Josef Schuetz foi condenado por ser cúmplice de assassinatos enquanto era guarda no campo de concentração de Sachsenhausen, ao norte de Berlim, entre 1942 e 1945.
Segundo os promotores do caso, o aposentado teria participado do assassinato de mais de 3,5 mil prisioneiros do campo. Eles pediram cinco anos de prisão como punição ao homem.
Apesar de afirmar em julgamento que trabalhou como lavrador durante o período em que é investigado por participar de crimes nazistas, o tribunal concluiu que Josef além de atuar como guarda no local ainda era membro da organização Schutzstaffel (SS), grupo paramilitar ligado ao Partido Nazista que foi responsável pela maior parte de mortes durante o Holocausto.
Segundo o juiz do caso, Udo Lechtermann, o homem “apoiou voluntariamente o extermínio em massa” durante o Holocausto, e aceitou o pedido da promotoria.
Ainda que tenha sido condenado, é bastante improvável que Josef Schuetz vá para a prisão devido a sua idade.
O veredicto desta terça é baseado em uma decisão recente da Alemanha, que abre caminho para punir qualquer pessoa que tenha ajudado um campo nazista funcionar.
O terror de Sachsenhausen
Durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 200 mil prisioneiros passaram pelo campo de concentração de Sachsenhausen. Entre os detidos, judeus, opositores do regime nazista e homossexuais conviveram com as condições cruéis do local. Milhares de pessoas detidas acabaram morrendo de fome, por doenças e outras causas, como torturas.
Fonte: metropoles.com