Aluno ameaça professora com arma falsa para ganhar presença no diário de classe

goo.gl/Kd53qE | Um aluno de 16 anos foi filmado apontando um simulacro de arma de fogo para uma professora numa escola na França, enquanto ordenava que ela lhe desse presença no diário de classe, na última quinta-feira.

O estudante se apresentou numa delegacia da comuna de Créteil, a Sudeste de Paris, acompanhado de seu pai no dia seguinte. Segundo o Ministério Público local, ele responderá por "violência agravada" e será julgado por um tribunal juvenil.

As imagens da ameaça mostram o aluno de pé apontando uma arma falsa para o rosto da professora, que estava sentada mexendo num computador e teria dado falta para o jovem por não ter chegado na hora. É possível escutar risadas de outros alunos. A professora denunciou o caso na sexta-feira e afirmou ter acreditado que fosse uma arma verdadeira.

O vídeo foi publicado nas redes sociais e gerou revolta entre internautas e membros do governo francês, que anunciou a criação de um "plano de ação" para combater esse tipo de violência.

Os ministros da Educação, Jean-Michel Blanquer, e do Interior, Christophe Castaner, anunciaram uma reunião na próxima semana para um "comitê estratégico" preparar um "plano de ação ambicioso" contra a violência aos professores.

Em uma declaração conjunta, ambos condenaram tanto "as ameaças e insultos" sofridos pela professora, quanto a transmissão do vídeo, em que seu rosto não foi embaçado.

"As sanções disciplinares (...) serão muito firmes", assegurou Blanquer à emissora "LCI".

O presidente Emmanuel Macron pediu no último sábado que os ministros tomassem "todas as medidas" para que esse tipo de incidente não volte a acontecer, classificando o comportamento do aluno como "inaceitável".

Um conselho disciplinar da escola secundária Édouard-Branly está planejando dar ao aluno a sanção mais grave que ele pode ser infligido, que é uma expulsão definitiva.

Didier Sablic, professor por quase 25 anos na Escola Secundária Edouard-Branly, explicou no sábado que "não é uma escola que está acostumada com esse tipo de coisa". Segundo ele, existem "muitos projetos" e "trabalhar com os alunos em comunicação e respeito".

Fonte: extra.globo.com
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