Jovem de 14 anos decide fazer Direito na Federal de Juiz de Fora após feito histórico no ITA!

Via @uolnoticiasCaio Temponi (@caiotemponioficial), o mais jovem aprovado no vestibular do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), considerado o mais difícil do país, tomou a decisão de estudar direito na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.

A nova aprovação ocorreu nesta terça-feira com a divulgação dos resultados do Sisu, sistema que funciona como porta de entrada para as universidades federais brasileiras. Ele conquistou o 3.º lugar das 12 vagas disponíveis para ampla concorrência.

"Estava meio balançado em ir para o ITA, porque é o vestibular mais difícil do país e conseguir a aprovação deixa a gente balançado. Mas fui seduzido pelo direito, sempre quis fazer para tentar a prova para juiz [futuramente]", disse Caio ao UOL.

Na época da aprovação do ITA, em dezembro, o jovem de 14 anos já tinha falado que estava em dúvida entre os dois cursos.

"São duas posições muito legais. Ser juiz federal sempre foi o meu sonho e o ITA é uma instituição bastante respeitada", disse Caio, em dezembro de 2022.

Caio foi o aluno mais jovem a conseguir uma aprovação no ITA, segundo informou o reitor do Instituto. Antes de ser aprovado na UFJF, ele também recebeu a notícia há alguns dias da aprovação em matemática na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A escolha por Juiz de Fora também não foi por acaso: além de ele já ter morado na cidade mineira e gostar de lá, o município fica próximo de onde a família mora, em Três Rios (RJ).

"E a universidade é uma das melhores do país, muito conceituada. Na área do direito, tem uma das maiores aprovações da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], é excelente", completou Caio.

Em paralelo aodireito, o estudante também pretende cursar matemática em uma faculdade particular. Ele está tentando uma bolsa de estudos, já que em universidade pública só é possível ter uma matrícula.

Quais foram as aprovações de Caio?

• 1º lugar no Colégio Militar de Juiz de Fora (CMJF)

• 1º lugar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) da FAB (Força Aérea Brasileira)

• 1º em administração na Universidade Estadual do Ceará (UECE)

• 1º em direito na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)

• 1º lugar em engenharia civil na Universidade Federal do Cariri (UFCA);

• Aprovado na Academia da Força Aérea (AFA)

• Duas vezes aprovado em medicina na Universidade de Fortaleza (Unifor)

• Duas vezes aprovado em medicina no Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ)

• 14º lugar em engenharia no ITA, considerado o vestibular mais difícil

• Aprovado em matemática na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

• 3.º lugar em direito na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

'Sempre foi precoce'

Em entrevista ao UOL em dezembro, a mãe de Caio, Laurismara Temponi, conta que, ainda no 1.º ano, durante o processo de alfabetização, a professora notou que Caio aprendia de forma diferente. "Ela escrevia 'avião' na lousa e associava com a figura do avião. O Caio já soletrava a palavra inteira."

"Ele sempre foi muito precoce. Andou com 8 meses, decorou a tabuada aos 3 anos em poucas horas e já não tinha dentes de leite aos 10", completou.

Ainda na infância, ele aprendeu os 170 países e suas respectivas capitais em apenas 3 dias, lembra a mãe.

Rotina de estudos

Caio realizou, aos 7, um teste de QI (uma pontuação que avalia a inteligência humana), e obteve 139 — o número é considerado acima da média. Hoje, ele faz parte de duas sociedades de alta inteligência, a Mensa e a Intertel.

O menino sempre estudou em colégio particular, com bolsa de estudos. Chegou a "pular" três anos durante o ensino fundamental devido ao bom desempenho e, em 2021, a família mudou-se para Fortaleza para acompanhá-lo nos estudos em um colégio de ponta.

Em 2022, Caio concluiu o ensino médio.

"Eu costumo estudar umas 10 horas por dia. É bastante, mas já estou acostumado", revelou no ano passado. O segredo para não perder o foco, segundo ele, é a organização. "Meu pai sempre me ajudou, direcionava qual a matéria eu ia estudar no dia. Isso facilitou bastante a minha rotina."

Mas engana-se quem pensa que a vida de Caio é apenas em meio aos livros e simulados. "Eu também gosto muito de jogar futebol, nadar, sair com meus amigos para ir ao shopping, jogar pingue-pongue e xadrez. Sou um menino de 14 anos normal", finaliza Caio.

Do UOL, em São Paulo
Fonte: educacao.uol.com.br

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