Para Marcílio Guedes Drummond, @advogadodestartups, advogado de 31 anos, conhecido como “Advogado de Startups”, este é um imaginário ultrapassado e mais que equivocado.
Na visão de Marcílio, o maior erro atual dos advogados é “focar em supostos status ou posições de prestígio, como cargos na OAB e Coordenação de Pós-Graduações”. Segundo ele estas atividades não trazem remunerações relevantes e nem grandes resultados para o crescimento da Advocacia, “servindo apenas para alimentar o ego”.
O advogado tem conhecimento de causa, pois já vivenciou diversos modelos de negócios de Advocacia, entre eles como Sócio Nacional de uma das maiores bancas do país — com faturamento mensal multimilionário —, além de diversos convites para coordenar pós-graduações e treinamentos. “Eu escolhi pela liberdade em viver, há um bom tempo, uma advocacia 100% digital, focada nos negócios típicos do digital — as startups —, ao mesmo tempo em que criei minha própria Startup de educação jurídica inovadora”, diz. Ele está falando da Advogado de Startups Academy, uma das maiores escolas de inovação jurídica do país.
Marcílio explica que é um grande crítico do imaginário de sucesso antigo replicado no meio jurídico, por ele chamado de “analógico ou pré-digital”, típico do período anterior à democratização da internet.
O advogado afirma que com o crescimento da internet surgiram novos modelos de negócios, típicos da Era Digital, que são as Startups. “Muita gente pensa que as Startups são algo distante, de fora do Brasil, ou existentes apenas em grandes capitais brasileiras, porém isto não é verdade”, afirma. E continua: “Tudo que faz sucesso no Digital é uma Startup: infoprodutores, youtubers, streamers, podcasters — por exemplo, o Flow Podcast —, blogueiros, escritórios de Advocacia 100% Virtuais, e-commerce, negócios tradicionais digitalmente transformados, bem como os negócios tecnológicos”. Ele explica que para definir uma organização como startup usa conceitos organizacionais, não apenas o que é restritamente definido no Marco Legal das Startups pois “a mudança organizacional é mais profunda”, diz.
Marcílio afirma que no mundo atual temos cada vez menos tempo e mais informações, por isso, não é inteligente se dedicar às atividades que não trazem resultados reais e mensuráveis. Para ele, os juristas precisam, no mínimo, de mapear seus processos de trabalho para entender onde podem ser mais ágeis e implementar tecnologia, além de aprofundar nas dores dos clientes para resolver necessidades ocultas. “Os serviços devem vir a partir das necessidades dos clientes, ou seja, é do cliente para o advogado e não o contrário, como é feito hoje, que é o advogado aprender uma nova competência e depois tentar vender isso para alguma pessoa”, afirma.
Na visão do advogado, é preciso inovar pelo menos na cultura, nos modelos de negócios do direito e no uso de tecnologia: “Isso é Transformação Digital Jurídica”, explica. Marcílio afirma que na nova cultura dos escritórios de advocacia são necessários elementos como:
• menos hierarquia e maior autonomia dos colaboradores;
• velocidade na tomada de decisão;
• liberdade regendo as atividades desenvolvidas pelas equipes;
• valorização do profissional;
• liderança criativa;
• não ter medo de errar;
• incentivo a criatividade;
• ambiente de trabalho descontraído;
• propósito em resolver problemas dos clientes;
• foco em promover experiências;
• mais transparência;
• incentivo às relações interpessoais;
• atitude mais importante do que título técnico;
Marcílio Drummond explica que o Direito precisa se adaptar à Nova Economia, surgida com o crescimento do Digital, com o aprofundamento em Legal Design, Visual Law, LGPD, Direito Digital, Marketing Jurídico e Novas Profissões Jurídicas. “É preciso entender que todas essas inovações no Direito estão relacionadas às Startups. Foram elas que criaram o Digital e as redes sociais, ou seja, não existe, por exemplo, Marketing Jurídico efetivo sem um conhecimento aprofundado em Startups”.
É por tudo isso que o advogado diz que “o jogo mudou, ao invés de perder tempo e dinheiro com atividades para o ego, é preciso utilizar estes recursos para focar em resultados concretos, por meio de um pensamento centrado no cliente, com o uso dos dados como base para construir produtos e serviços (Cultura Data Driven) e entregas de soluções por meio de novos modelos de negócios”. Segundo ele, quem faz isso não enfrenta um mercado saturado, justamente porque ao inovar torna-se um profissional de mais raridade, sendo assim mais bem remunerado.
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