bit.ly/2XoZmCD | O desembargador Lidivaldo Reaiche, presidente da Comissão de Igualdade, Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) pediu perdão, em nome do Judiciário, a Ialorixá Carmen Oliveira da Silva, conhecida como Mãe Carmen do Gantois, pelas diversas situações de intolerância religiosa ocorridas nos séculos passados. O pedido de perdão foi feito durante a entrega da Medalha de 410 anos do TJ-BA a Ialorixá, ocorrido na tarde da última sexta-feira (28).
De acordo com o desembargador, que liderou a equipe de comemoração do aniversário do TJ-BA, foram identificadas sentenças “injustas e cruéis” no Arquivo Público da Bahia, contra pessoas que praticavam religiões de matriz africana. “Vários sacerdotes eram presos e as penas, inclusive, eram de 500 chibatadas”, destacou. Lidivaldo Reaiche ainda conta que, em uma sentença, foi registrado que a execução da pena de chibatadas teve que ser interrompida, pois a mulher não iria sobreviver. Para ele, ao longo dos séculos, houve uma “conivência” das autoridades e também do Tribunal de Justiça da Bahia com a violência a sacerdotes e praticantes de religiões como Candomblé. “No momento em que o tribunal comemora 410 anos, é um momento para reflexão sobre sua caminhada. Claro que, como qualquer instituição, é uma caminhada de sombras e luzes. Nós temos que reconhecer que, em relação às religiões de matriz africana, houve omissão e houve injustiça”, avaliou.
Ao ser homenageada, Mãe Carmen afirmou não ter palavras para descrever o momento. “Mostra que o mundo está melhorando, que os negros estão sendo vistos, e isso é uma honra para o candomblé, para as pessoas negras. Estamos super agradecidos, pedindo a todos os Orixás para que isso seja eterno e tenhamos vitória, harmonia e sejamos amigos para sempre. Jamais imaginaria isso na minha vida. A satisfação que temos é indescritível”, declarou. Lidivaldo, durante a entrega da comenda, afirmou que este é um momento de reflexão importante para reconhecer a omissão da Justiça em diversos momentos da história e os avanços conquistados atualmente pelo Tribunal de Justiça.
Ainda na solenidade, foram entoados ritmos e toques de Xangô, Oxóssi, Oxum, Oxalufan e Oxaguian, pelos alabês, chefes dos tocadores de ilú (atabaque). Os Filhos de Santo da Casa dançaram em agradecimento. Ao final, foram ofertadas as contas de Xangô e Oxalá, respectivos Senhores da Justiça e da Paz, aos visitantes. Desde março, o TJ-BA vem entregando a Medalha dos 410 anos a personalidades que se destacam pelos serviços prestados à sociedade.
Fonte: www.bahianoticias.com.br
De acordo com o desembargador, que liderou a equipe de comemoração do aniversário do TJ-BA, foram identificadas sentenças “injustas e cruéis” no Arquivo Público da Bahia, contra pessoas que praticavam religiões de matriz africana. “Vários sacerdotes eram presos e as penas, inclusive, eram de 500 chibatadas”, destacou. Lidivaldo Reaiche ainda conta que, em uma sentença, foi registrado que a execução da pena de chibatadas teve que ser interrompida, pois a mulher não iria sobreviver. Para ele, ao longo dos séculos, houve uma “conivência” das autoridades e também do Tribunal de Justiça da Bahia com a violência a sacerdotes e praticantes de religiões como Candomblé. “No momento em que o tribunal comemora 410 anos, é um momento para reflexão sobre sua caminhada. Claro que, como qualquer instituição, é uma caminhada de sombras e luzes. Nós temos que reconhecer que, em relação às religiões de matriz africana, houve omissão e houve injustiça”, avaliou.
Ao ser homenageada, Mãe Carmen afirmou não ter palavras para descrever o momento. “Mostra que o mundo está melhorando, que os negros estão sendo vistos, e isso é uma honra para o candomblé, para as pessoas negras. Estamos super agradecidos, pedindo a todos os Orixás para que isso seja eterno e tenhamos vitória, harmonia e sejamos amigos para sempre. Jamais imaginaria isso na minha vida. A satisfação que temos é indescritível”, declarou. Lidivaldo, durante a entrega da comenda, afirmou que este é um momento de reflexão importante para reconhecer a omissão da Justiça em diversos momentos da história e os avanços conquistados atualmente pelo Tribunal de Justiça.
Ainda na solenidade, foram entoados ritmos e toques de Xangô, Oxóssi, Oxum, Oxalufan e Oxaguian, pelos alabês, chefes dos tocadores de ilú (atabaque). Os Filhos de Santo da Casa dançaram em agradecimento. Ao final, foram ofertadas as contas de Xangô e Oxalá, respectivos Senhores da Justiça e da Paz, aos visitantes. Desde março, o TJ-BA vem entregando a Medalha dos 410 anos a personalidades que se destacam pelos serviços prestados à sociedade.
Fonte: www.bahianoticias.com.br