A avaliação no setor de energia é que o grau de parentesco levanta dúvidas sobre conflito de interesse, e que o ministro deveria ter se declarado impedido para participar do julgamento do caso.
O processo em questão foi aberto a partir de questionamentos do governo de Santa Catarina, que pede a anulação de um leilão emergencial de energia, batizado de PCS (Procedimento Competitivo Simplificado). O preço pago pela energia é muito acima da média e, pelas projeções, eleva a conta de luz em quase R$ 40 bilhões.
O certame validou 17 usinas em outubro do ano passado, com diferentes potências e valores a receber. Praticamente metade, quase R$ 18 bilhões, caberia a quatro projetos da Âmbar, empresa de energia controlada pela J&F, que também detém a JBS, maior produtora de carne do mundo.
Tiago Cedraz defende judicialmente a J&F, a holding que controla as empresas do grupo, em ao menos uma discussão, a disputa pela Eldorado Brasil Celulose.
Na corte de contas, a ação de Santa Catarina entrou em pauta pela primeira vez em agosto. Na ocasião, Aroldo pediu vista (mais tempo para analisar o caso) antes mesmo de o julgamento ser iniciado. Depois, a discussão do processo foi marcada em cinco datas, mas o ministro não estava presente no plenário em nenhuma delas, e a controvérsia não foi debatida.
Com informações da Folha
Por Redação JuriNews
Fonte: jurinews.com.br