Floriano de Azevedo Marques Neto, ex-diretor da São Francisco e conhecido por “democratizar” a universidade, tornou-se alvo do ajuntamento estudantil. Isso porque, em um artigo publicado no site jurídico Conjur, Neto ressaltou a pluralidade da universidade e disse que Janaina Paschoal merece respeito.
“O ex-diretor erra ao se colocar em defesa de quem, caso tivesse ocupado a sua posição, teria feito tudo de forma diferente”, disseram os estudantes.
Na sequência, o grupo ataca a São Francisco. “Neste debate sobre o retorno de Janaina Paschoal, a primeira tarefa é demolir o mito da ‘tradição plural das Arcadas'”, observaram. “A Faculdade de Direito, portanto, não é marcada pela pluralidade, mas sim (sic) pela exclusão, a começar pelo perfil histórico do seu corpo discente e docente, que foi por séculos e continua composto por (sic) uma classe social com conta-bancária e cor-de-pele (sic) definidas.”
Ao longo do texto sobre Janaina Paschoal, os membros do centro acadêmico da USP afirmam que, ao longo dos anos, são os professores de esquerda, e não de direita, que são impedidos de lecionar, e citam o abolicionista Luiz Gama.
A resposta do grupo político estudantil ainda defende a necessidade de “ser intolerante com os intolerantes”. “O falso vitimismo da extrema-direita (sic) deve ser desmascarado e os seus representantes julgados politicamente e juridicamente”, disseram. “Tanto os seus líderes absolutistas quanto aqueles representantes esclarecidos, como é o caso de Janaina Paschoal.”
Fonte: revistaoeste.com