A juíza da Vara Cível de Planaltina, Josélia Lehner Freitas Fajardo, entendeu que o YouTube “está sendo usado para distorcer os fatos, difamar os autores, além de manchar sua honra e reputação”.
Segundo a decisão publicada na terça-feira (12/4), o site tem 24h para promover a imediata indisponibilização dos canais falsos e dos vídeos que tenham “conteúdo ofensivo, difamante, ultrajante à honra, imagem e vida privada do casal”. A juíza fixou em R$ 10 mil a multa em caso de descumprimento.
"A parte autora demonstrou que vários canais na plataforma YouTube, mantida pela parte ré, utilizam perfis com nomes semelhantes aos nomes das partes, os quais utilizam os nomes dos autores, com o fim de propagar notícias falsas e distorcidas sobre um fato ocorrido com a autora e noticiado em vários jornais”, escreveu a magistrada.
Entenda
Eduardo Alves de Sousa, 31 anos, agrediu Givaldo Alves em 9 de março de 2022, após vê-lo tendo relações sexuais com a esposa em Planaltina (DF).
Os médicos responsáveis pelo tratamento da mulher de 33 anos afirmaram que a paciente sofre de “transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica”.
O Metrópoles teve acesso ao laudo médico assinado em 15 de março por um psiquiatra do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Entre as características apresentadas pela mulher, o terapeuta aponta “alucinações auditivas, delírios grandiosos e de temática religiosa, hipertimia, falso reconhecimento, comportamentos desorganizados e, por vezes, inadequados”.
O documento cita exemplos de quais seriam os tais comportamentos impróprios da paciente. São eles: “Gastos excessivos, doação de seus pertences, resistência em se vestir e hiperreligiosidade”.
Fonte: metropoles.com