goo.gl/aGVKya | Na verdade eu já me preparava a longo prazo, organizando meu material de estudo no meu computador pessoal. Sempre preocupei-me em separar os meus conteúdos por disciplina e criar o máximo de resumos.
Minha intenção sempre foi tentar o teste sem prestar cursinho a priori, pois confiava no meu estudo regrado desde o começo do curso - e isso pra mim foi primordial -, a faculdade transmite muito pouco do que é necessário, mas nunca me contentei só com o que era dado em sala de aula. Sempre ampliei meu estudo além de guardar meus arquivos como um tesouro, para utilizá-los na hora certa.
Um ano antes do penúltimo período já me preparava psicologicamente e começa a assistir video-aulas isoladas no youtube e a baixar as que encontrava disponíveis na rede. Com o cuidado de manter a ordem lógica das aulas, é claro. Analisei como era feita a prova, e o nível de dificuldade dela. Baixei provas antigas da primeira fase e espelhos da segunda fase disponíveis para ter uma noção de como era na prática. No final, conclui que, no meu ponto de vista, a segunda seria mais fácil se fosse estudada a longo prazo, tendo em vista a preparação exigir muito treino e estar decidido que faria para direito penal, a matéria que mais estudava e que me dava prazer em resumir.
Desse modo, comecei a ver aulas da segunda fase e simular algumas peças, bem como exames para sentir o "peso" da prova. No início percebi que me exigiria disciplina extrema se quisesse alcançar meu objetivo.
Após alguns treinos observei um avanço gradual, e continuei organizando os meus materiais. Passei então a pensar em primeira fase, pesquisei estratégias, pois já sabia que o teste exigia muitas disciplinas e que muitas pessoas criavam estratégias de estudo pra "bater" a meta dos 40 pontos. Descobri minhas fraquezas e foquei em reforçar o estudo nessas áreas, reservando menos tempo para as que eu já tinha mais conhecimento consolidado.
Por fim, organizei um cronograma de estudo com base nas minhas observações, passei três meses me preparando para a primeira fase. Cumprindo religiosamente o cronograma mesmo já estagiando. Reservei 4 horas de estudo diário. Quando estava próximo, fiz simulados que encontrei disponíveis para baixar além de outros que foram oferecidos gratuitamente pelos cursinhos.
É importante ressaltar que não só preocupei-me em atualizar os resumos, como também a acompanhar com frequência sites de notícias jurídicas como o Conjur para estar por dentro dos entendimentos jurisprudenciais recentes. Havia acabado de entrar na grade de conteúdo a ser cobrado no Exame a Reforma Trabalhista, então fiz um cursinho on-line gratuito oferecido por um cursinho renomado. Estar com o material todo "em dia" foi essencial para eu não estudar coisa defazada e correr o risco de colocar todo o meu projeto em vão.
No dia do Exame estava confiante, tinha cumprido o cronograma e revisado meu caderno de estudo. Meu estudo consistiu nas video-aulas baixadas e nos resumos turbinados. Tudo revisado na véspera em um esquema organizado para uma semana.
Fiz a prova da primeira fase focado, resolvi primeiro as questões das matérias que considerava que tinha maior domínio de conteúdo, iniciando por Ética Profissional que foi o último conteúdo revisado intencionalmente.
Sai confesso achando que fiz uma prova razoável, contudo não tinha certeza que conseguiria os 40 pontos (acho que na verdade isso é normal, pelo nível da prova).
No fim, fiquei feliz em conferir o gabarito preliminar, havia acertado 50 questões que se confirmaram no resultado final.
Daí pra frente virei a cabeça pra segunda, já tinha uma noção de tudo e uma leve experiência. Fiz um novo cronograma de 45 dias e utilizei video-aulas antigas, mas com meu cabedal de atualizações ali perto. Ia aprimorando e mudando o que via que estava desatualizado. Terminei a parte teórica no tempo certo, confeccionando peça por peça e focando nas mais cobradas (já havia tido esse cuidado de pesquisar as estatísticas de todas as provas).
Fiz uma faixa de 30 peças desde o início do estudo um ano atrás e fazia uma correção pelos espelhos das provas antigas bem severa. Em duas ocasiões apenas consegui nota abaixo (não passaria), nas demais cumpri a meta de 6 pontos no mínimo. Percebi que não há uma simetria no nível da prova, há um desequilíbrio teórico na aplicação da prova.
