bit.ly/2MQo1LN | O Ministério da Justiça afirmou, neste sábado, 15, que não confirma a veracidade das mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, que ontem divulgou novos trechos de diálogos atribuídos ao ministro da pasta, Sérgio Moro, e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.
Por meio de nota, o MJ declarou que “não reconhece a autenticidade e não comentará supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa de hackers e que podem ter sido adulteradas e editadas”.
A Pasta reitera “a necessidade de que o suposto material, obtido de maneira criminosa, seja apresentado a autoridade independente para que sua integridade seja certificada.”
De acordo com mensagens divulgadas ontem, o ex-juiz federal pediu aos procuradores em Curitiba (PR) que divulgassem uma nota à imprensa para responder ao que chamou de “showzinho” da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apontar “contradições” do petista, após o depoimento prestado por ele no caso do triplex do Guarujá (SP).
O pedido, de acordo com o site, foi feito por Moro ao então procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima na noite do dia 10 de maio de 2017 – mesmo dia do depoimento prestado por Lula. O vídeo da audiência foi divulgado por decisão do próprio Moro, então magistrado da 13.ª Vara da Justiça Federal no Paraná.
Os supostos diálogos, que envolvem também mensagens do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, mostram que os procuradores acataram a sugestão do atual ministro para tirar o foco de Moro e protegê-lo. Segundo o site, as conversas ocorreram por meio do aplicativo Telegram e foram enviadas por fonte anônima.
Ontem, em nota publicada em rede social, o procurador Carlos Fernando Santos Lima afirmou desconhecer “completamente as mensagens citadas” pelo site. “(...) Acreditando singular que o ‘órgão jornalístico’ volte-se agora contra mim, aparentemente incomodado pelas críticas que tenho feito ao péssimo exemplo de ‘jornalismo’ que produz”, escreveu ele.
Tanto Moro quanto alguns procuradores do MPF, entre eles Dallagnol, relataram à Polícia Federal que seus aparelhos celulares foram invadidos por hackers. O caso está sob investigação da PF. Para os advogados de defesa de Lula, as primeiras mensagens divulgadas pelo site sobre as supostas conversas entre Moro e Dallagnol, no último domingo, mostram “completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva” no julgamento do ex-presidente pelo então juiz federal.
Em entrevista exclusiva publicada ontem pelo Estado, Moro afirmou que o País está diante de “um crime em andamento” promovido por uma organização criminosa profissional e que ele não vai se afastar do cargo. Segundo o ministro, não há riscos de anulação do processo do triplex do Guarujá, que levou à condenação e prisão do ex-presidente Lula.
André Borges, O Estado de S.Paulo
Fonte: Estadão
Por meio de nota, o MJ declarou que “não reconhece a autenticidade e não comentará supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa de hackers e que podem ter sido adulteradas e editadas”.
A Pasta reitera “a necessidade de que o suposto material, obtido de maneira criminosa, seja apresentado a autoridade independente para que sua integridade seja certificada.”
De acordo com mensagens divulgadas ontem, o ex-juiz federal pediu aos procuradores em Curitiba (PR) que divulgassem uma nota à imprensa para responder ao que chamou de “showzinho” da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apontar “contradições” do petista, após o depoimento prestado por ele no caso do triplex do Guarujá (SP).
O pedido, de acordo com o site, foi feito por Moro ao então procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima na noite do dia 10 de maio de 2017 – mesmo dia do depoimento prestado por Lula. O vídeo da audiência foi divulgado por decisão do próprio Moro, então magistrado da 13.ª Vara da Justiça Federal no Paraná.
Os supostos diálogos, que envolvem também mensagens do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, mostram que os procuradores acataram a sugestão do atual ministro para tirar o foco de Moro e protegê-lo. Segundo o site, as conversas ocorreram por meio do aplicativo Telegram e foram enviadas por fonte anônima.
Ontem, em nota publicada em rede social, o procurador Carlos Fernando Santos Lima afirmou desconhecer “completamente as mensagens citadas” pelo site. “(...) Acreditando singular que o ‘órgão jornalístico’ volte-se agora contra mim, aparentemente incomodado pelas críticas que tenho feito ao péssimo exemplo de ‘jornalismo’ que produz”, escreveu ele.
Tanto Moro quanto alguns procuradores do MPF, entre eles Dallagnol, relataram à Polícia Federal que seus aparelhos celulares foram invadidos por hackers. O caso está sob investigação da PF. Para os advogados de defesa de Lula, as primeiras mensagens divulgadas pelo site sobre as supostas conversas entre Moro e Dallagnol, no último domingo, mostram “completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva” no julgamento do ex-presidente pelo então juiz federal.
Em entrevista exclusiva publicada ontem pelo Estado, Moro afirmou que o País está diante de “um crime em andamento” promovido por uma organização criminosa profissional e que ele não vai se afastar do cargo. Segundo o ministro, não há riscos de anulação do processo do triplex do Guarujá, que levou à condenação e prisão do ex-presidente Lula.
André Borges, O Estado de S.Paulo
Fonte: Estadão