O g1 pediu um posicionamento à Polícia Federal em Brasília, onde o policial era lotado, nesta quinta-feira, e aguarda resposta.
O delegado Adriano Jaime, que investiga o caso, disse que o morador foi preso por posse irregular de arma de fogo, mas pagou fiança e aguarda a investigação em liberdade.
Lucas Soares Dantas Valença, conhecido como 'hipster da Federal' morreu em Buritinópolis Goiás — Foto: Reprodução/InstagramComo aconteceu
Familiares e amigos relataram à Polícia Militar que o policial se encontrava em surto psicótico desde o dia anterior, conforme o boletim de ocorrência. Lucas Valença teria gritado do lado de fora dizendo que "havia um demônio" na residência, antes da invasão.
No interior da casa estavam o dono, a esposa e a filha do casal de 3 anos. O morador contou à polícia que ouviu barulhos de gente em volta da sua residência e uma gritaria com diversos xingamentos. Foi quando a vítima desligou o disjuntor de energia que fica fora da casa e arrombou a porta da sala.
Espingarda usada por morador para atirar no policial federal Lucas Valença, em Buritinópolis, Goiás — Foto: Reprodução/Polícia MilitarDiante da escuridão e com medo, o morador atirou no policial com uma espingarda. A bala atingiu a barriga, segundo a ocorrência. Ele alegou à polícia que agiu em legítima defesa.
Porta da casa arrombada e disjuntor de energia que foi desligado pelo 'Hipster da Federal' em Buritinópolis, Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Civil"Como as circunstâncias do fato indicam que o autor agiu em legítima defesa, estava dentro da sua casa e defendendo a família, optamos por continuar as investigações somente por meio de inquérito", esclareceu o delegado.
O dono da casa relatou que atirou em direção do invasor, mas que até então não sabia quem era. Após religar o disjuntor de energia, ele viu a vítima baleada e chamou a polícia e a ambulância.
Ainda segundo a ocorrência, a ambulância chegou a ir ao local, mas o policial já estava morto.
O Instituto de Criminalística da Polícia Civil esteve na chácara para fazer a perícia da cena do crime. O Instituto Médico Legal (IML) de Posse recolheu o corpo para fazer o exame cadavérico, que vai apontar as causas da morte.
Fonte: g1 Goiás