Em uma série de publicações no Twitter, Cagnin apontou semelhanças entre sua história, lançada em 2016, e a trama assinada por Baran Bo Odar e Jantje Friese, criadores de Dark. "Está tudo lá: A pirâmide negra. As mortes dentro do navio/nave. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação. Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas", escreveu.
ESTOU EM CHOQUE.
— Just Mary (@marycagnin) November 20, 2022
O dia que descobri que a série 1899 é simplesmente IDÊNTICO ao meu quadrinho Black Silence, publicado em 2016.
Segue o fio. pic.twitter.com/1deBicrBeQ
A artista trouxe ainda a hipótese de que os autores possam ter tido contato com sua obra por conta de sua participação na Feira do Livro de Gotemburgo, na Suécia, em 2017: "Participei de painéis e distribuí o quadrinho Black Silence para inúmeros editores e pessoas do ramo. Não é difícil de imaginar o meu trabalho chegando neles. Eu não só entreguei o quadrinho físico como disponibilizei a versão traduzida para o inglês".
Black Silence está disponível online para leitura. Ainda nas redes sociais, Cagnin afirmou que irá verificar os procedimentos que deve tomar e lamentou o ocorrido. "Já chorei horrores. Meu sonho sempre foi ser reconhecida pela meu trabalho nacionalmente e internacionalmente. E ver uma coisa dessas acontecendo realmente parte meu coração. Sabemos que no Brasil temos poucas oportunidades para mostrar nosso trabalho e ser reconhecido por ele".
Em uma publicação no Instagram, Baran Bo Odar negou a acusação: "Infelizmente, não conhecemos esta artista, seu trabalho ou seus quadrinhos. Nós nunca roubaríamos o trabalho de outra artista".
O Omelete entrou em contato com Mary Cagnin e com a Netflix para comentários sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.
Fonte: omelete.com.br