bit.ly/2XrTJzz | Desempregado desde 1º de janeiro, o advogado Wítalo de Souza Cruz, 26 anos, encontrou uma forma de chamar atenção de uma grande quantidade de pessoas e, talvez, de alguém que pudesse oferecê-lo uma oportunidade de trabalho. Ele ocupava um cargo comissionado no Governo do Distrito Federal (GDF) e foi exonerado após o “decretão” publicado no início do ano, com a troca de gestão no Palácio do Buriti.
Na terça-feira (04/06/2019), ele passou a tarde segurando uma faixa no começo da W3 Norte, em frente ao Brasília Shopping, em um dos locais mais movimentados da cidade. A estratégia deu certo, e Wítalo está com entrevistas marcadas entre esta quarta e a sexta-feira (07/06/2019).
“Meu plano era voltar nesta quarta-feira (05/06/2019) e ficar lá na frente de novo, segurando a faixa. Mas recebi tantas ligações que, entre quarta e sexta, vou passar pelas entrevistas. A maioria das vagas era para a minha área, no jurídico, mas também vou passar por seleções na área administrativa”, disse o advogado ao Metrópoles.
Wítalo conta que teve receio de expor a situação na rua, com medo da reação dos colegas de classe. “Para a minha surpresa, isso repercutiu demais. Recebi mensagens de apoio de vários advogados, não só do Distrito Federal, como de diversos estados do Brasil. Eu não tinha noção do alcance que essa atitude teria, pensei que fosse ficar mais localizado, só aqui no DF mesmo.”
Natural do Piauí, o jovem veio sozinho a Brasília para estudar e hoje mora no Recanto das Emas. Nos primeiros anos na capital, dependia dos pais para arcar com os estudos, mas logo conseguiu contribuir com o salário de estagiário.
Formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) antes mesmo de terminar a faculdade, o jovem, de 26 anos, estagiou no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), na Defensoria Pública da União (DPU), na Câmara dos Deputados e no Conselho Federal de Medicina (CFM).
No último estágio, conseguiu a indicação para o seu primeiro emprego no ramo jurídico, em um escritório que defende sociedades médicas. Depois, foi trabalhar no GDF.
“Mas quando eu fui exonerado, a situação foi apertando, ficando difícil… Estava indo a empresas, mesmo fora da área jurídica, mas só uma ou outra respondia. As dívidas foram se acumulando e eu pensei em alguma coisa que me desse retorno: aí me veio a ideia na cabeça”, afirmou Wítalo, sobre a exposição da faixa.
Após passar horas em pé na W3 Norte, de paletó e gravata, ele espera voltar a atuar em algum escritório rapidamente. De preferência, sem precisar de protetor contra o sol forte deste período de seca.
Fernando Caixeta
fernando.caixeta@metropoles.com
Fonte: www.metropoles.com
Na terça-feira (04/06/2019), ele passou a tarde segurando uma faixa no começo da W3 Norte, em frente ao Brasília Shopping, em um dos locais mais movimentados da cidade. A estratégia deu certo, e Wítalo está com entrevistas marcadas entre esta quarta e a sexta-feira (07/06/2019).
“Meu plano era voltar nesta quarta-feira (05/06/2019) e ficar lá na frente de novo, segurando a faixa. Mas recebi tantas ligações que, entre quarta e sexta, vou passar pelas entrevistas. A maioria das vagas era para a minha área, no jurídico, mas também vou passar por seleções na área administrativa”, disse o advogado ao Metrópoles.
Wítalo conta que teve receio de expor a situação na rua, com medo da reação dos colegas de classe. “Para a minha surpresa, isso repercutiu demais. Recebi mensagens de apoio de vários advogados, não só do Distrito Federal, como de diversos estados do Brasil. Eu não tinha noção do alcance que essa atitude teria, pensei que fosse ficar mais localizado, só aqui no DF mesmo.”
Natural do Piauí, o jovem veio sozinho a Brasília para estudar e hoje mora no Recanto das Emas. Nos primeiros anos na capital, dependia dos pais para arcar com os estudos, mas logo conseguiu contribuir com o salário de estagiário.
Formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) antes mesmo de terminar a faculdade, o jovem, de 26 anos, estagiou no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), na Defensoria Pública da União (DPU), na Câmara dos Deputados e no Conselho Federal de Medicina (CFM).
No último estágio, conseguiu a indicação para o seu primeiro emprego no ramo jurídico, em um escritório que defende sociedades médicas. Depois, foi trabalhar no GDF.
“Mas quando eu fui exonerado, a situação foi apertando, ficando difícil… Estava indo a empresas, mesmo fora da área jurídica, mas só uma ou outra respondia. As dívidas foram se acumulando e eu pensei em alguma coisa que me desse retorno: aí me veio a ideia na cabeça”, afirmou Wítalo, sobre a exposição da faixa.
Após passar horas em pé na W3 Norte, de paletó e gravata, ele espera voltar a atuar em algum escritório rapidamente. De preferência, sem precisar de protetor contra o sol forte deste período de seca.
Fernando Caixeta
fernando.caixeta@metropoles.com
Fonte: www.metropoles.com