goo.gl/ZknejX | A juíza Ana Letícia Oliveira dos Santos, da Comarca de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, alertou para ‘tempos difíceis, de ódio’ que o País vive. Ela foi alvo de ofensas do advogado Matheus Monteiro de Barros Ferreira que, em apelação no âmbito de um processo de danos morais que alegou ter sofrido nas redes, chamou a magistrada de ‘imbecil’, ‘anta,’ ‘arrombada’, ‘retardada’.
Os colegas de Ana avaliam que o ataque ‘com palavras de baixo calão e de cunho misógino é um claro ato de violência de gênero’.
Nesta terça, 21, Ana Letícia foi homenageada no ato ‘Justiça sem violência de gênero’, organizado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças. Magistrados, advogados e promotores e procuradores do Ministério Público se reuniram no Gabinete da Presidência para o tributo à juíza.
“O episódio é absolutamente lamentável, mas o apoio é fundamental para me sentir fortalecida e continuar exercendo minha função”, declarou Ana Letícia. “Vivemos tempos difíceis, de ódio.”
Ela deu a receita contra a intolerância. “A resposta é compaixão e amor, é continuar a exercer a função de distribuir Justiça.”
Para o presidente da Corte, ‘nem é preciso mencionar o quanto esse fato lamentável macula e magoa a imagem do Tribunal de Justiça, na medida em que há cada vez mais juízas na magistratura desempenhando, e muito bem, o seu trabalho’.
Calças Pereira destacou que ‘o ataque direcionado à juíza poderia ter ocorrido com qualquer mulher que ali estivesse no exercício de suas atividades, dado o viés machista das expressões utilizadas no texto’.
“Sinta-se fortalecida com o carinho, o respeito e a admiração de todos nós”, disse o desembargador para Ana Letícia. “A senhora representa a Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo na comarca de São Luiz do Paraitinga.”
Para a coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp), desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida, a violência sofrida por Ana Letícia reflete uma sociedade ainda desigual.
“Os termos usados, na realidade, refletem a violência de gênero por parte de um homem, dizendo que não pode aceitar, enquanto jurisdicionado, uma decisão exarada por uma jovem mulher. É preciso que isso mude.”
Fausto Macedo
Fonte: Estadão
Os colegas de Ana avaliam que o ataque ‘com palavras de baixo calão e de cunho misógino é um claro ato de violência de gênero’.
Nesta terça, 21, Ana Letícia foi homenageada no ato ‘Justiça sem violência de gênero’, organizado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças. Magistrados, advogados e promotores e procuradores do Ministério Público se reuniram no Gabinete da Presidência para o tributo à juíza.
“O episódio é absolutamente lamentável, mas o apoio é fundamental para me sentir fortalecida e continuar exercendo minha função”, declarou Ana Letícia. “Vivemos tempos difíceis, de ódio.”
Ela deu a receita contra a intolerância. “A resposta é compaixão e amor, é continuar a exercer a função de distribuir Justiça.”
Para o presidente da Corte, ‘nem é preciso mencionar o quanto esse fato lamentável macula e magoa a imagem do Tribunal de Justiça, na medida em que há cada vez mais juízas na magistratura desempenhando, e muito bem, o seu trabalho’.
Calças Pereira destacou que ‘o ataque direcionado à juíza poderia ter ocorrido com qualquer mulher que ali estivesse no exercício de suas atividades, dado o viés machista das expressões utilizadas no texto’.
“Sinta-se fortalecida com o carinho, o respeito e a admiração de todos nós”, disse o desembargador para Ana Letícia. “A senhora representa a Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo na comarca de São Luiz do Paraitinga.”
Para a coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp), desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida, a violência sofrida por Ana Letícia reflete uma sociedade ainda desigual.
“Os termos usados, na realidade, refletem a violência de gênero por parte de um homem, dizendo que não pode aceitar, enquanto jurisdicionado, uma decisão exarada por uma jovem mulher. É preciso que isso mude.”
Fausto Macedo
Fonte: Estadão