A investigação apura um esquema de cobrança de propina para encerrar processos disciplinares em tramitação no Tribunal de Ética da Ordem.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da OAB-SP para comentar o assunto, enviando um e-mail às 7h47, e aguarda um posicionamento. O órgão não havia se posicionado até a última atualização desta reportagem.
A ação é um desdobramento da Operação Biltre, feita em 17 de novembro de 2020 também na OAB-SP.
Seis mandados mandados de busca e apreensão são cumpridos nas cidades de: São Paulo, Santana de Parnaíba (Grande São Paulo) e Jundiaí (interior paulista). Dois dos envolvidos foram afastados de suas funções na Ordem dos Advogados do Brasil.
Os investigados são suspeitos de cometer crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, tráfico de influência, advocacia administrativa, e associação criminosa. Caso sejam condenados, as penas podem alcançar 12 anos de prisão.
Operação
Segundo a PF, a investigação teve início em setembro de 2020, após o recebimento da denúncia de um advogado, informando ter sido vítima de um grupo composto por um empresário e dois advogados, sendo um deles, à época, membro do Conselho Seccional da OAB em São Paulo.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, os investigadores identificaram um grupo que solicitava contrapartida financeira para atuar junto ao Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP e encerrar processos disciplinares em tramitação naquele Tribunal, bem como retirá-los de pauta.
Fonte: G1