O que é preciso para se destacar no mercado de Direito? Por Ana Flávia da Fonseca

goo.gl/rAiQV2 | Fazer o curso de graduação em Direito em uma instituição de ensino reconhecida e prezar por um histórico escolar com boas notas, são os primeiros conselhos que se podem dar àqueles que querem destaque em sua profissão.

Só isso, porém, não basta! É preciso ir além. O profissional que deseja, de fato, se destacar no competitivo mercado de trabalho precisa reunir um conjunto de atitudes que o diferencie dos demais colegas de profissão.

E é sobre essas atitudes que iremos falar agora. Reunimos, nos tópicos a seguir, um conjunto de habilidades e aptidões que o profissional deve possuir (ou se esforçar para possuir) para alcançar os louros da vitória profissional. Confira!

1. Ser eloquente: o domínio da oratória é fundamental


Se você ainda não assistiu, certamente já deve ter ouvido falar do famoso filme “O discurso do Rei”. Nesse filme, ganhador de quatro Oscars, o ator Colin Firth interpreta, com maestria, o tímido Rei Jorge VI (da Inglaterra), que luta bravamente para superar severos problemas de dicção. Afinal, rei que é rei precisa falar com imponência aos seus súditos.

Começamos esse item citando o exemplo desse filme justamente para demonstrar a importância de uma boa oratória. Se você tem algo a falar e, em seu discurso, precisa convencer o seu público de que aquilo que você está dizendo é importante, é preciso que você fale com eloquência e imponha sua presença.

Você pode ter um vasto conhecimento em uma determinada área, mas se não possuir o dom da palavra, dificilmente conseguirá convencer o seu público sobre uma determinada tese.

2. Ter postura: o tom de voz e a gesticulação fazem a diferença


Ter conhecimento é fundamental. No entanto, além de saber, é preciso saber dizer. Alguém que fala alto ou baixo demais, não exerce adequadamente o seu poder de persuasão. Isso compromete o desempenho e prejudica a eficácia da atuação profissional.

Demonstrar uma postura de segurança e equilíbrio, utilizando gestos e tom de voz adequados, é fundamental para uma boa performance. Por isso, se falar bem em público não é um dos seus pontos fortes, trate de treinar essa habilidade caso queira se destacar em sua profissão.

3. Estar conectado com as mudanças: jamais seguir leis ultrapassadas


Se tem uma coisa que um bacharel em Direito deve conhecer em profundidade são as leis. E não estamos falando de poucas leis. A depender do campo de atuação, o advogado deverá estar atento a uma verdadeira infinidade de normativos.

No universo do Direito, geralmente, essas leis costumam ser reunidas em um livro chamado Vade Mecum. Não vale, contudo, comprar um Vade Mecum no início do curso e carregá-lo por anos a fio. É preciso ter esse material atualizado. Afinal, as mudanças na legislação são rotineiras.

Hoje em dia, a tecnologia ajudou muito a vida dos profissionais: já existem aplicativos que auxiliam a rotina do advogado. Existe, inclusive, ferramentas que substituem o tradicional Vade Mecum impresso por uma versão digital.

Outro hábito fundamental para se destacar no mercado é manter-se em constante aperfeiçoamento. Estabelecer uma rotina diária de leitura de jornais especializados em Direito é essencial para manter-se atualizado: assim será mais fácil detectar as mudanças na legislação assim que elas ocorrerem.

Frequentar seminários e palestras da área, tanto os presenciais como os eventos virtuais (webinars, por exemplo), também é uma boa pedida. No entanto, lembre-se: não adianta apenas ter em mãos um material atualizado. É preciso que esse conteúdo esteja bem guardado na mente do profissional.

Em resumo: o lema é “estudar, estudar e estudar”. Essa deve ser a palavra de ordem de todo e qualquer profissional que busque reconhecimento profissional na área jurídica.

5. Ter uma boa apresentação: uma imagem vale mais que mil palavras


Na carreira jurídica, o profissional frequentará lugares (fóruns e tribunais, por exemplo) que exigem um certo rigor com relação à aparência: nesses ambientes, determinados tipos de vestuários não são permitidos.

Para impor sua presença, o advogado precisa se apresentar de maneira condizente com o local em que se encontra e com as pessoas que representa (no caso, os seus clientes). É o que se chama de Dress Code.

Seguir esse Dress Code é mais uma das obrigações do profissional de Direito. Cuidar da imagem pessoal e apresentar-se em vestuário que se adeque ao grau de formalidade do seu local de trabalho é uma atitude indispensável àqueles que desejam destaque e reconhecimento do mercado. Vestindo-se com sobriedade, o advogado passa a seriedade e a credibilidade fundamentais ao exercício da profissão.

O Dress Code básico do mundo do Direito, geralmente, solicita dos profissionais um estilo formal, através do uso das seguintes peças:

  • Mulheres: modelos clássicos de tailleurs e terninhos, em tons médios ou escuros, risca de giz, lisos ou com texturas sóbrias;
  • Homens: paletó e calça em tons escuros (preto, grafite e marinho), camisa e gravata em tons discretos.

6. Ser discreto: autopreservação é essencial


Em qualquer que seja a profissão, é recomendável manter uma certa separação entre assuntos profissionais e a vida pessoal. O problema é que muitas vezes a vida pessoal invade o ambiente profissional.

Para evitar esse tipo de situação, o bacharel em Direito tem que ter um cuidado a mais: é preciso ponderar com equilíbrio tudo o que se faz na vida privada, para que nada resvale em sua imagem profissional. Muitas vezes, um ato impensado acaba repercutindo na imagem do profissional, especialmente quando fotos, mensagens e áudios indesejados caem na internet.

Parece bobagem, mas não é: o profissional precisa, sim, ter prudência em suas ações. Afinal, a sua conduta pode um dia vir a ser avaliada e acontecimentos de sua vida íntima podem acabar depondo contra você mesmo.

É o que, no universo do Direito, costuma ser chamado de “reputação ilibada e idoneidade moral”. Alguns cargos públicos requerem, dentre os seus pré-requisitos, que o profissional tenha uma vida pautada na moralidade e na retidão.

Você pode pensar: “bobagem! Ninguém vai atrás de uma coisa que eu postei na internet anos e anos atrás.” Aí é que você se engana. Alguns concursos públicos adotam uma etapa denominada investigação de vida pregressa. Nesse tipo de verificação, a banca examinadora avalia o histórico dos candidatos aprovados, analisando seu perfil e verificando, até mesmo, os seus antecedentes criminais.

Por isso, cuidado com o que você anda postando por aí nas redes sociais. Quem garante que um dia você não poderá ocupar um alto cargo no Ministério Público, por exemplo? Não deixe que atos irresponsáveis cometidos hoje tirem uma chance futura de sucesso amanhã.

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(Por: Ana Flávia da Fonseca / Fonte: http://blog.unipe.br/)

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Fonte: Jus Brasil
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