Essas perguntas são comuns, pois as pessoas esperam do advogado um trabalho que traz um resultado favorável. Isto é, uma previsibilidade e segurança da sua causa.
Contudo, é importante ressaltar que nenhum advogado pode garantir êxito nas ações judiciais. O próprio Código de Ética e Disciplina da OAB estabelece essa proibição aos advogados, porque nenhum resultado pode ser afirmado como favorável ao cliente.
Até porque toda ação judicial envolve riscos, portanto, nenhuma apresenta 100% de certeza de causa ganha. Então, como saber se uma ação judicial terá ou não resultado favorável?
Para isso, existem três variáveis que podem indicar se uma ação judicial tem chances de vencer ou não. Para entender todos os detalhes, assista ao vídeo e continue a leitura a seguir.
Qual a chance de ganhar uma ação judicial em concurso público?
Existem 3 variáveis que podem aumentar a probabilidade de ganhar uma ação judicial em concurso público. Veja agora os detalhes:
1. Jurisprudência
A Jurisprudência dos Tribunais Superiores e do Tribunal do respectivo Estado que você está prestando o concurso é o primeiro quesito. Acompanhar essa variável pode fornecer informações importantes sobre os riscos de aumentar ou diminuir o sucesso da ação judicial.
Mas o que consiste em acompanhar essa jurisprudência? Basta identificar se nos Tribunais existem vários entendimentos favoráveis em situações similares ao seu direito. Se houver, isso aumenta a sua probabilidade de ganhar a causa.
2. Decisões judiciais
A segunda variável diz respeito às decisões judiciais favoráveis proferidas pelo Poder Judiciário nas primeiras instâncias, as quais se enquadram na mesma situação fático-jurídica que você.
Caso você encontre essas decisões em casos semelhantes ao seu, a possibilidade de sua ação judicial dar certo aumenta de forma significativa.
3. Advogado especialista
Por fim, a terceira variável que aumenta as chances de sua ação judicial receber decisão favorável é a contratação de um advogado especialista em concursos. Mas por que não pode ser qualquer advogado?
Porque, ao contratar um advogado generalista, o risco de dar errado fica maior, pois pode acontecer do advogado proceder de uma forma vaga.
Ao considerar a especialidade deste profissional na área que você precisa, a probabilidade de êxito cresce.
Até porque o advogado especialista está acostumado com as questões e possui mais experiências que poderão ser de grande relevância na estratégia processual e jurídica da sua ação judicial.
Sem dúvidas, esses três fatores colaboram para o alcance e a garantia dos seus direitos nos concursos públicos.
8 principais direitos dos candidatos nos concursos públicos
Quando entrar com uma ação judicial em concurso público?
O momento para recorrer à Justiça é aquele em que você se sente lesado. Há diversas situações em que candidatos enfrentam problemas, tais como:
• Reprovações nas fases internas do concurso público, como prova objetiva, discursiva, Teste de Aptidão Física, Teste Psicotécnico, Avaliação Médica, Investigação Social, dentre outras;
• Impedimento de nomeação e posse de cargos públicos devido a erros e ilegalidades da administração pública.
Diante dessas questões, é necessário recorrer a um especialista. O profissional é responsável por analisar a possibilidade de entrar com uma ação, seja Mandado de Segurança ou Ação Ordinária.
É importante destacar que existe um prazo limite para que o candidato entre com uma ação, e essa data vai além do vencimento do concurso. Quando se trata de uma Ação Ordinária, você tem 5 anos para recorrer à Justiça após o vencimento do concurso.
Já em relação ao Mandado de Segurança, o prazo é menor: 120 dias corridos após o fim da validade do certame. Portanto, é imprescindível que você fique atento às possibilidades e aos prazos para fazer valer os seus direitos.
Entrar com ação judicial ou recurso administrativo?
Em geral, a melhor saída para esse problema é tentar pela via administrativa enquanto houver possibilidade de recursos. Ou seja, fazer todos os recursos possíveis dentro do que a banca responsável disponibiliza no edital do certame.
O recurso administrativo é aquele que vai diretamente para a banca examinadora responsável por aquela fase do concurso em que você se encontra. Por isso, em caso de algum prejuízo de forma injusta ou ilegal, o recurso administrativo deve ser a primeira opção para recorrer.
Vale lembrar que a banca tem a total responsabilidade de analisar o recurso conforme a fase em que você se encontra. Ou seja, para cada uma das fases de prova objetiva, avaliação de títulos, Teste de Aptidão Física e exame psicotécnico, existe uma forma definida de recurso administrativo.
Contudo, em outras situações e certames que exigem informações oriundas de investigação social, a própria polícia (Civil, Militar ou Federal) se enquadra como responsável pelo processo.
Vale lembrar que o edital deve deixar bem explícito quem será a competência da análise do recurso administrativo daquela fase do concurso.
Portanto, esse é o primeiro ponto de abordagem no momento de realizar a escolha: a recomendação é entrar com recurso administrativo antes de utilizar as vias judiciais, uma vez que existe, sim, a possibilidade de reverter algo pelas vias administrativas.
Além disso, a possibilidade de alcançar um resultado mais rápido se dá também pelos recursos.
Recorrer em outras fases do certame
Em geral, nas fases internas o candidato também pode entrar diretamente com o recurso administrativo para questionar os resultados de cada etapa do concurso, como, por exemplo, no requerimento de anulação de questões da prova objetiva.
Em contrapartida, na etapa de prova discursiva, ainda é possível requerer uma retificação da nota, caso seja benéfico.
Quando isso acontece, algumas pessoas têm medo de que, no momento de entrar com um recurso, já tendo uma nota boa, a banca possa decidir reduzir a pontuação, mas fique tranquilo, pois isso não acontece.
Na prova do teste físico também há possibilidade da intervenção através do recurso administrativo, no entanto, é muito difícil haver resultado positivo neste caso, pois a comissão avaliadora segue à risca o que está no edital.
Em geral, essas situações só conseguem ser revertidas por vias judiciais, que permitem o julgamento de causas mais elaboradas.
Em seguida, temos mais uma fase possível de entrar com o recurso administrativo, que é a avaliação médica. Nesse caso, se você for reprovado nos exames admissionais, é possível anexar ao recurso os laudos médicos particulares que comprovem a sua aptidão física para assumir o cargo.
Na parte referente à investigação social, que analisa a sua vida pregressa, ou seja, os antecedentes criminais do candidato que possam impedi-lo de ingressar na vida pública, dificilmente é possível reverter o resultado por meio de recurso administrativo, somente judicial.
Isso porque esse é um encargo das polícias, órgão no qual geralmente há poucos erros vistos em primeira mão.
Sendo assim, fica concluído que cada etapa deve ser analisada para saber se realmente vale a pena, ou não, entrar com um recurso administrativo ou partir direto para a ação judicial.
Você pode conferir mais detalhes sobre o tema no vídeo abaixo. Veja e não se esqueça de comentar em seguida.
Agnaldo Bastos, advogado especialista em ajudar candidatos de concursos públicos que sofrem injustiças e, também, servidores públicos perante atos ilegais praticados pela Administração Pública, atuando em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e em Ações de Ato de Improbidade Administrativa.
Fonte: concursos.adv.br