O Centro de Estudos e Pesquisas no Ensino do Direito da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) realizou uma roda de conversa sobre o assunto na última sexta-feira (26). O evento contou com a participação da Diretora do Ceped Uerj, professora Ivanilda Figueiredo, e da vereadora Mônica Benício.
Mulheres lésbicas, historicamente, são alvos de preconceito. Uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão estimou que 89% dos casos de lesbocídio, assassinato de mulheres lésbicas, são causados por homens. E 29% desses crimes são causados por alguém que mora na mesma casa.
Segundo a professora Ivanilda Figueiredo, a luta é necessária para o reconhecimento e respeito nos espaços sociais. “Primeiro você precisa ser visível para ser considerado como parte. Especialmente na questão lésbica, a discussão sempre foi a invisibilidade, de serem tratadas como desafetos, algo depravado e não digno do público. Quando isso é feito, você está, automaticamente, colocando como se aquelas relações fossem socialmente indignas”, afirmou a professora.
Estima-se que no Brasil, 2,9 milhões de pessoas sejam lésbicas, gays ou bissexuais, segundo dados da pesquisa nacional de saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita em 2019. Desse número, 0,9% se declaram lésbicas.
O mês de agosto é marcado por duas datas importantes para o movimento. No dia 19, comemora-se o Dia do Orgulho Lésbico. Já no dia 29, é celebrado o Dia da Visibilidade Lésbica. Um dos propósitos da segunda data é incitar governantes de diferentes cargos a pensarem em políticas públicas que auxiliem na inclusão dessas mulheres.