goo.gl/bfZQMR | Cartas do Primeiro Comando da Capital (PCC), apreendidas pela Polícia Militar (PM) no sábado (8) revelam um plano para matar o promotor que combate a facção no interior de São Paulo. O Ministério Público criou uma força-tarefa para investigar as ameaças.
O material estava com duas mulheres que haviam visitado presos na Penitenciária de Presidente Prudente. Elas foram presas pelas Rondas Ostensivas de Aguiar (Rota) da PM.
Nelas estavam ameaças ao promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco, e a Roberto Medina, coordenador dos presídios da região oeste.
As cartas foram escritas de forma codificada e foram interceptadas com duas mulheres de presos no último sábado (8) em Presidente Venceslau. Nelas constam mensagens de integrantes da facção. Em uma das cartas, os bandidos indicam a rotina do promotor e do coordenador. "A cidade dele é bem maior pra dar balão, depois é mais difícil, mas os irmãos tão nessa pegada."
Um dos trechos da segunda carta, datada de 2 de dezembro, diz: "Os amigos querem informações toda semana para saber se vocês estão chegando com a sintonia com lealdade já demonstrada em outras situações importantes para a família."
A Justiça analisa um pedido do Ministério Público de transferir o chefe da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, e outros membros da facção para um presídio federal.
O G1 apurou que além de Lincoln, que já tinha escolta por conta de ameaças anteriores da facção (e que foi reforçada pela nova ameaças), outro promotor no estado também está com escolta por conta de ameaça do crime organizado por outra facção. Ou seja dois promotores estão sob escolta atualmente no estado.
Cartas interceptadas pelo MP mostram mensagens codificadas — Foto: Reprodução
A Associação Paulista do Ministério Público repudiou as ameaças.
Em nota, a Procuradoria-Geral de Justiça, declarou apoio ao promotor. "Em nome de 2.000 promotores e procuradores de Justiça que atuam diuturnamente em defesa da ordem jurídica em nosso Estado, vem a público manifestar o seu mais irrestrito apoio ao colega Lincoln Gakiya, ameaçado por uma facção criminosa em virtude do cumprimento diligente de suas atribuições", diz a nota.
"Habituados a um mundo em que imperam a violência e a intimidação, esses criminosos desconhecem que tal comportamento não afastará o valoroso promotor e a nossa instituição de uma atuação pautada por um único objetivo: o cumprimento da lei. Lei que, aliás, pode e deve ser mais dura contra aqueles que lideram organizações criminosas. O povo paulista pode estar certo de que, em defesa da sociedade, o Ministério Público de São Paulo continuará trabalhando de forma destemida."
Policiais militares prenderam em flagrante duas mulheres, de 39 e 45 anos, na tarde de sábado (8), com anotações do tráfico de drogas em Presidente Venceslau. Ambas devem passar por audiência de custódia. Todas as circunstâncias do fato são apuradas.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) diz que "adotou, há algum tempo, todas as providências necessárias ao impedimento de eventuais ações em Presidente Venceslau incluindo a proteção da população local e do efetivo policial empregado na missão. Por determinação da pasta o promotor citado já está sob escolta policial."
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária disse que "combate diuturnamente o crime organizado em parceria com a inteligência das Policias e com o Ministério Público e que estão sendo tomadas todas as providências para a manutenção da segurança dos servidores da Pasta. Mais informações não podem ser fornecidas por questão de segurança. Em relação a prisão, que foi realizada pela Polícia, solicitamos que os questionamentos sejam direcionados à Secretaria de Segurança Pública".
Por Kleber Tomaz, Bruno Tavares e Paula Araújo, G1 SP, TV Globo e GloboNews — São Paulo
Fonte: g1 globo
O material estava com duas mulheres que haviam visitado presos na Penitenciária de Presidente Prudente. Elas foram presas pelas Rondas Ostensivas de Aguiar (Rota) da PM.
Nelas estavam ameaças ao promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco, e a Roberto Medina, coordenador dos presídios da região oeste.
As cartas foram escritas de forma codificada e foram interceptadas com duas mulheres de presos no último sábado (8) em Presidente Venceslau. Nelas constam mensagens de integrantes da facção. Em uma das cartas, os bandidos indicam a rotina do promotor e do coordenador. "A cidade dele é bem maior pra dar balão, depois é mais difícil, mas os irmãos tão nessa pegada."
Um dos trechos da segunda carta, datada de 2 de dezembro, diz: "Os amigos querem informações toda semana para saber se vocês estão chegando com a sintonia com lealdade já demonstrada em outras situações importantes para a família."
A Justiça analisa um pedido do Ministério Público de transferir o chefe da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, e outros membros da facção para um presídio federal.
O G1 apurou que além de Lincoln, que já tinha escolta por conta de ameaças anteriores da facção (e que foi reforçada pela nova ameaças), outro promotor no estado também está com escolta por conta de ameaça do crime organizado por outra facção. Ou seja dois promotores estão sob escolta atualmente no estado.
Cartas interceptadas pelo MP mostram mensagens codificadas — Foto: Reprodução
A Associação Paulista do Ministério Público repudiou as ameaças.
Em nota, a Procuradoria-Geral de Justiça, declarou apoio ao promotor. "Em nome de 2.000 promotores e procuradores de Justiça que atuam diuturnamente em defesa da ordem jurídica em nosso Estado, vem a público manifestar o seu mais irrestrito apoio ao colega Lincoln Gakiya, ameaçado por uma facção criminosa em virtude do cumprimento diligente de suas atribuições", diz a nota.
"Habituados a um mundo em que imperam a violência e a intimidação, esses criminosos desconhecem que tal comportamento não afastará o valoroso promotor e a nossa instituição de uma atuação pautada por um único objetivo: o cumprimento da lei. Lei que, aliás, pode e deve ser mais dura contra aqueles que lideram organizações criminosas. O povo paulista pode estar certo de que, em defesa da sociedade, o Ministério Público de São Paulo continuará trabalhando de forma destemida."
Prisões
Policiais militares prenderam em flagrante duas mulheres, de 39 e 45 anos, na tarde de sábado (8), com anotações do tráfico de drogas em Presidente Venceslau. Ambas devem passar por audiência de custódia. Todas as circunstâncias do fato são apuradas.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) diz que "adotou, há algum tempo, todas as providências necessárias ao impedimento de eventuais ações em Presidente Venceslau incluindo a proteção da população local e do efetivo policial empregado na missão. Por determinação da pasta o promotor citado já está sob escolta policial."
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária disse que "combate diuturnamente o crime organizado em parceria com a inteligência das Policias e com o Ministério Público e que estão sendo tomadas todas as providências para a manutenção da segurança dos servidores da Pasta. Mais informações não podem ser fornecidas por questão de segurança. Em relação a prisão, que foi realizada pela Polícia, solicitamos que os questionamentos sejam direcionados à Secretaria de Segurança Pública".
Por Kleber Tomaz, Bruno Tavares e Paula Araújo, G1 SP, TV Globo e GloboNews — São Paulo
Fonte: g1 globo