Ver isso serviu pra entender que a revisão deveria ser além de rígida muito disciplinada. Enfim, enfrentei este monstro.
Já na véspera houve uma greve no país e mudaram a data da aplicação, fiquei aflito com isso, estava ansioso, porém usei o tempo para reforçar a revisão.
No dia marcado, fui com a confiança alta e bem ansioso para ver logo essa prova. O tempo passava lentamente na sala de aplicação (é incrível!), a verificação do Código é angustiante em demasia. Deu tudo certo com o Código graças a Deus e recebi a prova.
Gostei da peça cobrada, consegui desenvolver uma boa argumentação e identificar as teses. As questões estavam difíceis, todavia, a calma foi essencial para folhear o Código e refrescar a memória na busca das respostas e dos dispositivos cobrados. A prova tava em um nível mediano.
Finalmente, terminei a prova no tempo exato. Sempre gostei de usar todo o tempo disponível e sai com a certeza de ter feito uma boa prova, confiante na aprovação mesmo que fosse com a nota mínima.
A partir daí foi uma angústia tremenda até a divulgação do resultado preliminar. Consegui uma boa nota, acima de 8 pontos, justa para quem não fez cursinho preparatório. Foi uma alegria ter passado de primeira e ter alcançado meu objetivo, todavia, sei que isso foi apenas o primeiro passo para iniciar uma carreira. Espero que tenha transmitido a ideia central do meu projeto: ter disciplina nos estudos, montar uma estratégia e estudar com afinco a aplicação da prova. Esse foi o segredo!
Viusmar S. Lima
Estagiário de Direito. Eterno aprendiz da Ciência Jurídica.
Oriundo do interior, sempre procurei desafios que mudassem a minha vida e me proporcionassem crescer como ser humano, além de desenvolver meu potencial. Apaixonei-me pelas Ciências Exatas, especificamente pela Matemática, iniciando nesta área minha jornada acadêmica pela UEMA, porém, o destino apresentou-me o Direito - quando conquistei uma bolsa de estudo - e, depois disso a paixão pelas Ciências Humanas aflorou, descobri o que me faz feliz, abracei a oportunidade dada por Deus. Já estou finalizando meu curso. Atualmente sou estagiário na Justiça Estadual, em uma Vara da Fazenda Pública, mas antes tive uma outra experiência de estágio no Tribunal Regional Eleitoral.
Fonte: Jus Brasil
Minha intenção sempre foi tentar o teste sem prestar cursinho a priori, pois confiava no meu estudo regrado desde o começo do curso - e isso pra mim foi primordial -, a faculdade transmite muito pouco do que é necessário, mas nunca me contentei só com o que era dado em sala de aula. Sempre ampliei meu estudo além de guardar meus arquivos como um tesouro, para utilizá-los na hora certa.
Um ano antes do penúltimo período já me preparava psicologicamente e começa a assistir video-aulas isoladas no youtube e a baixar as que encontrava disponíveis na rede. Com o cuidado de manter a ordem lógica das aulas, é claro. Analisei como era feita a prova, e o nível de dificuldade dela. Baixei provas antigas da primeira fase e espelhos da segunda fase disponíveis para ter uma noção de como era na prática. No final, conclui que, no meu ponto de vista, a segunda seria mais fácil se fosse estudada a longo prazo, tendo em vista a preparação exigir muito treino e estar decidido que faria para direito penal, a matéria que mais estudava e que me dava prazer em resumir.
Desse modo, comecei a ver aulas da segunda fase e simular algumas peças, bem como exames para sentir o "peso" da prova. No início percebi que me exigiria disciplina extrema se quisesse alcançar meu objetivo.
Após alguns treinos observei um avanço gradual, e continuei organizando os meus materiais. Passei então a pensar em primeira fase, pesquisei estratégias, pois já sabia que o teste exigia muitas disciplinas e que muitas pessoas criavam estratégias de estudo pra "bater" a meta dos 40 pontos. Descobri minhas fraquezas e foquei em reforçar o estudo nessas áreas, reservando menos tempo para as que eu já tinha mais conhecimento consolidado.
Por fim, organizei um cronograma de estudo com base nas minhas observações, passei três meses me preparando para a primeira fase. Cumprindo religiosamente o cronograma mesmo já estagiando. Reservei 4 horas de estudo diário. Quando estava próximo, fiz simulados que encontrei disponíveis para baixar além de outros que foram oferecidos gratuitamente pelos cursinhos.
