PCDF investigará supostas ameaças contra menino agredido em vídeo de condomínio

goo.gl/mCMhsg | Investigadores da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) vão apurar as denúncias de que o menino alvo de agressões na Octogonal 4, no Distrito Federal, já vinha sofrendo ameaças do casal responsável pelos ataques. O caso corrido na quadra de esportes do condomínio fechado foi gravado pelo sistema de segurança interno.

O casal, identificado como Alexandre Campos de Jesus e Danielle Cavalcanti dos Santos, protagonizou cenas revoltantes no último domingo (9/12). As imagens mostram que o homem segurou a criança para que o filho batesse no rosto dela. Depois, a mulher partiu para cima da vítima e a empurrou no chão. Os dois vão responder por lesão corporal, mas a DPCA investiga também a existência de intimidações anteriores ao episódio.

Os policiais irão intimar uma série de testemunhas que moram no condomínio e presenciaram tanto a agressão quanto as supostas ameaças ocorridas. De acordo com as imagens, o menino de 6 anos, que passa férias na casa de uma tia, jogava bola com o filho do casal, que tropeçou e caiu. Depois, os pais voltam ao local para cometer as agressões.

A pena inicial para lesão corporal é de três meses a um ano, podendo ser aumentada em razão da idade da vítima. Há, ainda, a possibilidade de os dois serem indiciados por ameaça e por terem submetido o próprio filho a constrangimento, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O casal será intimado a depor. “As imagens são inquestionáveis e inequívocas quanto à ação do pai e da mãe da outra criança durante as agressões à vítima. O vídeo é bem claro e mostra toda a agressão. Vamos ouvir todos os envolvidos e depois decidir pelo indiciamento”, disse a delegada adjunta da DPCA, Patrícia Bozolan.

Delegada Patrícia Bozolan

O menino agredido passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Uma conselheira tutelar do Sudoeste esteve na manhã desta quinta (13) na casa da tia do menino, e disse que as duas crianças são vítimas. O caso será encaminhado ao Ministério Público.

Procurados por telefone e na casa onde estavam hospedados, os suspeitos não foram localizados nesta quinta. Alexandre não atendeu às ligações e Danielle desligou assim que a reportagem se identificou.

Carlos Carone
Fonte: www.metropoles.com
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