você deve focar naquilo que é melhor: se seu negócio é fazer relacionamentos/networking, fechando contratos com isso, foque nisto.
Não perca tempo arrumando documentos de clientes e preenchendo sistemas de finanças e gestão de processos.
Saiba delegar isso para uma assistente, pois caso contrário, você vai parar de fechar novos negócios no seu escritório e perderá receita, já que estará enrolado com demandas burocráticas.
Delegando o peticionamento
Outra coisa que demanda muito tempo é o peticionamento, e é uma questão vital na advocacia.Quando abri meu escritório, o prazo que eu colocava no contrato de honorários para protocolar a ação era de 48 horas corridas.
À época, eu não tinha qualquer dificuldade em cumprir à risca esse prazo.
Atualmente, isso mudou um pouco (ironia, rs): o prazo é de 15 dias úteis, após o pagamento dos honorários iniciais.
Uma coisa que aprendi é que é muito melhor oferecer um prazo longo e cumpri-lo no tempo hábil, do que prometer fazer o serviço em pouco tempo e não conseguir.
É claro que existem casos urgentes, que não podem aguardar 15 dias úteis.
Mas são casos que, pela urgência, fazem os honorários subirem consideravelmente, e, consequentemente, vale a pena perder algumas noites de sono para salvar seu cliente.
Mas, via de regra, não prometa prazos curtos para protocolo da ação.
Deixe claro para o cliente que os 15 dias úteis são necessários para o desenvolvimento de uma boa tese jurídica, e que o prazo também é necessário para que não prejudique as demandas do escritório.
Isso, por si só, já é um baita marketing.
O cliente vai ver que você tem muitas ações e vai se sentir mais seguro em contratar os seus serviços.
Ok, problema 1 resolvido.
Mas e quando os 15 dias úteis não forem mais suficientes?
Aumenta para 30 dias úteis?
Não!
Definitivamente, não!
Quando os 15 dias úteis não forem mais suficientes para você protocolar uma ação, é hora de contratar um advogado para te auxiliar.
O carrão pode esperar
Lembra que falei que seu carrão novo e o apê maior teriam que esperar?Com o dinheiro que você precisará gastar com assistente administrativo/marketing, com aluguel de uma sala maior e o advogado, você pagaria a parcela de um sedã alemão e de um apartamento três quartos com suíte.
Por isso que você tem que ter cuidado para não comprar seus bens pessoais antes de estruturar seu escritório.
Afinal, quem não gosta de conforto?
Voltando ao assunto, como lidar com o advogado que vai te auxiliar?
Como garantir que não haverá uma queda de qualidade técnica em suas petições?
Simples!
Saiba delegar!
Quando você já tem uma boa quantidade de ações, e se torna especializado em determinada área, quando os clientes relatam o fato, você já sabe qual rumo tomar na ação.
Então, o que deve ser feito é justamente isso: instrua seu advogado auxiliar como ele deve fazer a petição (relato dos fatos, argumentação jurídica, jurisprudências, etc).
Como ele está lá “só” para peticionar, e não será interrompido com as outras demandas do escritório, ele te entregará a petição de maneira célere.
Daí, você pode corrigir e dar um bom feedback, tornando-o cada vez mais independente de sua revisão.
O cliente contrata a sua marca
Mas, não caia no erro de apenas passar a ação para frente!Lembre-se que o cliente te contratou pelo seu nome no mercado, pela reputação que você construiu.
Por isso, sempre dê as orientações técnicas e jurídicas ao seu advogado auxiliar.
E faça a revisão antes de protocolar a ação!
Desta forma, você garante que o trabalho técnico estará à altura de quando você ainda peticionava!
Essa forma de trabalho otimiza seu tempo e faz com que você consiga trazer mais ações para o escritório, aumentando o faturamento.
Isso porque um advogado exclusivamente focado em peticionar/protocolar, e com as orientações jurídicas já determinadas por você, fará o serviço mais rápido, e com a mesma qualidade.
Conclusões!
Sabemos o quão chato e demorado é digitalizar documentos, adequar ao tamanho limite de cada tribunal, renomear e protocolar cada um desses documentos em ordem cronológica, e chega uma hora que isso se torna inviável na sua rotina.
Por isso é importante saber delegar.
No final disso tudo, com algum tempo, seu escritório vai “rodando” quase que de maneira automática, sem queda de qualidade técnica nos serviços.
Com isso, você vai ter mais tempo para trazer novas ações para o escritório.
Vai cuidar da sua saúde e se dedicar à sua família, além de poder assistir uma série no Netflix sem se preocupar com as pendências que têm a resolver.
E aquele sedã alemão que você abriu mão para crescer, depois de um tempo você vai conseguir comprá-lo, e com menos chances de sofrer uma busca e apreensão, rs.
Sergio Merola
Advogado - Especializado em Carreiras Públicas (Servidores e Concurseiros)
Sérgio Merola é Advogado especializado em Direito Administrativo e Público para carreiras públicas (estudantes, concurseiros e servidores públicos). É bacharel em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira (2009), pós-graduado em Direito Público pela Universidade Cândido Mendes e membro da Comissão de Direito Administrativo da OAB/GO. Atuou como advogado por 2 anos junto ao escritório Tibúrcio Advogados, ex-presidente da OAB/GO. Hoje, se especializou em demandas na área de Direito Administrativo, tais como processos Administrativos e Judiciais de servidores públicos e demandas de aprovados em concursos públicos. É fundador do Sérgio Merola Advogados Associados, com atuação nacional, e escritórios em São Paulo e Goiânia.
Fonte: Jus Brasil