goo.gl/mNsvbF | O Brasil continua a dominar a lista das melhores universidades da América Latina elaborada pela revista britânica “Times Higher Education”. De acordo com o ranking divulgado nesta quarta-feira, o país tem seis das dez melhores instituições de ensino superior da região, e 43 das 101 melhores listadas.
Líder do ranking em 2017, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) manteve a posição este ano, após ter estreado em segundo lugar em 2016, quando a lista foi encabeçada pela Universidade de São Paulo (USP), agora na vice-liderança. Completam o rol das seis brasileiras entre as dez melhores: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na 4ª posição, a Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), na 7ª, a Universidade federal de Minas Gerais (UFMG), em 9º, e a estreante Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 10º (veja abaixo a lista completa).
A UFRJ, que em 2016 aparecia na 5ª posição e na 8ª em 2017, caiu para a 12ª este ano. A Uerj ficou em 25º em 2018, e a UFF, em 45º.
Reitor da Unicamp, Marcelo Knobel credita o sucesso da instituição a três fatores principais: uma grande proporção de estudantes de pós-graduação; melhorias na qualificação dos acadêmicos pesquisadores; e o recente foco em inovação e empreendedorismo por meio de seu parque científico-tecnológico.
Já para o vice-reitor para assuntos acadêmicos da PUC-Rio, José Ricardo Bergman, a internacionalização da instituição pode ser um dos motivos para a sua boa colocação.
— A interação com a comunidade acadêmica internacional e a vinda de alunos estrangeiros certamente fazem com que a nossa avaliação seja positiva. Entre as universidades brasileiras, temos um dos melhores indicadores nessa área — explica.
'Ensino superior brasileiro é vítima da pior recessão já registrada'
O maior número de universidades nas listas das dez e das 101 melhores, no entanto, não quer dizer que o ensino superior brasileiro tem se destacado mais do que o dos outros países da região, ressalta a publicação. Segundo a “Times Higher Education”, em outro ranqueamento que leva em conta o impacto das citações obtidas pelas pesquisas realizadas pelas instituições em periódicos científicos, as equatorianas tiveram uma média melhor, com 86,5 pontos em cem possíveis, seguidas pelas chilenas, com 70,9.
Ainda de acordo com a publicação, o ensino superior brasileiro está sendo vítima da pior recessão já registrada no país, com o financiamento para pesquisas caindo ao menor nível na história recente do Brasil. Em entrevista à “Times Higher Education”, Knobel lembrou que Unicamp, USP e Unifesp, por lei, devem receber cerca de 10% do imposto de valor agregado recolhido pelo estado, mas, com a crise econômica, este fluxo de recursos minguou.
— Estamos lidando com um déficit de cerca de US$ 80 milhões (pouco mais de R$ 300 milhões), o que é bem alto, e estamos trabalhando duro para achar um equilíbrio entre o que recebemos e o que gastamos – disse à revista.
Knobel também ressaltou que, embora a Unicamp receba cerca de US$ 200 milhões (aproximadamente R$ 770 milhões) anuais da iniciativa privada, estes recursos são restritos a investimentos em infraestrutura e projetos específicos, não podendo ser usados para cobrir os maiores gastos da universidade, os salários dos funcionários.
Assim, no mês passado, quatro professores do Instituto de Computação da Unicamp, um dos mais respeitados do país, anunciaram que estavam deixando a instituição, seja para irem para universidades fora do país ou para trabalhar para a iniciativa privada.
— Estamos enfrentando o mesmo problema na Escola de Medicina — acrescentou. Knobel. — Também temos tido problemas em atrair novos professores com boas qualificações por causa das perspectivas da carreira e da situação econômica do país. Estamos realmente preocupados com isso, e esperamos que a economia melhore logo.
Confira a seguir a lista das dez melhores universidades da América Latina da “Times Higher Education”:
1) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
2) Universidade de São Paulo (USP)
3) Pontifícia Universidade Católica do Chile
4) Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
5) Instituto Tecnológico e de Educação Superior de Monterrey (México)
6) Universidade do Chile
7) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
8) Universidade dos Andes (Colômbia)
9) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
10) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
A lista com as 50 primeiras pode ser acessada neste link.
