Advogada suspeita de apresentar documentos falsos durante audiência é liberada em Divinópolis

bit.ly/2H1dGXg | A advogada Keila Celia da Silva Gontijo, que foi detida e levada para a Delegacia da Polícia Federal em Divinópolis na manhã desta sexta-feira (3) após uma audiência no Fórum da Justiça do Trabalho, foi liberada após prestar depoimento.

Não foi informado se Keila tem defesa, por isso não foi possível entrar em contato.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Felipe Baeta, ela foi ouvida e liberada pois não estava em estado de flagrante. Keila responderá em liberdade por estelionato e patrocínio infiel, que é descrito no artigo 355 do Código Penal como a traição do dever profissional de um advogado que ao invés de proteger, prejudica quem o contratou.

O caso


Segundo a ata da audiência, a qual o G1 teve acesso na tarde desta sexta, a advogada teria fraudado um documento para o pagamento de uma consignação a um funcionário de uma empresa que havia falecido. Keila seria a advogada desta empresa.

O documento afirma que um então cliente de Keila, de idade não divulgada e responsável pela empresa, foi informado pela advogada de que ela fez um depósito no valor de R$ 3.677,69 dentro da ação e que, por isso, precisava de um reembolso por parte do cliente. Ela também teria enviado um comprovante de pagamento.

Porém, segundo a ata, a advogada depositou apenas R$ 677,69 do valor citado e teria alterado dados na guia que consta no processo. Após o cliente questionar Keila, ela teria afirmado que o juiz da 2ª Vara do Trabalho de Divinópolis, Bruno Alves Rodrigues, teria imposto uma multa à ação.

G1 tentou contato com o juiz para saber se ele deseja se manifestar sobre o caso e aguarda retorno.

A ata afirma que o cliente desconfiou da atitude de Keila, acionou outro advogado e fez registros em cartórios de conversas por aplicativo com a suspeita. Durante a audiência realizada nesta terça-feira (30), Keila foi destituída do caso e conduzida para a Delegacia da Polícia Federal e presa suspeita de fraude.

A reportagem procurou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Divinópolis, Manoel Brandão, que informou que "o fato é um acontecimento isolado e será apurado de acordo com o devido processo legal".

Por G1 Centro-Oeste de Minas
Fonte: g1 globo
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