É importante ressaltar que não só preocupei-me em atualizar os resumos, como também a acompanhar com frequência sites de notícias jurídicas como o Conjur para estar por dentro dos entendimentos jurisprudenciais recentes. Havia acabado de entrar na grade de conteúdo a ser cobrado no Exame a Reforma Trabalhista, então fiz um cursinho on-line gratuito oferecido por um cursinho renomado. Estar com o material todo "em dia" foi essencial para eu não estudar coisa defazada e correr o risco de colocar todo o meu projeto em vão.
No dia do Exame estava confiante, tinha cumprido o cronograma e revisado meu caderno de estudo. Meu estudo consistiu nas video-aulas baixadas e nos resumos turbinados. Tudo revisado na véspera em um esquema organizado para uma semana.
Fiz a prova da primeira fase focado, resolvi primeiro as questões das matérias que considerava que tinha maior domínio de conteúdo, iniciando por Ética Profissional que foi o último conteúdo revisado intencionalmente.
Sai confesso achando que fiz uma prova razoável, contudo não tinha certeza que conseguiria os 40 pontos (acho que na verdade isso é normal, pelo nível da prova).
No fim, fiquei feliz em conferir o gabarito preliminar, havia acertado 50 questões que se confirmaram no resultado final.
Daí pra frente virei a cabeça pra segunda, já tinha uma noção de tudo e uma leve experiência. Fiz um novo cronograma de 45 dias e utilizei video-aulas antigas, mas com meu cabedal de atualizações ali perto. Ia aprimorando e mudando o que via que estava desatualizado. Terminei a parte teórica no tempo certo, confeccionando peça por peça e focando nas mais cobradas (já havia tido esse cuidado de pesquisar as estatísticas de todas as provas).
Fiz uma faixa de 30 peças desde o início do estudo um ano atrás e fazia uma correção pelos espelhos das provas antigas bem severa. Em duas ocasiões apenas consegui nota abaixo (não passaria), nas demais cumpri a meta de 6 pontos no mínimo. Percebi que não há uma simetria no nível da prova, há um desequilíbrio teórico na aplicação da prova.
Ver isso serviu pra entender que a revisão deveria ser além de rígida muito disciplinada. Enfim, enfrentei este monstro.
Já na véspera houve uma greve no país e mudaram a data da aplicação, fiquei aflito com isso, estava ansioso, porém usei o tempo para reforçar a revisão.
No dia marcado, fui com a confiança alta e bem ansioso para ver logo essa prova. O tempo passava lentamente na sala de aplicação (é incrível!), a verificação do Código é angustiante em demasia. Deu tudo certo com o Código graças a Deus e recebi a prova.
Gostei da peça cobrada, consegui desenvolver uma boa argumentação e identificar as teses. As questões estavam difíceis, todavia, a calma foi essencial para folhear o Código e refrescar a memória na busca das respostas e dos dispositivos cobrados. A prova tava em um nível mediano.
Finalmente, terminei a prova no tempo exato. Sempre gostei de usar todo o tempo disponível e sai com a certeza de ter feito uma boa prova, confiante na aprovação mesmo que fosse com a nota mínima.
A partir daí foi uma angústia tremenda até a divulgação do resultado preliminar. Consegui uma boa nota, acima de 8 pontos, justa para quem não fez cursinho preparatório. Foi uma alegria ter passado de primeira e ter alcançado meu objetivo, todavia, sei que isso foi apenas o primeiro passo para iniciar uma carreira. Espero que tenha transmitido a ideia central do meu projeto: ter disciplina nos estudos, montar uma estratégia e estudar com afinco a aplicação da prova. Esse foi o segredo!
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Viusmar S. Lima
Estagiário de Direito. Eterno aprendiz da Ciência Jurídica.
Oriundo do interior, sempre procurei desafios que mudassem a minha vida e me proporcionassem crescer como ser humano, além de desenvolver meu potencial. Apaixonei-me pelas Ciências Exatas, especificamente pela Matemática, iniciando nesta área minha jornada acadêmica pela UEMA, porém, o destino apresentou-me o Direito - quando conquistei uma bolsa de estudo - e, depois disso a paixão pelas Ciências Humanas aflorou, descobri o que me faz feliz, abracei a oportunidade dada por Deus. Já estou finalizando meu curso. Atualmente sou estagiário na Justiça Estadual, em uma Vara da Fazenda Pública, mas antes tive uma outra experiência de estágio no Tribunal Regional Eleitoral.
Fonte: Jus Brasil