goo.gl/9kHoUF | Parte de uma organização criminosa responsável por oferecer cursos de graduação falsos no interior do Amazonas, em nome da Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam), foi presa, na manhã desta terça-feira (19), por equipes do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Dentre os presos, conforme a Polícia Civil (PC), consta a coordenadora do esquema, Ellen da Silva Santos, 33; a professora Meyre Jane da Silva, 33; a advogada Núbia Batista Pinheiro e o professor Valdir Pavanello Junior, 33.
Cursos de graduação falsos oferecidos no interior do AM são alvo de operação (Foto: Raquel Miranda)
De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa iludia os alunos ao argumentar que haveria uma regularização dos históricos escolares e expedição dos diplomas de conclusão de curso. Porém, no decorrer da ação, a quadrilha emitiu boletos para que os alunos efetuassem pagamentos das mensalidades, ainda conforme a PC.
Ao todo, o grupo desviou R$ 1 milhão da faculdade, onde parte do valor foi recuperado por decisão judicial, que bloqueou a verba. “As vítimas deste esquema foram pessoas desatentas, que não verificaram a honestidade da expedição de documentos e diplomas de graduação, e acabaram lesadas por indivíduos que se utilizaram de uma instituição de renome na capital para expedir diplomas de cursos falsos, sem reconhecimento pelo Ministério da Educação”, relatou o delegado Geraldo Eloi, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM).
Até o momento, segundo informou Eloi, a equipe de investigação não tem um número exato de vítimas, mas a média é de que 15 municípios do interior do Amazonas foram áreas de atuação dos criminosos. A quantidade de dinheiro perdido pelas vítimas também permanece desconhecida.
Os presos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, furto qualificado, dano qualificado, desobediência de decisão judicial, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e estelionato.
Conforme o delegado titular do 2º DIP, Aldeney Goes, que está respondendo interinamente pelo 24° DIP, ainda há suspeitos foragidos, que podem ser presos em qualquer Estado do País. “A população sempre deve ter cautela ao se inscrever em um curso de graduação. É necessário verificar se a instituição escolhida tem autorização do MEC para funcionar. Senão, é possível que o cidadão venha a pagar um curso por quatro anos sem ao final receber um diploma válido de ensino superior”, disse o delegado.
Ainda conforme o delegado Goes, a Esbam encontra-se sob intervenção judicial. “Há um interventor cuidando para que ela continue funcionando normalmente. Mas, veja, a instituição também é uma vítima, porque o dinheiro adquirido pelos criminosos não entrava nos cofres dela”, relatou.
De acordo com o delegado Marcelo Martins, titular do 24° DIP, os sócios proprietários da Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam), no Adrianópolis, zona centro-sul da cidade, acionaram o Tribunal de Justiça, por meio da 17ª Vara Cível, solicitando intervenção judicial para a faculdade, que foi vendida para os atuais sócios: Amós Alves Santos, 35, e Rubens Pedro de Farias Júnior, 33, que estão sendo procurados pela polícia por descumprimentos contratuais e suspeita de envolvimento na quadrilha.
Durante as verificações da 17ª Vara Cível, foram constatadas ações de relevância criminal cometidas pelos atuais sócios, Amós e Rubens. As investigações continuam em andamento.
O professor Valdir Pavanello Junior foi preso na casa onde morava, no bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul de Manaus. A prisão da coordenadora do esquema, Ellen da Silva Santos, foi efetuada em uma residência no bairro Novo Aleixo, zona norte, e a da advogada Núbia Batista Pinheiro foi feita no bairro Japiim, zona sul da capital. A professora Meyre Jane da Silva, por sua vez, foi presa na casa onde morava, no bairro Adrianópolis, zona centro-sul.
De acordo com o delegado titular do 24º DIP, Marcelo Martins, os atuais sócios da faculdade, Amós Alves e Rubens Júnior, seguem foragidos, além de Fabiano Lima da Silveira, 30, e Marivaldo Carvalho Fonseca, 50, que também participaram ativamente do delito.
