O caso aconteceu em 11 de dezembro de 1989. Diniz foi sequestrado no Jardim Europa, em São Paulo, e ficou seis dias mantido em um cativeiro no bairro do Jabaquara, na zona sul da capital paulista. Entre os sequestradores, cinco eram chilenos, dois eram canadenses, dois eram argentinos e um era brasileiro. O grupo chegou a ser condenado e as penas variavam de 26 a 28 anos de prisão.
Segundo Lula, ele alertou FHC que os sequestradores tinham iniciado uma greve de fome e pediu que o ex-presidente os libertasse para evitar que morressem por causa disso. "Eles iam entrar em greve seca, que é ficar sem comer e sem beber, e aí é morte certa. Aí, eu então fui procurar o ministro da Justiça, Renan Calheiros, que depois de uma longa conversa me disse para falar com o presidente Fernando Henrique Cardoso, porque ele teria toda disposição de mandar soltar o pessoal", detalhou Lula, em um evento em Maceió.
"Eu disse: 'Fernando, você tem a chance de passar para história como um democrata ou como o presidente que permitiu que dez jovens que cometeram um erro morressem na cadeia, e isso não vai (se) apagar nunca'", acrescentou o petista. Segundo ele, FHC teria dito que concordava com a libertação dos presos desde que eles parassem com a greve de fome.
"E eu fui na cadeia no dia 31 de dezembro conversar com os meninos e falar: ‘Olha, vocês vão ter de dar a palavra para mim, vocês vão ter de garantir pra mim, que vão acabar com a greve de fome agora, e vocês serão soltos. Eles respeitaram a proposta, pararam a greve de fome e foram soltos. E eu não sei onde eles estão agora", completou Lula.
Fonte: noticias.r7.com