goo.gl/3z1wbm | Recentemente o Deputado José Medeiros (Podemos/MT) apresentou um projeto propondo o fim do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, que habilita bacharéis em direito de exercerem a advocacia. Em que pese o mesmo não ser advogado, estranha o fato de tamanha aberração ser proposta por um matemático de formação.
Qualquer cidadão que analise os números do atual cenário da advocacia no Brasil, chegará à conclusão que o fim do exame da ordem, só antecipará o colapso da advocacia, tendo em vista a hiper saturação do mercado (hoje somos mais de 1 milhão de advogados, e deve existir ao menos mais 1 milhão de bacharéis que não passaram na OAB).
São mais de 800.000 alunos matriculados no curso, dentro de um universo de mais de 8 milhões de estudantes no nível superior. Podemos dizer que aproximadamente 10% dos universitários do país hoje se matricularam no curso de Direito, o que é um assombro e revela uma assimetria muito grande entre o que o mercado pode oferecer e o que o ensino superior pretende formar.
Tamanha irresponsabilidade do Deputado, provavelmente não levou em consideração que hoje por conta da saturação do mercado, a média do salário de um advogado no Brasil, é inferior a R$ 3000,00, muito abaixo da média salarial de um advogado nos Estados Unidos, que é de US$ 12,9 mil, ou US$ 154,8 mil por ano, que é a forma com a qual eles geralmente informam seus salários.
O Exame da Ordem, ainda é um dos respiros contra o sistema excludente da própria instituição, que faz com que 93% das empresas brasileiras não consigam manter nos seus quadros um profissional habilitado.
Os dirigentes da OAB tem que imediatamente ter uma atuação incisiva contra o presente projeto, também se faz necessário que os mesmos revejam o modelo atual, que se não for democratizado, permitindo o acesso da população aos serviços advocatícios como é feito com os médicos e dentistas, levará a classe ao colapso.
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*Jorge Calazans é advogado criminalista, sócio do escritório Yamazaki, Calazans e Vieira Dias Advogados, conselheiro estadual da Associação Nacional dos Criminalistas (Anacrim) e diretor-executivo da Plataforma AstreiaJus
Fonte: astreiajus.jusbrasil.com.br
Qualquer cidadão que analise os números do atual cenário da advocacia no Brasil, chegará à conclusão que o fim do exame da ordem, só antecipará o colapso da advocacia, tendo em vista a hiper saturação do mercado (hoje somos mais de 1 milhão de advogados, e deve existir ao menos mais 1 milhão de bacharéis que não passaram na OAB).
São mais de 800.000 alunos matriculados no curso, dentro de um universo de mais de 8 milhões de estudantes no nível superior. Podemos dizer que aproximadamente 10% dos universitários do país hoje se matricularam no curso de Direito, o que é um assombro e revela uma assimetria muito grande entre o que o mercado pode oferecer e o que o ensino superior pretende formar.
Tamanha irresponsabilidade do Deputado, provavelmente não levou em consideração que hoje por conta da saturação do mercado, a média do salário de um advogado no Brasil, é inferior a R$ 3000,00, muito abaixo da média salarial de um advogado nos Estados Unidos, que é de US$ 12,9 mil, ou US$ 154,8 mil por ano, que é a forma com a qual eles geralmente informam seus salários.
O Exame da Ordem, ainda é um dos respiros contra o sistema excludente da própria instituição, que faz com que 93% das empresas brasileiras não consigam manter nos seus quadros um profissional habilitado.
Os dirigentes da OAB tem que imediatamente ter uma atuação incisiva contra o presente projeto, também se faz necessário que os mesmos revejam o modelo atual, que se não for democratizado, permitindo o acesso da população aos serviços advocatícios como é feito com os médicos e dentistas, levará a classe ao colapso.
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*Jorge Calazans é advogado criminalista, sócio do escritório Yamazaki, Calazans e Vieira Dias Advogados, conselheiro estadual da Associação Nacional dos Criminalistas (Anacrim) e diretor-executivo da Plataforma AstreiaJus
Fonte: astreiajus.jusbrasil.com.br