Advogados de jovem espancado pedem que caso seja tratado como tentativa de homicídio

Via @portalr7 | Os advogados que representam o adolescente de 14 anos espancado no Distrito Federal pelo vizinho pediram à Justiça, nesta segunda-feira (2), que o caso seja tratado como tentativa de homicídio. A ação protocolada pelo Ministério Público aponta os crimes de lesão corporal leve, injúria e ameaça. 

Os defensores solicitaram ainda que a Delegacia da Criança e do Adolescente seja indicada para a realização de mais diligências no âmbito da investigação. Atualmente, a apuração é conduzida pela 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante). Mas os advogados consideraram que a investigação foi insuficiente e, por isso, querem que a ocorrência seja encaminhada à DCA.

Os advogados afirmam que o laudo do IML, produzido quando o menino foi agredido, não pode ser considerado conclusivo, pois poderiam aparecer lesões posteriores ao exame em órgãos na região do abdômen. Por isso, querem que novos exames sejam realizados para respaldar a investigação, como consultas com médico neurologista, psiquiatra e psicólogo; e exames de imagem que confirmam as dimensões das lesões.

"Cabe ressaltar que a vítima teve sua versão dos fatos colhida momentos depois de ter sofrido violentos golpes em sua cabeça, rosto, e outras partes do corpo, tendo claramente seu discernimento e compreensão dos fatos abalados por tamanha violência", acrescentam.

O caso

A agressão ocorreu no dia 23 de abril em uma quadra de esportes no Núcleo Bandeirante e foi filmada por testemunhas (assista abaixo). O agressor relatou que naquele dia tinha saído para caminhar e passou pelo local, perto da casa de ambos, onde o jovem jogava bola com amigos. Durante a partida, ele entrou na quadra e desferiu um soco no adolescente, que caiu no chão. Em seguida, passou a chutá-lo.

A irritação de Victor de Sales com o menino teria começado porque ele assoviava no portão para chamar a atenção da mãe. Sem a cópia da chave, era assim que ele conseguia entrar em casa. Mas o barulho incomodava o vizinho. As autoridades apuram a conduta dele no âmbito da queixa de agressão, e, por ora, o caso é investigado como lesão corporal, injúria e ameaça contra o jovem.

Em depoimento à Polícia Civil, Victor de Sales Batista, investigado pela agressão, admitiu ter espancado o menino, mas afirmou estar arrependido do ato. Aos agentes, o suspeito contou que perdeu o emprego devido ao caso. Victor disse ainda que havia um ano vinha tendo desentendimentos com o garoto. Afirmou que já foi ameaçado de morte pelo menino e que já chegaram a jogar ovos na casa dele. Além disso, tomaria remédios para tratar um quadro de depressão e ansiedade.

Medida protetiva

Os advogados do jovem ainda pediram uma medida protetiva de urgência, pois temiam novos ataques, já que ele e a família vivem perto do agressor. No entanto, a juíza de plantão durante o fim de semana, Maria Rita Teizen, negou o pedido de urgência e afirmou que o caso deveria ser analisado pelo juiz original do caso. 

"O fato de o autor das agressões, Victor de Sales Batista, ter se apresentado/sido apresentado à delegacia e tomado ciência dos fatos, por si só, não demonstra que realizará novos fatos em desfavor do menor, uma vez que já se passaram três dias desta ciência", escreveu.

Fonte: r7

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