Portador de esclerose múltipla, doença do sistema nervoso que ainda não tem cura, o adolescente de Iracema se prepara para entrar em uma nova etapa da vida.
INCENTIVO AOS ESTUDOS
"Desde pequenos, meus pais tiveram que trabalhar, seja limpando residências – no caso da minha mãe – ou trabalhando na roça – no caso do meu pai. Ela chegou a completar o 5° ano, e ele não chegou a entrar na escola. Até hoje, ambos se esforçam ao máximo para dar o maior apoio tanto a mim quanto aos meus dois irmãos, para que nós consigamos concluir nossos estudos e ter uma profissão estabelecida", conta.
Ele será o segundo do núcleo familiar a cursar o ensino superior. O irmão mais velho, de 20 anos, já cursa Licenciatura em Matemática na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).
AJUDAR AS PESSOAS
Quanto a escolha de seguir na Medicina, Davi Magalhães relata que considerou a possibilidade de proporcionar melhor qualidade de vida à família como também a aptidão que tem pelo ato de servir.
O adolescente fala que sempre gostou de ajudar as pessoas da maneira que conseguisse. Por exemplo, explicando um conteúdo aos colegas de sala de aula.
TRABALHAR NA CIDADE ONDE NASCEU
"Na profissão, acredito, irei assistir a muitas outras pessoas. Quero ajudá-las, assim como fui ajudado quando necessitei, e ainda necessito. Além disso, escolhi Medicina por oferecer um baita conhecimento ao longo da faculdade", explica.
Ele faz planos para quando concluir a formação, que será realizada no campus de Fortaleza. "Quero trabalhar na minha cidade, pois acredito que no interior existe muita carência deste tipo de serviço. Pretendo ajudar nesta causa", pontua.
Fonte: Diário do Nordeste