A importância de um mentor/mentora no início da carreira jurídica

Por @andreiapereiraadvocacia | Via de regra, quando o estudante de Direito termina sua faculdade ele não está preparado para enfrentar o mercado de trabalho. Logo de cara, o primeiro desafio para exercer a profissão é ser aprovado(a) no exame da OAB, e muitos acreditam ser esse o maior deles.

Quando começam a advogar, descobrem que é necessário muito mais do que conhecimento teórico-jurídico e aquela expressão “A teoria é diferente da prática” se faz extremamente presente no dia a dia do recém advogado.

E aqui inicia o maior desafio! Afinal, o jovem advogado questiona-se “Não me lembro de ter aprendido isso na faculdade”. Neste momento, a insegurança se instala justamente pela falta de experiência/prática profissional.

O advogado iniciante, em sua grande maioria, não sabe realizar procedimentos básicos/essenciais para atuar no mercado – seja como advogado associado, celetista ou autônomo – como por exemplo peticionar, despachar com juiz, realizar uma audiência, entre muitos outros.

 Acredito que a falta da referida experiência profissional não se deve exclusivamente por culpa dos alunos, mas pela qualidade (ou a falta) de determinados cursos jurídicos que deixam a desejar e que, em muitos casos, se preocupam exclusivamente com a quantidade de alunos, e não com a qualidade do ensino.

Para os advogados que desejam atuar de forma autônoma, esses enfrentam os grandes desafios de não ter aprendido na faculdade, por exemplo, como gerir o próprio negócio, como prospectar o cliente ideal, como precificar honorários, ou mesmo como montar um modelo de negócio que lhe permita obter crescimento e estabilidade financeira.

Passar por todas essas etapas é desafiador e fazer isso sozinho pode levar tempo e, consequentemente, adiar o sucesso profissional. Muitos jovens advogados desprendem muitos esforços de maneira errada e, não obtendo resultados expressivos, tornam-se frustrados.

Este é um dos maiores motivos que levam jovens advogados a não conseguirem se destacar no mercado jurídico ou, o pior, a desistirem da advocacia. Atualmente, de acordo com a pesquisa Datafolha, dois terços da classe deixaram de atuar.

Verifico que uma das maiores dificuldades é não tratar a advocacia como uma empresa/negócio. Afinal, aprendemos que a advocacia não é uma atividade mercantil e nem empresarial, mas sim um serviço público com função social, de acordo com o art. 2º, § 1º, do Estatuto da OAB.

O que não podemos esquecer é que é essencial encarar a advocacia como um negócio que visa lucro e, como todo negócio, é necessário estratégia.

A importância de se ter um mentor

Para que você possa compreender a importância de um mentor/mentora, basta realizarmos a seguinte analogia: Você já se arrependeu de ter feito algo por impulso? Mas, e se naquele momento, antes do referido impulso, tivesse alguém que te orientasse a tomar a decisão correta? Certamente muitos erros seriam evitados, você concorda?

Logo, o principal benefício de ter um mentor(a) na sua carreira jurídica é que você, jovem advogado(a), não precisará errar feio – passando assim por todas aquelas experiências extremamente frustrantes – para aprender e atuar! Aqui, o lapso temporal que divide o seu início para o seu sucesso, é extremamente reduzido.

Por consequência, trilhará um caminho de sucesso.

O mentor, além de criar juntamente com o mentorado todo uma estratégia de negócio, organização operacional, gestão financeira, marketing, comercial entre outros, irá ajudá-lo a desenvolver habilidades como inteligência emocional, técnicas de negociação e a capacidade de julgamento e tomada de decisão.

Os jovens advogados empreendedores que começam na advocacia de forma profissional com direcionamento, se destacam dos demais. Por isso, ressalto a importância de buscar um mentor em que você confie; um profissional que você se inspira e admira, observando nele os resultados que também deseja alcançar.

O mentor torna a trajetória do jovem advogado mais leve pois tudo será feito com direcionamento, lhe dispondo a confiança necessária para vencer o medo, o que lhe proporcionará resultados assertivos e acima da média. Afinal, você poderá contar com a experiência de um profissional que já trilhou todo esse caminho.

Por fim, dentre os inúmeros cases de sucesso, destaco o Dr Caio de Luccas (@caiodeluccas.adv), meu aluno. Um jovem advogado que hoje é referência em sua área de atuação.

Lembre-se: a direção é mais importante que a velocidade! 

Andreia Pereira (@andreiapereiraadvocacia) é Advogada, mentora, especialista em Direito de Família, atuante no Brasil e no Canadá, e premiada na Revista Caras como nome destaque empresarial no ramo da advocacia no ano de 2022.

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