goo.gl/qHaf9F | Quando era adolescente, o sonho de Deborah Lourenço não era estudar fora do Brasil. Para ela, a possibilidade nem havia sido considerada.
“Seria como perguntar: quer um dia ir para a lua? Não, nada contra pegar um foguete, mas é muito fora da realidade”, conta ela.
Nascida na zona norte do Rio de Janeiro, ela estudou no Colégio Pedro II, instituto público federal. Depois de passar na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) pelo ProUni, ela entrou em contato com a EducationUSA, organização que ajuda e prepara brasileiros para estudar em universidades americanas.
Mal sabia ela que já estava construindo seu foguete aos 10 anos de idade, quando seu tio patrocinou seu curso de inglês. Após sua morte, ela estudou sozinha até os 14 anos de idade, quando começou a trabalhar como jovem aprendiz e começou a pagar parte das aulas de língua com seu salário, pulando direito ao nível avançado.
Do bairro Quintino, no Rio, ela foi para Northampton, Massachusetts, estudar na Smith College, com a ajuda da orientação que recebeu na EducationUSA em 2006. Anos depois, em 2015, ela conseguiu a bolsa da Lemann Fellowship para realizar seu mestrado em Educação Comparada e Internacional na Universidade de Stanford.
Segundo ela, a falta de conhecimento é uma das principais barreiras para que mais brasileiros e de históricos mais diversos consigam estudar nas melhores universidades do mundo.
Buscando preencher essa lacuna, a Fundação Lemann lança a iniciativa Ponte de Talentos, programa inédito para orientar as candidaturas de até 20 pessoas que desejam cursar mestrado ou doutorado nos Estados Unidos nas áreas de educação, saúde, gestão e políticas públicas em universidades como Harvard, Columbia, Stanford, MIT e Illinois at Urbana-Champaign (UIUC).
Além de oferecer 10 meses de curso de inglês e a orientação educacional, a fundação vai arcar com os custos do processo de candidatura, incluindo materiais de estudo, provas e testes de proficiência, taxas de inscrição e taxas para envio de documentos.
No final do programa, os estudantes selecionados por instituições parceiras da Lemann Fellowship vão poder concorrer às bolsas de estudo.
Segundo Felipe Proto, gerente de projetos da Fundação Lemann, o país possui pessoas talentosas e com vontade de mudança, mas que não conseguem atingir seu potencial por causa de barreiras econômicas.
“Se a pessoa pensar em estudar em Harvard, ela vai gastar de 1 a 3 mil dólares apenas na aplicação, sem nem falar das provas, depois a moradia, a mensalidade do curso, o material de estudo. É uma barreira e, infelizmente, faz com que muitos acreditem que não podem estudar lá fora”, comenta Proto.
Para diminuir desigualdades e promover a inclusão, a seleção vai priorizar candidatos negros, indígenas e de baixa renda. As inscrições acontecem até dia 10 de fevereiro pelo site do Ponte de Talentos.
Para participar, os candidatos precisam ter concluído graduação em qualquer curso. No caso do doutorado, os interessados devem ter concluído o mestrado até dezembro de 2018. É necessário ter o nível intermediário de inglês.
Também é necessário trabalhar com impacto social ou estudar temas relacionados à educação, saúde, economia, arquitetura e urbanismo, jornalismo, gestão e políticas públicas.
Por Luísa Granato
Fonte: Exame
“Seria como perguntar: quer um dia ir para a lua? Não, nada contra pegar um foguete, mas é muito fora da realidade”, conta ela.
Nascida na zona norte do Rio de Janeiro, ela estudou no Colégio Pedro II, instituto público federal. Depois de passar na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) pelo ProUni, ela entrou em contato com a EducationUSA, organização que ajuda e prepara brasileiros para estudar em universidades americanas.
Mal sabia ela que já estava construindo seu foguete aos 10 anos de idade, quando seu tio patrocinou seu curso de inglês. Após sua morte, ela estudou sozinha até os 14 anos de idade, quando começou a trabalhar como jovem aprendiz e começou a pagar parte das aulas de língua com seu salário, pulando direito ao nível avançado.
Do bairro Quintino, no Rio, ela foi para Northampton, Massachusetts, estudar na Smith College, com a ajuda da orientação que recebeu na EducationUSA em 2006. Anos depois, em 2015, ela conseguiu a bolsa da Lemann Fellowship para realizar seu mestrado em Educação Comparada e Internacional na Universidade de Stanford.
Segundo ela, a falta de conhecimento é uma das principais barreiras para que mais brasileiros e de históricos mais diversos consigam estudar nas melhores universidades do mundo.
Buscando preencher essa lacuna, a Fundação Lemann lança a iniciativa Ponte de Talentos, programa inédito para orientar as candidaturas de até 20 pessoas que desejam cursar mestrado ou doutorado nos Estados Unidos nas áreas de educação, saúde, gestão e políticas públicas em universidades como Harvard, Columbia, Stanford, MIT e Illinois at Urbana-Champaign (UIUC).
Além de oferecer 10 meses de curso de inglês e a orientação educacional, a fundação vai arcar com os custos do processo de candidatura, incluindo materiais de estudo, provas e testes de proficiência, taxas de inscrição e taxas para envio de documentos.
No final do programa, os estudantes selecionados por instituições parceiras da Lemann Fellowship vão poder concorrer às bolsas de estudo.
Segundo Felipe Proto, gerente de projetos da Fundação Lemann, o país possui pessoas talentosas e com vontade de mudança, mas que não conseguem atingir seu potencial por causa de barreiras econômicas.
“Se a pessoa pensar em estudar em Harvard, ela vai gastar de 1 a 3 mil dólares apenas na aplicação, sem nem falar das provas, depois a moradia, a mensalidade do curso, o material de estudo. É uma barreira e, infelizmente, faz com que muitos acreditem que não podem estudar lá fora”, comenta Proto.
Para diminuir desigualdades e promover a inclusão, a seleção vai priorizar candidatos negros, indígenas e de baixa renda. As inscrições acontecem até dia 10 de fevereiro pelo site do Ponte de Talentos.
Para participar, os candidatos precisam ter concluído graduação em qualquer curso. No caso do doutorado, os interessados devem ter concluído o mestrado até dezembro de 2018. É necessário ter o nível intermediário de inglês.
Também é necessário trabalhar com impacto social ou estudar temas relacionados à educação, saúde, economia, arquitetura e urbanismo, jornalismo, gestão e políticas públicas.
Por Luísa Granato
Fonte: Exame