Ao todo, foram vítimas do esquema alunos dos municípios de Presidente Figueiredo, Nhamundá, Anamã, Anori, Apuí, Autaz Mirim, Barcelos, Beruri, Borba, Caapiranga e Careiro da Várzea. Também foram identificadas vítimas no município de Belo Monte, no estado do Pará.
Por Filipe Távora
Fonte: d24am.com
Cursos de graduação falsos oferecidos no interior do AM são alvo de operação (Foto: Raquel Miranda)
De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa iludia os alunos ao argumentar que haveria uma regularização dos históricos escolares e expedição dos diplomas de conclusão de curso. Porém, no decorrer da ação, a quadrilha emitiu boletos para que os alunos efetuassem pagamentos das mensalidades, ainda conforme a PC.
Ao todo, o grupo desviou R$ 1 milhão da faculdade, onde parte do valor foi recuperado por decisão judicial, que bloqueou a verba. “As vítimas deste esquema foram pessoas desatentas, que não verificaram a honestidade da expedição de documentos e diplomas de graduação, e acabaram lesadas por indivíduos que se utilizaram de uma instituição de renome na capital para expedir diplomas de cursos falsos, sem reconhecimento pelo Ministério da Educação”, relatou o delegado Geraldo Eloi, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM).
Até o momento, segundo informou Eloi, a equipe de investigação não tem um número exato de vítimas, mas a média é de que 15 municípios do interior do Amazonas foram áreas de atuação dos criminosos. A quantidade de dinheiro perdido pelas vítimas também permanece desconhecida.
Os presos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, furto qualificado, dano qualificado, desobediência de decisão judicial, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e estelionato.
Conforme o delegado titular do 2º DIP, Aldeney Goes, que está respondendo interinamente pelo 24° DIP, ainda há suspeitos foragidos, que podem ser presos em qualquer Estado do País. “A população sempre deve ter cautela ao se inscrever em um curso de graduação. É necessário verificar se a instituição escolhida tem autorização do MEC para funcionar. Senão, é possível que o cidadão venha a pagar um curso por quatro anos sem ao final receber um diploma válido de ensino superior”, disse o delegado.
Ainda conforme o delegado Goes, a Esbam encontra-se sob intervenção judicial. “Há um interventor cuidando para que ela continue funcionando normalmente. Mas, veja, a instituição também é uma vítima, porque o dinheiro adquirido pelos criminosos não entrava nos cofres dela”, relatou.
De acordo com o delegado Marcelo Martins, titular do 24° DIP, os sócios proprietários da Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam), no Adrianópolis, zona centro-sul da cidade, acionaram o Tribunal de Justiça, por meio da 17ª Vara Cível, solicitando intervenção judicial para a faculdade, que foi vendida para os atuais sócios: Amós Alves Santos, 35, e Rubens Pedro de Farias Júnior, 33, que estão sendo procurados pela polícia por descumprimentos contratuais e suspeita de envolvimento na quadrilha.
Durante as verificações da 17ª Vara Cível, foram constatadas ações de relevância criminal cometidas pelos atuais sócios, Amós e Rubens. As investigações continuam em andamento.
Das prisões
O professor Valdir Pavanello Junior foi preso na casa onde morava, no bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul de Manaus. A prisão da coordenadora do esquema, Ellen da Silva Santos, foi efetuada em uma residência no bairro Novo Aleixo, zona norte, e a da advogada Núbia Batista Pinheiro foi feita no bairro Japiim, zona sul da capital. A professora Meyre Jane da Silva, por sua vez, foi presa na casa onde morava, no bairro Adrianópolis, zona centro-sul.
De acordo com o delegado titular do 24º DIP, Marcelo Martins, os atuais sócios da faculdade, Amós Alves e Rubens Júnior, seguem foragidos, além de Fabiano Lima da Silveira, 30, e Marivaldo Carvalho Fonseca, 50, que também participaram ativamente do delito.
Municípios afetados
Ao todo, foram vítimas do esquema alunos dos municípios de Presidente Figueiredo, Nhamundá, Anamã, Anori, Apuí, Autaz Mirim, Barcelos, Beruri, Borba, Caapiranga e Careiro da Várzea. Também foram identificadas vítimas no município de Belo Monte, no estado do Pará.
Por Filipe Távora
Fonte: d24am.com