Por Cesar Baima e Josy Fischberg
Fonte: oglobo.globo.com
Líder do ranking em 2017, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) manteve a posição este ano, após ter estreado em segundo lugar em 2016, quando a lista foi encabeçada pela Universidade de São Paulo (USP), agora na vice-liderança. Completam o rol das seis brasileiras entre as dez melhores: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na 4ª posição, a Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), na 7ª, a Universidade federal de Minas Gerais (UFMG), em 9º, e a estreante Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 10º (veja abaixo a lista completa).
A UFRJ, que em 2016 aparecia na 5ª posição e na 8ª em 2017, caiu para a 12ª este ano. A Uerj ficou em 25º em 2018, e a UFF, em 45º.
Reitor da Unicamp, Marcelo Knobel credita o sucesso da instituição a três fatores principais: uma grande proporção de estudantes de pós-graduação; melhorias na qualificação dos acadêmicos pesquisadores; e o recente foco em inovação e empreendedorismo por meio de seu parque científico-tecnológico.
Já para o vice-reitor para assuntos acadêmicos da PUC-Rio, José Ricardo Bergman, a internacionalização da instituição pode ser um dos motivos para a sua boa colocação.
— A interação com a comunidade acadêmica internacional e a vinda de alunos estrangeiros certamente fazem com que a nossa avaliação seja positiva. Entre as universidades brasileiras, temos um dos melhores indicadores nessa área — explica.
'Ensino superior brasileiro é vítima da pior recessão já registrada'
O maior número de universidades nas listas das dez e das 101 melhores, no entanto, não quer dizer que o ensino superior brasileiro tem se destacado mais do que o dos outros países da região, ressalta a publicação. Segundo a “Times Higher Education”, em outro ranqueamento que leva em conta o impacto das citações obtidas pelas pesquisas realizadas pelas instituições em periódicos científicos, as equatorianas tiveram uma média melhor, com 86,5 pontos em cem possíveis, seguidas pelas chilenas, com 70,9.
Ainda de acordo com a publicação, o ensino superior brasileiro está sendo vítima da pior recessão já registrada no país, com o financiamento para pesquisas caindo ao menor nível na história recente do Brasil. Em entrevista à “Times Higher Education”, Knobel lembrou que Unicamp, USP e Unifesp, por lei, devem receber cerca de 10% do imposto de valor agregado recolhido pelo estado, mas, com a crise econômica, este fluxo de recursos minguou.
— Estamos lidando com um déficit de cerca de US$ 80 milhões (pouco mais de R$ 300 milhões), o que é bem alto, e estamos trabalhando duro para achar um equilíbrio entre o que recebemos e o que gastamos – disse à revista.
Knobel também ressaltou que, embora a Unicamp receba cerca de US$ 200 milhões (aproximadamente R$ 770 milhões) anuais da iniciativa privada, estes recursos são restritos a investimentos em infraestrutura e projetos específicos, não podendo ser usados para cobrir os maiores gastos da universidade, os salários dos funcionários.
Assim, no mês passado, quatro professores do Instituto de Computação da Unicamp, um dos mais respeitados do país, anunciaram que estavam deixando a instituição, seja para irem para universidades fora do país ou para trabalhar para a iniciativa privada.
— Estamos enfrentando o mesmo problema na Escola de Medicina — acrescentou. Knobel. — Também temos tido problemas em atrair novos professores com boas qualificações por causa das perspectivas da carreira e da situação econômica do país. Estamos realmente preocupados com isso, e esperamos que a economia melhore logo.
Confira a seguir a lista das dez melhores universidades da América Latina da “Times Higher Education”:
1) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
2) Universidade de São Paulo (USP)
3) Pontifícia Universidade Católica do Chile
4) Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
5) Instituto Tecnológico e de Educação Superior de Monterrey (México)
6) Universidade do Chile
7) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
8) Universidade dos Andes (Colômbia)
9) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
10) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
A lista com as 50 primeiras pode ser acessada neste link.
Por Cesar Baima e Josy Fischberg
Fonte: oglobo.globo.com